Come Soon, D | Drarry

01 - SMS

Só para esclarecer que vai sair um capítulo todo dia até o fim!

Boa leitura!

— X —

01. SMS.

Draco Malfoy estava na empresa, no meio de uma reunião com acionistas importantes, sentado em sua confortável cadeira, na ponta da mesa, quando seu celular vibrou em seu bolso, em sinal de notificação.

Draco levou a mão ao compartimento do seu blazer, retirando o aparelho e o desbloqueando, clicando no ícone de mensagem que aparecia na parte superior da tela, enquanto um senhor de cabelos brancos e bigode baixo discursava sobre o quanto a empresa tinha crescido e lucrado nos últimos meses, mas que ainda tinham muito a conquistar. Draco não ligava de fato; nem sequer ouvia direito. Não depois de ler as mensagens que seu garoto havia mandado.

Potty: Dray, amor, eu preciso de vc!

Potty: Vem logo aqui em casa, por favor... Só meus dedos não estão adiantando... São pequenos demais, não me satisfazem.

Potty: Eu quero vc!

Potty: Vc e o seu pau grande e grosso, me alargando inteiro e me fazendo gemer. Eu preciso tanto de vc, Dray.

Potty: Eu não aguento mais... Me fode, por favor. Me sentir vazio dói tanto...

E, mais rápido do que julgou ser possível, digitou algo de volta:

Você: Não sai daí, amor, eu já tô indo!

Com movimentos rápidos, ajeitando seu blazer para que tapasse o volume se formando em sua calça, Draco se pôs de pé, o que chamou a atenção dos ali presentes e calou o senhor grisalho que ainda falava.

— Com licença, senhores. Ouve uma emergência que necessita da minha atenção. — Lá estava o tom profundo, sem dar margens para oposições. Não era a toa que seu pai havia colocado-o no controle daquela empresa. — Preciso me ausentar, pra resolver pesoalmente.

Mas é claro que sempre haveria um do contra, alguém que não valorizava de verdade o cargo que tinha.

— Não pode mandar um representante, senhor? Essa reunião é importante... — Draco ouviu. Logo, virou o rosto e encontrou um homem de meia idade a lhe fitar, desviando os olhos quando encontraram os seus azuis.

Malfoy teve vontade de rir. O mundo era louco.

Não, James. Não posso. Ele pensou. Não posso porque terei que pegar meu carro e cruzar o centro, até chegar à sua casa branca. Não posso porque terei que me controlar, o caminho todo, pra não ultrapassar demais o limite de velocidade por ânsia pra chegar até lá depressa, só pra comer seu filho novinho, com quem eu tenho um caso há meses...

O mundo era insano.

Ele só respondeu com um negar de cabeça, não querendo arriscar abrir a boca e deixar que risadas repentinas escapassem.

— Mas e a reunião? — Alguém perguntou, Draco nem se deu ao trabalho de saber quem.

Cada minuto que ali passava era um minuto a mais longe do outro, distante do seu calor... Era um minuto a mais que não poderia estar dentro dele.

— Ele tem razão! — Outro alguém disse. — Não pode sair agora, temos muito o que discutir. É um absurd... — Ele não terminou de falar, a voz morrendo na garganta.