TRINTA E NOVE

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ZOE


Entro no bar, puxo um banco e sento-me, debruço sobre o balcão.

- Hei, garota. O que faz aqui? - o garçom careca e alto questiona.

- Não sei muito bem, só precisava parar em algum lugar.

- E tinha que ser no meu bar?

- Qual o problema?

- Tem dinheiro?

- Hum. - fico constrangida. - Na verdade, não.

- Bracelete bonito.

- Pode ser seu, mas só se me der alguns shots de tequila. - acabei esquecendo de retirá-lo.

- Quantos?

- Estamos falando de muitos, esse bracelete vale muito.

- Certo. - ele estende a mão.

- Primeiro às tequilas.

- Você tem idade para beber?

- Adivinha? Hoje é a merda do meu aniversário de dezenove anos.

- A idade mínima para vender bebida alcoólica e vinte e um.

- Você poderia colaborar comigo. Acabei de descobrir que o homem que eu amo só está comigo porque sou filha da mulher que ele amou.

O garçom me entrega dois shots.

- Obrigada. - falo antes de virar.

- Vou deixar a garrafa, depois eu pego o bracelete.

- Okay.


Meia hora depois


Começo a segunda garrafa de tequila, mal sinto meu corpo. Falar então, desisti. Continuo bebendo, assim é mais fácil de esquecer.

- Menina, já passou da hora de você ir embora. - o garçom careca diz.

- Eu não tenho para onde ir.

- Quer que eu ligue para os seus pais?

- Meu pai está em Ohio.

- Deve ter alguma amiga que possa vir buscá-la.

- Adivinha, eu não tenho amigos. - digo com a voz arrastada. - Não tenho ninguém.

- Você tem há mim. - fico gelada. - Sempre me terá.

- Está ouvindo? - pergunto ao garçom. - Olha só é o traidor.

- Vamos embora, Zoe. - Santiago grunhe.

- E, para onde eu iria?

- Para nossa casa.

- Nossa? - sou sarcástica. - Não existe nada nosso.

- Sempre será apenas nós.

- Você é um idiota, não vou cair na sua novamente. - tento levantar mas quase caio.

- Quanto você bebeu?

- Não o suficiente para esquecê-lo.

- Você não vai me esquecer, nunca! Eu estou impregnado na sua pele, como você está na minha.

- Mentiroso. - choramingo. - Você só está comigo por causa da minha mãe.

- Vamos conversar em outro lugar. - ele joga algumas notas sobre o balcão.

- Não.

Sem esperar, Santiago, me joga sobre seu ombro.

- Me solta! - grito.

Esperneio, mordo-o. Mas ele só me solta dentro da pick-up.

- Me deixa sair!

- Se acalma, Zoe.

Tento abrir a porta mas não consigo.

- Então, me deixa ir embora.

- Já falei que você não vai! - ele grita. - Eu nunca deixarei você ir.

- Eu te odeio. - começo a bater nele, arranho e mordo.

Santiago me puxa para o seu colo, prende meus braços para trás.

- É só você, Zoe. - diz contra minha boca.

- Eu não vou conseguir conviver saber que está comigo pensando nela. Me tocando achando ser ela.

- Vou dizer apenas uma vez. - ruge. - Eu amei, Yolanda sim, mas foi antes... no passado. Porém, o que eu senti por ela não chegou nem a metade do meu sentimento por você. Você é meu mundo.

Toda vez que nós transamos, era apenas em você que eu pensava. Meus toques, beijos e carícias sempre foram pensando em você.

- Eu quero acreditar em você mas... é difícil. Estou confusa, e com medo.

- Eu sei, mas acredite que eu nunca menti sobre meus sentimentos por você.

- Santiago, eu amo você. Entretanto, eu não vou conseguir esquecer que você já amou minha mãe.

- Zoe, você quer me deixar?

- Você deixaria?

- Se esse for o único jeito de provar que eu amo você menina, eu vou deixá-la ir.

- Eu preciso de um tempo.

- Mesmo que me doa, deixarei você ir.

- Obrigada. - beijo sua boca.

- Prometa que vai voltar.

- Tem minha palavra, eu voltarei. Sempre voltarei, não importa o tempo que demore.

Solto meus braços, e enrosco no seu pescoço. Beijo sua boca com vontade.

- Gostaria que esse dia tivesse sido diferente. - murmuro.

- Acredite, eu também. - morde meu queixo. - Tinha planejado a noite perfeita, e foi um grande desastre. - beija meu rosto. - Estraguei seu aniversário.

- Outros virão.

- Peça qualquer coisa de presente.

- Eu quero uma passagem para Ohio.

- Vai ficar com seu pai?

Os dois se conheceram quando fomos visitar meu pai. Santiago deixou bem claro que cuidaria de mim, meu pai não ficou muito feliz com a diferença de idade, fez algumas contradições mas depois acabou não se opondo ao nosso relacionamento. Segundo ele, eu sempre fiz o que quis mesmo que fosse contra vontade de todos.

- Sim, eu vou.

- Providenciarei tudo o mais rápido possível.

- Obrigada, Santiago.

Beijo-o com volúpia, ele corresponde a altura. Abro sua camisa meio desajeitada, sua calça é a próxima. Abaixo o suficiente para retirar seu pau. Afasto minha calcinha para o lado, e sento nele com vontade.

Somos uma massa de gemidos e prazer dentro carro.

- Porra! - grunhe batendo no meu bumbum.

- Ahhhh. - gemo ainda mais.

Nosso gozo veio forte, rápido e intenso.

- Amo você. - falo suspirando.

- Volte para mim, minha menina.

- Eu irei.

Mesmo ficando afastados eu jamais deixaria de ser dele, eu o amo.
Nosso amor pode ser louco, obsessivo mas é assim que gostamos.

MINHA OBSESSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora