03 - FLASHBACK E "CAVALGADA" APÓS O BANHO

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Ok, vamos lá, nesse capítulo temos um flashback de como Harry e Draco se conheceram e vou avisá-los que a cena, apesar de erótica, pode ser desconfortável (e não poupo detalhes em dizer que pode ser bem desconfortável mesmo), porque o Draco age de um jeito problemático, mas devo lembrá-los que se trata de uma fanfic, ok?

Por favor, segurem a militância. Mas não façam o que o Draco fez nem deixem fazer com vocês, pelo amor de Deus kk a menos que você se sintam confortáveis, o que levando em conta a situação pode ser bem difícil de acontecer. Mas vai de pessoa pra pessoa.

Boa leitura!

— X —

03. FLASHBACK E "CAVALGADA" APÓS O BANHO.

Numa noite qualquer, meses atrás...

Com toda a certeza, sem sombras de dúvidas, se algo era para ser sentido ali, no meio de toda aquela gente de terno e gravata, e vestidos caros decotados, com o som da música clássica ambiente, e o brilho de mármore das altas paredes, esse algo não era tédio. Nem, muito menos, uma vontade absurda de se jogar do topo daquela longa escada em espiral, para ter o pescoço quebrado, e uma morte garantida.

Um ser humano, em seu estado normal nunca sequer pensaria em desejar aquilo, mas Draco sim. Claro que o dia recheado de stresse, a quase discussão com seu pai, e as várias taças de champanhe tinham seu peso naquele pensamento maluco, mas não era só isso.

Draco Lucius Malfoy estava em abstenção forçada de sexo há três longas semanas, sem ter sequer tempo para pensar naquilo, sequer tempo pra tocar em seu membro com as próprias mãos e se proporcionar um pouco de prazer. Não quando seu pai andava em sua cola, exigindo que o vice-presidente da empresa estivesse presente em todas as decisões, reuniões e afins da corporação Malfoy.

Não era do feitio do loiro deixar que os outros o controlassem, o que rendia várias discussões com seus velhos. Muito menos abrir mão de seus próprios prazeres e vontades. Mas o que ele poderia fazer? Trepar com o novo estagiário? Certamente que não com o seu pai na sua cola.

Tanta gente passava por si e o cumprimentava, mas já à essa altura ele só levantava a mão como um meio cumprimento desinteressado, ou talvez um meio dispensar nada culpado — ninguém saberia dizer.

Era um mar de ternos e smokings pretos de lapela vermelha, e vestidos da mesma cor, ou azul-royal, ou preto-molhado, a maioria tão decotado e fendado que o tecido era quase extinto por tanta pele à vista. A iluminação era boa e requintada, com lustres no teto e candelabros elétricos em cada canto. Garçons cruzavam entre as pessoas a todo segundo, desfilando com seus uniformes sóbrios e bandejas de prata com petiscos e champanhe.

Seria bonito aos olhos, se esses olhos já não tivessem tão cansados daquilo tudo.

Quando uma garota negra de, em média, uns vinte e três anos passou pelo lado do jovem Malfoy, esse não disfarçou a quebrada de pescoço para ver o quadril estreito se remexer a cada paço, o tecido do vestido amarelo elegante dançando sobre a pele escura.

Draco já tinha dormido com uma meia dúzia daquelas.

Assim que um garçom passou por si, deu uma última golada em seu champanhe e logo substituiu a taça vazia por outra cheia, entupindo as veias de álcool para tornar aquilo tudo mais fácil de suportar.

Narcissa Malfoy, nada burra que é, teve a sorte e a lábia de escapar daquilo com uma desculpa de ter que frequentar uma reunião de última hora do seu comitê de bem feitorias — o que Draco sabia ser uma farsa, já que nada de bom poderia sair de lá, só fofocas sobre a vida dos outros e as novas aquisições em matéria de joias.

Come Soon, D | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora