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Já era de noite quando chan pisou fora do prédio onde fazia seu curso para o vestibular.

Ele olhou para os lados e juntou coragem para ir até a casa de minho — sempre ia visitá-lo antes de voltar para o orfanato. Antes que pudesse prosseguir seu caminho, um de seus colegas de curso o chamou. Ele deu meia volta e foi até o cara alto de aproximadamente vinte e seis anos. O castanho não sabia ao certo porque ele participava das aulas, raramente entrava na sala e quando ia era apenas para ficar fazendo barulhos desconfortáveis e bagunçando. Ele era o típico cara rico que agia como criança apesar de ser bem velho. Chan não o tolerava, mas se aprendeu algo onde morava era que se ele não quisesse sair de uma situação com o olho roxo, era melhor obedecer aqueles que pareciam maiores e mais fortes.

Junto de hyunwoo estava uma garota loira, eles fumavam algo que com certeza não era cigarro. Ele já tinha sentido cheiro de cigarro nos zeladores do orfanato, sabia distinguir isso de maconha, então prendeu a respiração quando se aproximou deles. Aquele odor desagradável sempre lhe dava dor de cabeça.

— já tá indo embora, cara? — hyunwoo indagou, ele parecia sorridente demais e alegre. O cigarro de maconha foi dado a loira e ela deu uma longa tragada, assoprando a fumaça no rosto de chan, que tossiu fortemente. Eles riram, achando graça na situação.

— ele é tão fofo. — a mulher disse. — não quer ficar com a gente, gracinha? Nós podemos fazer coisas divertidas. — ela alisou seu braço e espalmou a mão sobre o peito do australiano. O castanho se afastou assustado, mantendo uma distância segura deles. O casal tornou a rir enquanto chan apenas queria sair de lá correndo.

— eu preciso ir, meu ônibus vai passar daqui a pouco. — tentou não se embolar nas palavras, estava tão desconfortável que queria chorar.

— fica com a gente, podemos te levar pra casa depois. — hyunwoo sugeriu com um sorriso largo no rosto. Chan deu um passo para trás, segurando na alça da mochila.

Tinha pensando em sair correndo, mas a sombra de alguém por trás o impediu. Ele tomou um susto quando uma mão foi posta em seu ombro mas respirou com mais calma quando percebeu que era minho.

— o que pensam que estão fazendo com meu irmão? — o ruivo indagou, olhando para o casal com uma sobrancelha erguida. Minho não era maior que chan, porém era mais forte e parecia não ter medo de nada, então quando focou em hyunwoo, ele hesitou em continuar importunando o bang.

— você não disse que ele era órfão? — a mulher de nome desconhecido e cabelo esvoaçado perguntou.

— o que ele é ou deixa de ser não é da conta de vocês, sumam daqui e parem de infernizar o christopher.  E se não quiserem que eu chame a polícia por causa desse cigarro aí, é melhor irem embora de uma vez. Vou fechar os olhos e contar até dez. — minho colocou a mão sobre os olhos, contando em um tom alto.

Hyunwoo agarrou a mão da loira e saiu rapidamente, sumindo ao entrar em um carro.

— eles já foram. — chan avisou e minho parou de contar.

— olha aqui, seu franguinho. — minho bateu em sua nuca. — para de ter medo dessa gente esquisita.

— eu não tenho medo, só não gosto de briga.

— ser namorado do changbin e falar isso é um pouco surpreendente.

— cala a boca.

— já tá indo pro orfanato? — ele se pendurou sobre o ombro do australiano, jogando seu peso para cima do menino. Chan revirou os olhos, agitando o braço para afastá-lo, mas minho além de forte era insistente, e continuou onde estava como uma muralha. — quer que eu te leve? Tô de moto, vim fazer uma entrega do restaurante.

Uma Combinação Perfeita | 3RACHAOnde histórias criam vida. Descubra agora