capítulo II - A resposta certa

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"Para quê pensar? Se em minha volta existe um mundo de respostas."

- Albert Einsten

- Sua cabeça não dói?

- Qualquer dia desses você me mata de susto. - Amiraah sobressaltou ao escutar a voz vinda da janela.

- Como se você não me aguardasse. - Dacota brincava com a tiara em suas mãos, sentada no parapeito da janela jogava com a sorte e a gravidade. - Sua cabeça não dói? - Repetiu a pergunta.

- Quando você está perto? Dói sim, Verônica diz ser energia ruim. - A princesa zombou.

- Pare de ser assim, estou falando sobre a tiara. - Revirou os olhos divertindo-se com a implicância mútua.

- Dói.

Estranhou o tom da morena.

- Não está para brincadeiras hoje? - saltou da janela finalmente entrando no cômodo.

- Sinto muito, não deveria deixar transparecer. - Amiraah parou de fazer o que fazia com tanta concentração e virou-se para ver Dacota jogando-se em uma das confortáveis poltronas.

- Você é engraçada. - Comentou alto e logo notou o olhar de dúvida estampado no rosto da morena. - Ainda tenta esconder o que sente de mim, quando vai entender que conheço até o último fio de seu cabelo? - Provocou.

- Está para nascer pessoa mais convencida que você. - Andou até metade do quarto observando Dacota acompanhar cada um de seus passos com o olhar.

- Não vai me contar o que aconteceu? Talvez eu possa ajudar, mandarei intimar a pessoa que foi capaz de deixar esta morena tão linda, com um olhar triste. - Levantou-se e com um avanço chegou perto de Amiraah.

- Já está ajudando, sua presença me conforta. - Deixou escapar um suspiro ao sentir as mãos de Dacota em sua cintura.

- Você faz falta. - Colocou a tiara na cabeça da morena e aproveitou a proximidade para acariciar seu rosto.

- É só você não ir mais embora. - Inclinou a cabeça chegando cada vez mais próxima do rosto de Dacota, podia ver claramente as linhas de seu lindo olho mel.

Foi quando uma forte batida na porta as interrompeu e fez Amiraah notar o grande erro que cometia.

Sem hesitação a princesa andou até a porta, aproveitando a oportunidade de fugir do olhar penetrante de Dacota. Pensou duas vezes antes de abrir e quando virou-se para alertar a pirata sobre o problema dela estar ali, ela ja havia desaparecido.

- Pois não? - Atendeu a porta, escondendo o turbilhão que passava por sua cabeça e as reviradas de seu estômago.

- O jantar está servido, alteza. - A jovem ruiva alertou a superior carregando um olhar pidão.

- Não estou com fome, obrigada Helena. - Bateu a porta com força e sem arrependimento.

Olhou em volta do quarto em busca de Dacota, mas a pirata havia sumido. Confusa andou até o toilette, estava pronta para o banho e acreditava que a pirata ja pegara seu rumo.

- Por que está sendo tão dura com ela? - Dacota falou ao ver Amiraah entrar desatenta no banheiro, sentada na bancada da pia analisava toda a situação do lado de fora.

- Por que fica me assustando assim? E onde pegou essa maçã? - A princesa ajustava o robe que a segundos atrás tirar estava prestes a tirar.

- Na sua fruteira é claro. - A pirata respondeu encarando fixamente a morena e mordendo firme a maçã.

Amor Marginal - Romance sáficoOnde histórias criam vida. Descubra agora