Novas lembranças

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Uma nevasca se formava nos céus de Konoha, um branco e espesso véu de neve fez os cidadãos se recolherem em suas casas, não havia movimento algum nas praças, ruas, lojas, escolas, nada absolutamente nada se movia, nada além da neve e de um homem grisalho que saltava com maestria os telhados dos estabelecimentos, não fosse ele e outra figura que se movia lentamente pelas ruas poderíamos dizer que o cenário que tento descrever agora era completamente morto.

"Talvez haja um rastro dela, algo que me leve a ela, ela não pode ter sido apagada, eu sinto que ela continua a existir" - Dizia Kakashi. De tempos em tempos ele dizia a si mesmo em voz alta, "Hinata, eu sei que você ainda está por aqui", porém mesmo proferindo tais palavras o grisalho sentia uma pontada de dor no peito cada vez que outro pensamento teimava em aparecer na sua mente.

"Ela deve estar morta" - Não, não podia ser. Isso era sua mente maquinando contra ele, tentando sobrepujar-se a faísca de esperança em seu coração. O plano era simples, ele iria até o local da explosão e procuraria por indícios de Hinata, nem que fosse um fio de cabelo, nem que fosse um simples rasgo de roupa... Sim, ele lembrava de suas roupas, lembrava de como estava vestida, lembrava de seu sorriso nos últimos segundos, e lembrava de seu pedido, que agora soava como um pedido desesperado na cabeça do grisalho:

"Não deixe de me amar" 

- Hinata... - Sussurrava o grisalho.

- KAKASHI!!! EI, KAKASHI!!!!

Um grito caloroso e conhecido puxou Kakashi de volta a realidade, o grisalho parou por uns instantes e virou-se em direção da voz.

- Kakashi!!!! Ei, Kakashi!!! O que está fazendo aí em cima? Achei que você estava doente. Eu ia no hospital ver você, olha só - Dizia a figura apontando para um livro de capa laranja - saiu uma nova edição que estava perdida do livro do jardim dos amassos!!!

O grisalho pensou em deixá-lo pra lá, mas a voz continuava insistente e vê-lo quase sendo engolido por uma espessa neve, mesmo estando em uma cadeira de rodas fez com que ele lembrasse que Hinata ficaria furiosa se soubesse que ele deixou Gai falando sozinho no frio.

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Embaixo de uma barraca de frutas fechada Gai ficava perplexo ao ouvir a história de Kakashi, ao ouvir sobre Hinata, sobre seu romance, sobre seu sacrifício e sobre ninguém acreditar nele ao tocar no nome dela.

- Gai, eu preciso achara a Hinata, ela... - Pensamentos frenéticos tomavam de assalto sua mente novamente "Ela deve estar morta" - Ela... - "Ela deve estar morta".

Kakashi não aguentou pensar novamente naquilo. Algo em seu coração o fazia acreditar, mas sua mente continuava a repetir aquilo, repetir sempre que Hinata, a mulher que ele amava e da qual ninguém se lembrava estava morta. Sua mente começou a repetir mais e mais a sentença:

"Ela está morta, ela deve estar morta"

"Ela está morta, ela deve estar morta"

"Ela está morta, ela deve estar morta"

"Ela está morta, ela deve estar morta"

"Ela está morta, ela deve estar morta"

"Ela está morta, ela deve estar morta"

"Ela está morta, ela deve estar morta"

"Ela está morta, ela deve estar morta"

"Ela está morta, ela deve estar morta"

"Ela está morta, ela deve estar morta"

"Ela está morta, ela deve estar morta"

"Ela está morta, ela deve estar morta"

Amor de Inverno (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora