"Nova vida"

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Dylan On.
Flashback On.
Três anos atrás.
Nova Hartz.

Dylan- Denuncie ele, mãe... Por favor, igual falam na televisão! Meu pai é ruim e não merece você!.
Marry- Fala baixo filho, daqui a pouco ele chega, se ele ouvir você falando disso pode até matar você... Ele é um policial renomado dos Estados Unidos, o estado todo reconhece ele como herói, não iriam acreditar em uma mulher como eu!.
Dylan - Como assim como você, Mãe?.
Marry- Uma dependente química, filho, esse assunto acaba aqui!.
Marry fala chorando, Dylan se ajoelha em sua frente.
Dylan- Largue ele, por favor!! Eu estou te implorando!.
Dylan pede, de repente escutam um barulho, é a porta se fechado bruscamente, seu pai aparece caindo de bêbado.
Akira- Cadê você mulher, tá escondida de novo?!?!.
Akira diz entrando no quarto aonde está Dylan e Marry, o menino se assusta enquanto sua mãe olha a situação.
Akira- Sumiu bastante dinheiro da minha conta, o que fez com meu dinheiro?.
Marry- Eu guardei para comprar algumas coisas para nosso filho, ele esta sem roupas, está crescendo e você não dá nada pra ele!.
Akira- Eu sei que você gastou com suas drogas!! Eu prendia esse tipo de gente quase todos os dias, e sabe como resolvo??.
Akira pega Marry pelos cabelos e a joga de cabeça contra um guarda-roupas fazendo a porta cair por conta de tantas vezes que ele havia feito isso, a porta já estava danificada a tempos, e assim que a porta cai, Akira observa que está sem roupa nenhuma lá dentro.
Akira- Está pensando em fugir de mim? Vadia!.
Diz Akira prestes a pisar no rosto de Marry.
Dylan- Sai de perto da minha mãe!!.
O garoto grita chorando enquanto corre para a frente de sua mãe com uma arma na mão, assim, aponta para seu pai.
Akira- Vamos, atire em mim, seu muleque frangote!.
Akira diz enquanto se aproxima devagar até Dylan.
Dylan- Para! Por favor para, eu não quero atirar, pai, eu não quero!!.
Dylan diz enquanto chora desesperadamente, Akira chega perto e segura suas pequenas mãos.
Akira- Vamos, atire!.
Marry- Não faz isso, filho!!.
Sua mãe pede segurando suas pernas, Dylan se distrai e olha para ela.
Akira- Você é patético, um lixo, covarde, sua mãe te deixou uma mariquinha e eu sinto nojo de te chamar de filho!.
Então Akira pega a arma da mão de Dylan e a aponta na cabeça do garoto.
Akira- Vou te mostrar como um homem de verdade age, em uma situação como essa!.
Akira começa a rir enquanto aponta sua arma para cabeça de Dylan, vendo o desespero em seus olhos, porém vira a arma para sua própria mão.
Akira- Sobrou só duas balas nessa arma, sempre que te vejo, eu penso: "Eu deveria deixar uma munição em minha arma... Porque eu tiraria a vida daquele garoto infeliz que só me trás problemas"!.
Então Akira atira e sua própria mão, deixando um furo deformado em uma pele, o sangue espira de imediato, Akira trava o maxilar tentando não sentir dor, seus olhos se movem como se estivesse louco.
Akira- Eu duvido que você tenha o MEU SANGUE! Sendo um garoto tão mole desse jeito só pode ser de outro fraco, quer ter meu sangue, garoto?.
Dylan nega apavorado com a situação diante de seus olhos, então Akira solta a arma soca sua cara com raiva, Dylan cai tremendo no chão e fecha os olhos esperando pelo pior, ele sente sua mãe soltar suas pernas e logo escuta um barulho de pancada e outro de algo pesado cair, então ele abre os olhos e vê seu pai caído enquanto sua mãe está com um pedaço de cabo de vassoura, ela o acertou na cabeça, mas nada de sangue, ele vai acordar logo.
Marry- Eu havia juntado um dinheiro para tentar fugir com você, mas se eu for junto ele fará de tudo até nos achar e eu não aguento mais seu pai te tratando assim, Dylan...
Marry pega a mochila de Dylan e começa a colocar as melhores roupas do mesmo, ela corre para a cozinha e coloca alguns alimentos, Akira permanece desmaiado no quarto.
Dylan- Eu... Eu não estou entendendo... Mãe, o que você...
Ele é interrompido pela mesma enquanto ela abre o armário e pega um pouco de dinheiro que estava escondido em um pote.
Marry- Preste atenção, eu vou te dar esse dinheiro, vai durar só alguns meses pois não é muito, tente sair da cidade o mais rápido que consegui, procure ajuda e jamais deixe seu pai saber que você está vivo!.
Marry fala enquanto começa a chorar e fecha a mochila de Dylan com o necessário, Dylan escuta seu pai resmungar e olha para Marry com medo.
Dylan- Eu não quero.... Eu não quero... Eu não vou saber o que fazer!.
Ele fala negando, Marry faz sinal de silêncio e fala o mais baixo possível.
Marry- Você consegue... Não durma na rua, por favor! Eu amo você filho!.
Então ela leva o pequeno garoto para fora com seu skate, e assim, no auge de seus doze anos, Dylan foge correndo, mas quando está atravessando a rua escuta um disparo vindo de dentro de sua casa e logo após escuta o grito de sua mãe... Seu pai acordou e utilizou sua ultima bala... Dylan corre mais rápido enquanto seus olhos começam a escorrer lágrimas sem parar.

Flashback Off.
Gramado.

****- Dylan?...
Dylan abre os olhos com o coração acelerado, olha em volta se lembrando de estar dentro do carro, ele pensa.
PH- Dylan!!.
PH chama novamente, Dylan se assusta ao ver ele o observando do lado de fora, ele abaixa o vidro.
Dylan- Oi??.
Ele responde apreensivo enquanto PH joga um pacote em seu colo com um olhar confuso em seu rosto.
PH- Você está bem? Quer uma água? Está meio pálido!.
Dylan- An... Não obrigado... Eu só... Estava lembrando de algumas coisas!.
PH- Okay, presta atenção, esses são seus remédios, o farmacêutico disse que são fortes então você deve tomar um a cada dose horas certinho, converse com o Peter para ver qual vai ser o melhor horário para você começar a tomar!.
Dylan olha para o pequeno pacote enquanto PH se distancia para entrar no carro de trás, ele olha para DK enquanto o mesmo da partida no carro.
Dylan- Por que eu... Deveria perguntar ao Peter? Tipo... É só escolher um horário!.
Dylan fala debochado, DK sorri ironicamente.
DK- Garoto, você não vai ter mais os mesmos hábitos e rotina, você é afilhado e afiliado de um mafioso agora, Peter provavelmente vai te ensinar muita coisa que requer seu tempo, então se acostume!.
DK termina de explicar e fica quieto, Dylan olha pela janela enquanto vê as pessoas ficando para trás.

SUBCONSCIENTE: Afiliado de um mafioso... Minha vida era tão parada e medíocre... Eu não sei se vou aguentar essa mudança de uma hora pra outra e... Isso é praticamente uma nova vida...

Dylan sai de seus pensamentos ao ver uma grande casa branca e cinza enquanto DK estaciona, ele olha para o mesmo.
DK- Aqui é sua nova casa garoto, Peter mora ai, vou ter que ir para a mansão mas logo Peter chegará!.
Dylan- Mansão? Por que eu não posso ir junto??.
DK- Porque você ainda precisa saber de umas coisas antes de entrar lá, mas fique tranquilo, a Harley, namorada do Peter, está ai, ele provavelmente já informou ela da sua chegada!.
Dylan consente e sai do carro, sem demonstrar sua grande insegurança de estar ali e sem suporte nenhum do que fazer, então, ele respira fundo e caminha até a porta, tocando a campainha, ouve alguns passos vindo de dentro da casa e aguarda... A porta se abre e Dylan se depara com um homem grande todo de preto, o homem o observa.
****- Você é o Dylan, isso?.
Dylan consente sem graça e o homem da espaço para o mesmo adentrar a casa e assim ele faz, se deparando com uma sala enorme e um balcão a separando de uma aparentemente cozinha, também grande, Dylan fica encantado.
****- Peter nos avisou sobre você, eu sou o segurança daqui, a senhorita Sthiw já está...
****- Dylaaan, então você existe mesmo!!.
Dylan ouve uma voz feminina e aconchegante ecoar o local, uma jovem aparece terminando de descer as escadas com um enorme sorriso no rosto, ela o analisa dos pés a cabeça, Dylan cora enquanto o segurança se afasta sem falar mais nada.
****- Você é lindo, garoto!.
Ela elogia em um tom genuíno, ele sorri.
Dylan- Obrigado... An... Senhorita Sthiw?.
****- Não, pode me chamar de Harley, Sthiw é meu sobrenome mas você não precisa ser formal, agora é da família, não é mesmo? Eu não sei como o Peter inventou uma dessas, mas a casa é grande e você é muito bem vindo! Já aviso que eu não sei muito bem como cuidar de alguém, nunca tive nem irmão, então vamos no improviso!.
Harley não para de falar em um tom brincalhão enquanto puxa Dylan pela casa o fazendo subir as escadas, o mesmo não se contem e solta um sorriso tímido, Harley abre uma das portas do segundo andar.
Harley- Aqui vai ser seu quarto, Peter me avisou encima da hora então só consegui deixar tudo limpo agora, não ligue pro cheiro de produto, logo melhora!.
Harley fala simpática, Dylan adentra o quarto três vezes maior que seu quarto antigo.
Dylan- Eu achei perfeito e o cheiro está ótimo... Obrigado!.
Harley- Magina! O Peter normalmente chega tarde e agora já são quase oito horas... Mas ele disse que quer montar o quarto no seu gosto, aproveita pra descansar hoje, vocês provavelmente vão ter muitas coisas para fazer amanhã, logo de manhã!.
Dylan- Oh, certo! Mas eu acho que não precisa... Está ótimo assim e...
Harley o interrompe de maneira delicada e brincalhona.
Harley- Claro que precisa, o quarto tem que ser no seu gosto e você agora é como um filho pra ele e, uau... Acho que consequentemente para mim também, o que é estranho porquê você parece ter idade para ser meu irmão mais novo!.
Harley fala parando para pensar, Dylan ri sem graça e consente concordando com seu argumento, ela sorri novamente e olha em volta.
Harley- Está com fome?.
Dylan- Ah, não, os rapazes compraram um lanche pra mim assim que saímos do hospital... Está tudo certo!.
Haley- Okay, precisando de algo, é só me chamar, meu quarto é o primeiro do andar de cima!!.
Dylan consente e Harley o deixa sozinho no quarto, o mesmo fecha a porta quando Harley sai e respira fundo olhando tudo, se deita na cama de casal e assim... Apaga.

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