Amor de Inverno (CONCLUÍDO)

Surpresas nada agradáveis

A alguns quilômetros dali o time formado por Sakura, Ino e Shikamaru chegavam a uma clareira extensa, o shinobi estava começando a desconfiar da postura da mulher, que parecia rir em tom de deboche, durante o caminho repleto de árvores ela estranhamente parou em uma clareira vasta e calma.

-Pode nos dizer o que está acontecendo? – perguntava o ninja desconfiado.

-Eu senti que precisava parar para descansar, só isso. – Respondia a bela mulher.

-Ei, você não está precisando de ajuda, não é?

-Do que você está falando? Por que eu iria a vila da folha se não precisasse de ajuda?

-Algo em você não está nada certo!

A mulher soltou um sorriso amarelo e caminhou de maneira sensual em direção ao nara, pôs as mãos em seus ombros e disse de forma sensual:

-Você é um homem desconfiado, eu amo homens desconfiados! Eles são sexy, são... São do tipo de homem que eu adoro me entregar.

-Que tipo de conversa é essa? – Indagava Ino.

-Vocês são divertidos.

-Ei!!! O que está acontecendo? Diga? – Falava a rosada sem paciência.

-Ora, ora... Se não é a mocinha traída. Não venha me dar ordens, você é uma mulher desprezível!

-Ora sua... – A rosada estava prestes a dar um soco em Hisoka, mas quando seus punhos deram de encontro a mulher, o corpo simplesmente foi desfeito, uma cortina de fumaça de repente começou a crescer e um lindo homem que mais se parecia com um samurai desferiu golpes certeiros nos pontos vitais de cada um deles.

Antes de apagar Sakura pôde ouvir duas palavras sendo proferidas da boca da mulher: Sasuke e Hinata.

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-Hinata.

-Sim, Hokage Sama.

-Poderia organizar para mim os papeis referentes a Danzou?

-Danzou?

-Sim, preciso resolver um problema.

-Claro.

-Hinata, mais uma coisa....

-Sim...

-Amanhã certifique-se de vir sem calcinha....

A perolada ficou vermelha, ela não sabia o que nem como responder aquela ordem, e era isso mesmo? Não, ele devia estar apenas brincando com ela, não seria possível que...

-Isso não é um pedido e sim uma ordem, uma ordem direta que deve ser seguida.

-Tudo bem – Respondia ela sem jeito.

Horas depois o horário de expediente havia terminado e Hinata precisava ir voando tomar um banho, seu pai havia mandado um recado logo cedo a convocando para uma reunião de emergência.

-Preciso ir, meu horário...

-Não quer que eu leve você?

-Não, eu preciso realmente chegar em casa, tomar um banho e sair novamente.

-Tudo bem – Respondia o grisalho tristonho.

-Tenho compromissos do clã, não posso adiar.

-Tudo bem.

Hinata, mesmo que envergonhada se aproximou de Kakashi a fim de lhe dar um beijo, foi quando a porta rangeu e, num pulo, o grisalho empurrou a perolada para o lado. Hinata não queria admitir, mas diante daquela situação ela sentiu um desconforto enorme.

-Hokage Sama. – Dizia um membro da ANBU.

-Sim.

-Sei que está no fim do expediente, mas precisamos que o senhor veja uma coisa.

-Estou indo – Ele se virou de maneira fria para a perolada e disse – Hinata, você está dispensada por hoje.

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No caminho de casa, a perolada sentiu seu coração pulsar de forma acelerada, a situação de empurrá-la para o lado fez Hinata se tocar de que Kakashi não queria firmar um compromisso sério com ela, uma angustia nasceu em seu peito e a morena teve vontade de chorar, mas ela não podia, afinal tinha uma reunião importante.

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O grisalho chegou no laboratório de análises que ficava ao lado do prédio Hokage, havia um pequeno grupo de pesquisados ao redor de um vidro azul escuro que estava disposto em uma mesa.

-HoKage Sama, ainda bem que o senhor está aqui.

-Podem me dizer o que está acontecendo?

-Durante a patrulha pelos arredores de Konoha um ninja achou esse misterioso líquido no fundo de um buraco no chão, os animais e plantas ao redor estavam mortos, e o pior de tudo, havia um homem semiconsciente no local, ele foi levado para o hospital e foi constatado que o chakra de seu corpo estava sendo drenado aos poucos. – Falava Shino que estava de patrulha naquele dia.

Os olhos do grisalho arregalaram, como era possível?

-Como esse homem se encontra agora?

-Ele está morto, não conseguiu resistir a situação grave que se encontrava.

Kakashi suspirou, com certeza era fato que aquilo tinha haver com as informações trazidas por Sasuke em relação a Danzou e seus discípulos, ele massageou a testa e disse de maneira vagarosa.

-Sasuke ainda está na vila, preciso que chamem ele ao meu escritório, urgente.

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Casar? Como assim casar? A cabeça da morena deu voltas e voltas quando, no meio do jantar um dos anciões revelou o real motivo da reunião. Hinata Hyuga deveria se casar, e não podia ser com qualquer um, deveria ser alguém do clã Hyuga, para que a linhagem continuasse pura.

Seu pai estava no canto da sala e não havia proferido uma palavra sequer.

É obvio que ele sabia disso, pensava a morena, ela estava em choque, a forma como a noticia foi dada, a rispidez...

-Não acho necessário pensar nisso no momento.

-Então quando pensará? Você tratará de assuntos políticos, mas deve lembrar que herdeiros são importantes para a continuação de nossa linhagem.

-O problema com a linhagem é algo que deveria ser mudado de forma imediata – respondia ela – Não deveria ter necessidade de um casamento, ainda mais com alguém do clã.

-Hinata Sama, deve lembrar que os Hyugas preservaram o byakugan dessa forma.

-Como disse, não vejo necessidade alguma, posso muito bem liderar o clã e quando alguém aparecer eu saberei como me impor.

-Você não está entendendo – Falava um ancião já sem paciência.

-Isso não é um pedido, é uma obrigação.

A Hyuga teve de se conter para não jogar o chá quente nos "velhos malditos", como dizia Hanabi, ela educadamente se levantou e respondeu com todo o restante de calma que ainda restava:

-Não vejo necessidade, se querem casamento arranjem vocês mesmos, eu não irei casar e muito menos me curvar a leis antigas que apenas destruíram esse clã, é por conta de estarem presos ao passado que o ódio no clã Hyuga matou muitos e fez com que matássemos muitos, se querem continuar com a palhaçada de seguir tradições tóxicas e tendenciosas ao caos e ao ódio estejam à vontade, mas quando quiserem entender como se faz um clã forte sem precisar derramar sangue ou sacrificar a integridade dos nossos membros sabem onde me encontrar.

Ela saiu dali tão calmamente como quando entrou. Chegando a um lugar isolado próximo ao distrito Uchiha, a morena não conseguiu mais segurar a angustia e desabou no choro.