Quando pensei ter todas as respostas, descobri que nem sabia qual era a pergunta. Às vezes me pegava encarando um pedaço de papel em branco, sem ao menos ter um meio de escrever o que estava sentindo, tamanha profundeza de tudo aquilo.
Cá estou, novamente sem palavras.
Sabe, gostaria de conseguir descrever a dimensão da minha confusão, mas só consigo sentir paz. Gostaria de descrever o quanto devo me sentir culpada como sempre foi e gostaria de dizer o quanto isso me machuca, mas não machuca tanto assim. Fere algum ponto insignificante de uma personalidade já não lembrada, algo que alguém me obrigou a sentir quando eu ainda nem sabia que podia de fato EXISTIR.
Estou começando a existir... não é incrível?
Nas entrelinhas está subentendido, agora e sempre, talvez não para sempre quando tudo não passar de suspiros ou for palpável o bastante para não mais precisar recordar.
Eu não sei...
... só sei que amo, com todas as letras e não me arrependo de me permitir.
Hoje, não.
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Para quê voar?
PuisiEssa é minha coletânea de devaneios orgânicos que deixo fluir sem nenhum planejamento. Dores e paixões; natureza nua e crua de um ser tão grato quanto ferido.