"Bem Pior"

6 1 0
                                    

Peter On.

Peter e Dylan chegam em casa no inicio da noite, Dylan corre para tomar seu banho e Peter vai até o quarto, sem sinal de Harley, então ele caminha pela casa para procurar, nem sinal dela, até Peter sair no jardim e a observar lendo um livro, a mesma está tomando algo amarelo, provavelmente um suco de laranja, Peter sorri e caminha até ela.
Peter- Uau, que leitora mais charmosa que achei nessas terras distantes!.
Peter fala e percebe Harley sorrir, estranhando a frase.
Harley- Como é besta!.
Ele sorri e beija sua testa.
Peter- Quer sair para jantar com o Dylan?.
Peter pergunta e percebe os olhos de Harley brilharem.
Harley- Claro que quero!.
Peter- Vamos tomar um banho então?.
Peter pergunta alterando seu tom de voz, Harley o olha desconfiada enquanto surge um sorriso malicioso no rosto do mesmo e assim sobem para um bom banho demorado.

Horas depois.

Todos chegam em um restaurante chique, Peter da um sinal para o garçom e solicita uma mesa, todos pedem um prato e ficam conversando sobre assuntos aleatórios.
Dylan- Então, já que vocês são meus novos... Pais, digamos assim, haha... Quando vou conhecer meus avós?.
Dylan pergunta inocentemente, Peter se sente desconfortável ao pensar em como vai explicar sobre Dylan quando seu pai voltar de viagem, mas ao mesmo tempo, percebe Harley com um olhar triste.
Peter- Infelizmente você chegou em um momento delicado! O pai da Harley não é muito a favor de nós dois, e meu pai... Não merece muito esse titulo, mas podemos marcar algo para você conhecer nossas mães... Suas avós, quem sabe elas não se conhecem também!.
Peter termina, Harley olha para Peter com um olhar duvidoso, mas não questiona.
Dylan- Como se conheceram?.
Dylan pergunta e Peter percebe Harley sorrir esperando uma explicação, ela se arruma e puxa ela para perto.
Peter- Essa também é uma longa história! Um dia eu te contamos, mas e você? Poderia nos contar mais sobre você, não acha? Já descobriu algumas coisas?.
Peter pergunta e Dylan cora, provavelmente é pela presença de Harley.
Harley- Descobriu o que?.
Dylan- Nada... É uma questão pendente!.
Dylan responde, Peter percebe que ele está inseguro nesse assunto.
Peter- Quero que saiba que pode nos contar tudo! Eu não te julguei e espero que confie em mim e na Harley para se sentir a vontade para se expressar!.
Dylan olha pensativo para os dois.
Dylan- Eu... Confio nela!.
Harley- Vocês estão escondendo o que??.
Peter- Não estamos escondendo, Dylan só está tentando... Saber a sexualidade dele!.
Peter explica e Harley faz uma expressão de surpresa com um leve sorriso, enquanto Dylan sorri sem graça.
Harley- É claro que pode confiar em mim, vou amar saber sobre coisas que te deixam confortável ou desconfortável para conversarmos sobre isso!.
Dylan- An... Okay então!.
E assim foram alguns longos minutos de conversação, Dylan conta sobre sua história com o preconceito de seu próprio pai por ser um garoto meio afeminado, Peter se aprofundar no assunto, se identificando de certa forma com algumas falas de Dylan, e conta um pouco sobre sua triste história com seu pai. Tudo ocorre bem como o planejado, até PH e JP chegarem parando na frente da mesa.
JP- Desculpe senhor, vejo que está em uma noite importante em família!.
Peter- Bom, para você interromper, tem que ser um bom motivo! Certo?.
PH- Ele já está na casa vermelha, senhor, ainda não fizemos nada!.
Peter- Ótimo, já terminamos mesmo então vou levá-los embora e vou direto! DK está lá?.
JP- Não senhor!.
Peter- Então diga-o para se apressar!.
Os irmãos consentem e saem do local, Peter leva Harley e Dylan para casa sem explicar muito, Peter não vai por Harley nos assuntos da gangue pois é perigoso, Harley provavelmente já está ciente disso e assim está bom para ele.

Minutos mais tarde.

Peter estaciona sua moto em frente a grande casa vermelha, desce as escadas e da de cara com o capanga amarrado em uma cadeira, era visível a vermelhidão em seus pulsos e tornozelos por tentar escapar, o homem soa frio enquanto pede por água, DK o olha seriamente segurando uma arma, o vigiando, Peter se aproxima.
Peter- DK! Chegou a muito tempo?.
DK- Não muito antes do senhor!.
Peter- Quer água, soldado?.
Peter pergunta se apoiando na cadeira, o homem engole seco e consente desesperado.
Capanga- Seus homens se enganaram! O senhor me deu férias, conte a eles, senhor! Esses energúmenos me trouxeram para uma enrascada que não é minha!.
Peter sorri irônico, o capanga o olha confuso.
Peter- Você achou que era bom demais para agir com livre e espontânea vontade, não é mesmo? Se aproveitando do poder de fazer parte da maior gangue do Estado! Não poderia seguir as regras como todos os outros?.
Capanga- Eu... Eu não sei do que o senhor está falando!.
Peter- Te olhando direito agora, me lembro vagamente de você em minha adolescência, eu devia ter uns... Quatorze anos?.
Capanga- Sim sim! Eu... Eu frequentava sua casa as vezes, senhor! Para o proteger e proteger sua mãe enquanto seu pai viajava desde seus dez anos!.
Peter sorri ao recordar de algumas memórias.
Peter- É mesmo! Mas um homem com tanto respeito assim, com uma confiança enorme dada pelo meu pai, não deveria abusar de moças indefesas!.
O capanga arregala os olhos e Peter pode ver o medo em sua alma, ele tenta novamente se soltar, Peter considera como uma resposta.
Capanga- Senhor.... Eu... Eu não fiz por mal.... Ela se ofereceu, o senhor tinha que ver!.
Ele tenta se defender, Peter caminha até uma mala e pega uma lixadeira elétrica própria pra madeiras.
Peter- É mesmo, ela se ofereceu? Para você? Como?.
Peter pergunta já humilhando o capanga e conecta a lixadeira na tomada, o homem debate na cadeira em desespero, Peter liga.
Capanga- É VERDADE! É VERDADE! ELA ESTAVA COM ROUPAS CURTAS E... FAZENDO CHARME! EU JURO!.
O capanga grita em desespero, Peter faz sinal para ele falar mais baixo e ele consente se encolhendo com medo nos olhos.
Peter- Jura? Ah não, jurar é pecado! E você já pecou bastante, não acha? A garota namorava, vocês o colocaram em UTI por tentar defende-la, e ainda usaram o nome da gangue, meu nome!!.
Capanga- UTI??? Meu Deus, nós não sabíamos a gravidade do problema!.
Peter sorri ao ouvir o que queria.
Peter- Nós? É o que eu imaginava! Quem são os outros?.
O capanga suspira ao perceber que jogou seus companheiros pelo ralo.
Capanga- Senhor.... Foi só eu... Eu assumo a culpa!.
Peter- A é mesmo? Que corajoso da sua parte, soldado! Mas... Eu ouvi falar que foram cinco, logo sofrerá por você e mais quatro! Dois que não vão saber.
Peter se apaixona com a lixadeira intimidando o capanga, o mesmo permanece de bico fechado, porém, se tremendo, Peter então começa seu trabalho.
Peter- Sabe soldado... Meu pai acredita que um traidor dentro de uma gangue deve morrer friamente, mas ele normalmente mata todos com um simples tiro bem no meio da testa pra estoura todos os miolos, mas acho que a ideia de matar instantaneamente não é algo tão interessante... Então fique tranquilo, você não irá morrer agora, nem hoje... Nem amanhã, eu não sou meu pai!.
Capanga- Oh senhor..... Mui... Muito obrigado!.
Ele gagueja e Peter sorri se divertindo.
Peter- Sabe qual a diferença entre eu e meu pai, soldado?.
Peter pergunta, o capanga nega respirando mais calmo.
Peter- Eu posso ser bem pior do que ele quando se trata de meus homens, irei fazer você desejar morrer, te torturar tanto que em algum momento seu cérebro irá desligar de tanta dor, mas, irei esperar, e quando seu corpo acordar e sentir a sensação de alívio....
Peter fala e começa a passar a lixa com força em suas pernas, o capanga grita de dor.
Peter- Voltei a tortura-lo e você com certeza irá desejar que meu pai estivesse presente!.
Capanga- POR FAVOR SENHOR, POR FAVOR, PARE! PARE!.
Peter- Não me lembro de você me protegendo, antigamente eu odiava comer pimenta e só comia por conta da insistências do meu pai, lembra disso, soldado? Um dia você passou pela cozinha enquanto Frank conversava comigo, me tranquilizando para a pimenta não arder tanto, eu só tinha treze anos! E você falou para ele: "Essa pimenta é muito fraca, esse garoto insiste em reclamar?".
Diz Peter enquanto passa a lixadeira elétrica com mais força na perna do capanga, Peter vê começar a escorrer sangue de suas feridas abertas em carne viva, Peter pega um pote pequeno de pimenta, a mesma que seu pai o obrigada a comer, o capanga se debate em desespero enquanto grita por misericórdia.
Peter- Me diz, soldado! Esta pimenta ainda é fraca?.
Peter diz enquanto deixa a pimenta pingar na perna machucada, o capanga chora de dor enquanto treme sentindo sua carne viva queimar, sem poder fazer nada, Peter desliga a lixadeira e a guarda, o homem não para de gritar de sofrimento, Peter percebe que ele não vai ouvir mais nada naquele momento muito menos conseguir falar, então ele guarda as coisas e caminha até DK.
Peter- Vá para a mansão, avise para os irmãos PH e JP que eles cuidarão desse merda! Vão revisar e estão autorizados a torturar mas sem matar, eu vou passar aqui as vezes para me divertir, se descobrir algo, me avise!.
Ele avisa e DK consente, Peter sai da casa vermelha e pega sua moto para ir até a mansão.

Além De Mim.Onde histórias criam vida. Descubra agora