ZOE
Entro no bar, puxo um banco e sento-me, debruço sobre o balcão.- Hei, garota. O que faz aqui? - o garçom careca e alto questiona.
- Não sei muito bem, só precisava parar em algum lugar.
- E tinha que ser no meu bar?
- Qual o problema?
- Tem dinheiro?
- Hum. - fico constrangida. - Na verdade, não.
- Bracelete bonito.
- Pode ser seu, mas só se me der alguns shots de tequila. - acabei esquecendo de retirá-lo.
- Quantos?
- Estamos falando de muitos, esse bracelete vale muito.
- Certo. - ele estende a mão.
- Primeiro às tequilas.
- Você tem idade para beber?
- Adivinha? Hoje é a merda do meu aniversário de dezenove anos.
- A idade mínima para vender bebida alcoólica e vinte e um.
- Você poderia colaborar comigo. Acabei de descobrir que o homem que eu amo só está comigo porque sou filha da mulher que ele amou.
O garçom me entrega dois shots.
- Obrigada. - falo antes de virar.
- Vou deixar a garrafa, depois eu pego o bracelete.
- Okay.
Meia hora depois
Começo a segunda garrafa de tequila, mal sinto meu corpo. Falar então, desisti. Continuo bebendo, assim é mais fácil de esquecer.
- Menina, já passou da hora de você ir embora. - o garçom careca diz.
- Eu não tenho para onde ir.
- Quer que eu ligue para os seus pais?
- Meu pai está em Ohio.
- Deve ter alguma amiga que possa vir buscá-la.
- Adivinha, eu não tenho amigos. - digo com a voz arrastada. - Não tenho ninguém.
- Você tem há mim. - fico gelada. - Sempre me terá.
- Está ouvindo? - pergunto ao garçom. - Olha só é o traidor.
- Vamos embora, Zoe. - Santiago grunhe.
- E, para onde eu iria?
- Para nossa casa.
- Nossa? - sou sarcástica. - Não existe nada nosso.
- Sempre será apenas nós.
- Você é um idiota, não vou cair na sua novamente. - tento levantar mas quase caio.
- Quanto você bebeu?
- Não o suficiente para esquecê-lo.
- Você não vai me esquecer, nunca! Eu estou impregnado na sua pele, como você está na minha.
- Mentiroso. - choramingo. - Você só está comigo por causa da minha mãe.
- Vamos conversar em outro lugar. - ele joga algumas notas sobre o balcão.
- Não.
Sem esperar, Santiago, me joga sobre seu ombro.
- Me solta! - grito.
Esperneio, mordo-o. Mas ele só me solta dentro da pick-up.
- Me deixa sair!
- Se acalma, Zoe.
Tento abrir a porta mas não consigo.
- Então, me deixa ir embora.
- Já falei que você não vai! - ele grita. - Eu nunca deixarei você ir.
- Eu te odeio. - começo a bater nele, arranho e mordo.
Santiago me puxa para o seu colo, prende meus braços para trás.
- É só você, Zoe. - diz contra minha boca.
- Eu não vou conseguir conviver saber que está comigo pensando nela. Me tocando achando ser ela.
- Vou dizer apenas uma vez. - ruge. - Eu amei, Yolanda sim, mas foi antes... no passado. Porém, o que eu senti por ela não chegou nem a metade do meu sentimento por você. Você é meu mundo.
Toda vez que nós transamos, era apenas em você que eu pensava. Meus toques, beijos e carícias sempre foram pensando em você.
- Eu quero acreditar em você mas... é difícil. Estou confusa, e com medo.
- Eu sei, mas acredite que eu nunca menti sobre meus sentimentos por você.
- Santiago, eu amo você. Entretanto, eu não vou conseguir esquecer que você já amou minha mãe.
- Zoe, você quer me deixar?
- Você deixaria?
- Se esse for o único jeito de provar que eu amo você menina, eu vou deixá-la ir.
- Eu preciso de um tempo.
- Mesmo que me doa, deixarei você ir.
- Obrigada. - beijo sua boca.
- Prometa que vai voltar.
- Tem minha palavra, eu voltarei. Sempre voltarei, não importa o tempo que demore.
Solto meus braços, e enrosco no seu pescoço. Beijo sua boca com vontade.
- Gostaria que esse dia tivesse sido diferente. - murmuro.
- Acredite, eu também. - morde meu queixo. - Tinha planejado a noite perfeita, e foi um grande desastre. - beija meu rosto. - Estraguei seu aniversário.
- Outros virão.
- Peça qualquer coisa de presente.
- Eu quero uma passagem para Ohio.
- Vai ficar com seu pai?
Os dois se conheceram quando fomos visitar meu pai. Santiago deixou bem claro que cuidaria de mim, meu pai não ficou muito feliz com a diferença de idade, fez algumas contradições mas depois acabou não se opondo ao nosso relacionamento. Segundo ele, eu sempre fiz o que quis mesmo que fosse contra vontade de todos.
- Sim, eu vou.
- Providenciarei tudo o mais rápido possível.
- Obrigada, Santiago.
Beijo-o com volúpia, ele corresponde a altura. Abro sua camisa meio desajeitada, sua calça é a próxima. Abaixo o suficiente para retirar seu pau. Afasto minha calcinha para o lado, e sento nele com vontade.
Somos uma massa de gemidos e prazer dentro carro.
- Porra! - grunhe batendo no meu bumbum.
- Ahhhh. - gemo ainda mais.
Nosso gozo veio forte, rápido e intenso.
- Amo você. - falo suspirando.
- Volte para mim, minha menina.
- Eu irei.
Mesmo ficando afastados eu jamais deixaria de ser dele, eu o amo.
Nosso amor pode ser louco, obsessivo mas é assim que gostamos.
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MINHA OBSESSÃO
RomanceSe você está esperando uma história de romance bobinho, melhor não continuar. Pois, essa não é uma. Você não verá o mocinho levando flores e chocolates para a mocinha e, sim um pacote cheio de insanidade. A mocinha não pedirá para o mocinho mudar o...