DEZ

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ZOE



Chego na cozinha e estranho, Lana está sentada na mesa de cabeça baixa.



- Bom dia, me desculpa pelo atraso. - falo puxando uma cadeira.



- Bom dia, Zoe. Nosso mestre, mandou mensagem informando que era para deixarmos você dormir até mais tarde.



- Já comeu?



-Sim. Fique a vontade para fazer sua refeição.



- Onde está Valentina?



- Já subiu.



Encho um copo com suco de laranja.



- Como foi ontem? -Lana pergunta.



- Incrível.



Lana me olha estranho.



- Quanto tempo está com Santiago? - pergunto.



- Já tem sete anos que estou com o senhor.



- É muito tempo.



- Sim.



- E Valentina?



- Há quatro.



- Você é feliz?



- Sou eternamente grata por tudo que ele fez e faz por mim.



- Não foi isso que perguntei.



- Eu sou feliz.



Senti que era mentira. Lana não parecia nenhum pouco feliz.



- Fico contente que está aqui, porque se não eu ficaria sozinha. Sem ter ninguém para conversar. - digo a verdade.



- Se não me ver por aqui, fique a vontade para ir ao meu quarto.



- Certo.



- Esqueci de dizer, amanhã iremos ao médico.



- Porquê? - questiono.



- Você precisa começar a tomar contraceptivo.



- Eu tomava quando estava em casa.



- Terá de voltar.



- Foi você que deixou a pílula no meu quarto?



-Sim. Apollo deixou aqui e pediu para lhe entregar.



- Santiago quem mandou?



- Sim. Zoe, precisa acostumar a chamá-lo senhor, e não pelo nome.



- É difícil.



- Tente se esforçar.



- Eu vou.



A manhã passa o mais rápido possível. Por mais que gostasse de conversar com a Lana, meu corpo estava cansado. Por isso, fiquei o dia todo no quarto.


Quando a noite chegou, e meu celular apitou indicando uma nova mensagem. Eu já estava eufórica para me arrumar e esperar pelo Santiago.


Desço quase pulando os degraus, as meninas já estão do jeito certo. Fico ao lado delas.


O barulho na porta indica que ele chegou.



- Pode ir para seu quarto, Lana. - sua voz está mais grave que o normal.



-Sim, senhor.



Santiago prende a corrente na coleira que está no meu pescoço.



- Como vai minha menina?



- Muito bem, senhor. - respondo baixinho.



- Hoje vamos fazer algo diferente, está bem?



- Sim, senhor.



Ele vai até a Valentina, que até o momento encara o chão em silêncio.



- Você virá conosco. - ele faz ela levantar a cabeça. - Essa será sua punição, vai assistir eu foder a Zoe. Não poderá emitir nenhum som, ou virar o rosto.



- Sim, senhor. - ela responde.



- Diga-me, porque receberá um castigo?



- Porque fui uma menina má, senhor.



-E o que elas merecem?



- Serem punidas, senhor.



- Muito bem.



Santiago vem até mim. Me ajuda a ficar em pé, depois me pega no colo.



- Você vem de joelhos. - ordena para Valentina.



- Sim, senhor.



Sorrio me sentindo vitoriosa.



Não deveria achar engraçado o modo que ela está sendo tratada, mas não resisto. Quero esfregar na cara dela minha felicidade.



Chegamos aí quarto, sou colocada no chão.



- Sente-se aqui. - ele indica uma cadeira para Valentina.



Ela se acomoda e ele a amarra.



Seus olhos soltam faíscas quando me encara.



- Retire o robe, Zoe. - obedeço na hora.


- Lembra-se das palavras de segurança?



-Sim, mestre.



- Quais são?



- Vermelho e amarelo.



- Use se precisar.



- Sim, mestre.



- Ontem usei a mordaça em você, hoje usará novamente. Mas dessa vez vai levar meu pau no fundo da sua garganta sem engasgar.



Quero dizer que será impossível.



- Quando eu meter fundo deixe sua garganta relaxada.



- Sim, mestre.



Santiago vai até a cômoda. Retira suas roupas, depois caminha até o armário grande, pega algumas coisas e volta. Deixa tudo sobre a cama.



- Braços para trás.



Ele retira a coleira e prende algo no lugar mais apertado, depois prende meus pulsos nas minhas costas.



- Se tentar puxar os braços vai ficar sem ar. - ele faz o teste.



Só assim me dou conta que é uma algema de pescoço e pulsos.



- De joelhos. - a mordaça deixa minha boca bem aberta.



Santiago coloca seu pau na minha boca bem devagar. Seu ritmo vai aumentando.



- Relaxa a garganta.



Faço o que ele manda ou pelo menos tento. Meus olhos lacrimejam.


Ele fode sem dó minha boca. Só para quando goza, eu bebo tudo.



- Boa menina. - ele retira a mordaça.



-Obrigada, mestre.



- Agora, vamos dar um show particular para nossa convidada.



Eu sorrio para ele.



Valentina se quer pisca, só assisti tudo em silêncio.


Imagino o quanto deva estar se sentindo frustrada, eu estaria no seu lugar. Mas não estou.



Meu lugar é aqui, satisfazendo o Santiago. Seus gostos podem ser fora dos padrões para alguns, mas não me importo. Eu gostei, quero cada vez mais.






MINHA OBSESSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora