Kim Seokjin sempre lutou pela sobrevivência da sua pequena família. Com um emprego e um salário modesto, Seokjin se esforçava ao máximo para manter a todos unidos e para poder criar a sua filha numa das maiores metrópoles do Oregon. No entanto, sua...
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A radiância prateada do luar permeava a varanda do chalé, banhando o rosto frio de Namjoon com o seu brilho pálido. Na mão, ele segurava um copo fumegante de chocolate quente, cujo vapor subia em forma de espiral.
— Tome — Seokjin tinha lhe dito. — Beba isso e fique conosco. É a minha forma de te agradecer.
A princípio, Namjoon pensou em recusar. Mas não podia negar que o ambiente aquecido do interior do chalé lhe parecia muito mais convidativo do que o frio intenso da floresta. Assim, optou por ficar.
O chalé era, na verdade, uma grande mas modesta casa de campo. O telhado era de madeira de duas águas de forte caimento e beirais avançados, que reproduzia as típicas casas dos Alpes Suíços. As portas e janelas eram feitas de vidro cristalizado, proporcionando maior claridade ao ambiente interno.
Da entrada principal, via-se uma combinação perfeita de sala de estar integrada com a sala de jantar, ambos adornados com móveis de vime produzidos artesanalmente, conferindo ao ambiente um toque artístico e acolhedor.
E sentado no sofá, estava Seokjin com a menina, Hyorin, deitada em seu colo. Ela estava cansada pois havia se esforçado muito nas últimas horas e seus pequenos olhos estavam pesados.
Namjoon os olhava. Contemplava o movimento da mão de Seokjin, que acariciava os lisos cabelos da filha enquanto velava o seu sono. Ele sorriu. Hyorin descansava tranquilamente naquele momento, pois estava com a pessoa que mais amava no mundo.
Estava frio do lado de fora do chalé, e Namjoon aconchegou-se confortavelmente em uma cadeira acolchoada, enrolado em uma colcha enquanto bebericava o chocolate quente. Uma brisa fria soprava os seus cabelos no rosto e, quando levou a mão para afastá-los, percebeu, de repente, que tinha uma platéia.
Seokjin dispunha-se bem atrás de si na varanda, vestindo um pijama surrado com uma abertura frontal. Os botões, de cor âmbar, combinavam perfeitamente com os seus olhos. O efeito era magnético e, no entanto, lá estava Namjoon, usando um pijama xadrez de flanela, coberto com uma colcha estampada com uma temática de coalas sonolentos.
— Foi um grande e longo dia o de hoje — Seokjin disse em voz baixa e Namjoon concordou.
— Onde está a menina?
— Levei-a para cama. Hyorin já estava morrendo de sono.
Namjoon anuiu e, no silêncio que se seguiu, ambos se permitiram ficar ali, parados, deixando que suas percepções fossem capturadas pela radiância das estrelas. Depois do que pareceu um longo tempo, Seokjin rompeu o silêncio.
— Nunca vou me cansar de olhar para isso. O esbanjamento de algo tão bonito e maravilhoso, mesmo agora — então, virando-se para ele, acrescentou: — Estive pensando no que você disse mais cedo.
