Hyperion

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Runch_Randa621: Olá!

Enfim chegamos ao meio da história. Quero agradecer a todos que se propuseram a ler/comentar e dar uma chance à essa história.

No mais, aproveitem a leitura e perdoem eventuais erros.

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Seokjin olhava para além da janela do quarto. Ouviu quando a chuva cessou perto das 21 horas e, dentro do hospital, havia um tipo de aurora diferente. Um farfalhar de cobertores e um esfregar de olhos cansados. De certa forma, o hospital nunca dormia. As luzes permaneceram acesas e as enfermeiras, acordadas. Apesar de ainda estar escuro lá fora, podia-se dizer que as coisas começaram a despertar naquele instante. 

Seokjin fixava a janela do quarto, ainda tremendo e atordoado. Pensava em como queria ter feito parte das buscas por Hyorin. Tinha implorado para ir, mas Namjoon havia lhe dito para ficar, que seria melhor para Hyorin se ele ficasse e se cuidasse. "Ele só atrapalharia", outros argumentaram. Seu coração queria gritar, mas sua razão o mandava ficar em silêncio. Sentia-se preso dentro de uma caixa de vidro, no meio de uma multidão que ia e vinha pelos corredores daquele hospital. 

Devagar, Seokjin afastou o seu prato para longe de si. Conhecia bem o purê de batatas, as ervilhas, as cenouras cozidas e fatias de linguiça caseira. Porém, naquela noite, por causa da tensão e da expectativa, ele quase não conseguia engolir uma garfada.

Por fim, desistiu de fingir que comia e afastou o prato para o lado. Asseverou que não se importava e, teimosamente, saiu da maca, procurando algo para vestir no armário do qual Namjoon havia tirado o cobertor que entregara a si. Encontrou um pijama, ou scrub, geralmente usado pelos médicos cirurgiões. Rapidamente, tirou a camisa e calças descartáveis e vestiu o uniforme.

Com a coberta enrolada debaixo do braço, andou até as portas dos fundos do corredor. Aqui e ali ouviam-se roncos suaves de pessoas que dormiam a sono alto em suas macas, ou uma tosse ocasional de algum paciente. Ele abriu a porta com o máximo de cuidado que pôde, espantado com o fato de que aparentemente nenhum médico ou segurança o tinha visto.

Lá fora, a lua não brilhava. A noite estava tomada por

grossas nuvens, mas a neve que cobria o chão ainda refletia a pouca luz que havia, facilitando ver o caminho até o pátio a 30 ou 40 metros de distância. Rapidamente, ele atravessou o pátio deserto até o estacionamento. Ele parou por alguns segundos para recuperar o fôlego e esperar que o coração retomasse o ritmo normal. Em seguida, caminhou ao longo da fila de carros até encontrar um com a porta destrancada e entrou.

Com um grande suspiro de alívio, encontrou as chaves ainda no contato. Aquele era um Doblo utilizado no transporte de pacientes que atendia aos serviços das vigilâncias Sanitária e Epidemiológica da cidade.

Uma vez ligado, ele rumou em direção ao Monte Hood.

...

Uma hora havia se passado. Cerca de três quilômetros do ponto de partida, num caminho antigo e sem nome que saía da principal trilha da floresta, a equipe se deslocava para dentro da mata, aproximando-se cada vez mais do rio Snake. Era praticamente impossível de se ver no escuro daquela floresta cheia de buracos. Eles a teriam ignorado se a luz de uma das lanternas não a tivesse encontrado caída no chão: próxima às raízes de uma árvore estava uma pequena coberta de cor amarela.

Through the coldOnde histórias criam vida. Descubra agora