Photography |Zayn Malik

22.

09 de Fevereiro de 2015

Eu e Zayn estamos separados há pouco mais de um mês. Despedi-me, qual era o sentido de continuar a trabalhar com ele? Tudo o que menos preciso é de ver a pessoa que me fez mais feliz a passar por mim a toda a hora enquanto eu me lembro de tudo o que passámos e partilhámos, assim como todas as discussões.

Eu disse coisas que não devia ter dito, mas ele também não agiu bem. Estávamos ambos de cabeça quente e só agora é que eu me apercebo da falta que Zayn me faz. Arrependo-me de lhe ter dito batido. Arrependo-me de tudo.

Tem sido difícil suportar esta dor, Dylan diz que Zayn também não anda bem. Não posso fazer nada em relação a isso, talvez eu possa, mas eu não sei se quero. Custa-me acreditar que ele tenha dito que se arrepende de tudo o que fizemos.

Tenho mandado várias mensagens e e-mails, mas ele não me responde a nada. Pensei em ligar-lhe, mas tenho a certeza que ele iria bloquear o meu número, se ainda não o fez. Eu fiz asneira, tenho plena consciência do que fiz, já pedi desculpa imensas vezes, mas se ele não me responde é porque não sente a minha falta. Éramos dois numa relação e ambos errámos.

Agora trabalho numa empresa de fotografia e acompanho colegas a vários concertos, eventos e qualquer tipo de festas que impliquem fotógrafos profissionais. Não é o mesmo que trabalhar com Zayn, mas eu gosto de lá estar, são todos muito simpáticos e receberam-me de braços abertos.

Dylan não tem passado muito tempo em casa. Ele comprou parte da empresa de Zayn, e, se antes trabalhavam juntos, agora trabalham ainda mais juntos. Já pensei várias vezes em ir ter com Dylan na esperança de encontrar Zayn, mas já me rebaixei tanto perante ele que não vale a pena continuar a lutar pela sua atenção ou por uma resposta sua.

"Bom dia." Dylan diz, descendo as escadas.

"Olá." Sorrio. "Vais fazer alguma coisa durante a manhã?"

"Vou." O meu sorriso desaparece. "Vou passar a manhã toda a mimar a minha melhor amiga que tem andado muito em baixo."

Ele sentasse ao meu lado e abraça-me, gosto tanto quando ele faz isto. Já não sei o que é viver sem os abraços do Dylan, são os melhores abraços de sempre e eu não os troco por nada deste mundo.

"O Zayn tem-me perguntado por ti." Ele diz. "Ele tem andando bastante triste, perguntei-lhe se se passava alguma coisa, ele só diz que tem andado um pouco doente. Hoje nem vai trabalhar. Acho que o problema dele refere-se mais a alguém."

"Não comeces." Luto para que a minha voz não falhe.

"Gostas dele." Ele está tão sério. "Quando é que vais engolir todo esse orgulho e vais ter com ele para resolverem tudo?"

"Engolir o orgulho, Dylan?" Levanto-me e falo calmamente. "Todos os dias lhe mando mensagens a pedir desculpa pelo que aconteceu, todos os dias lhe mando e-mails a implorar por uma resposta por não saber se ele está bem ou mal, mesmo que tu me digas, eu quero ouvir da boca dele. Eu quero que ele me ligue ou que, pelo menos, se digne a responder a uma mensagem, mas não, ele não diz nada." Fecho os olhos para tentar controlar a vontade que tenho de chorar. "Eu estou farta de me sentir assim, eu sei que gosto dele, eu amo-o, mas também sei que se ele se preocupasse minimamente comigo já me tinha dito alguma coisa."

"Ele preocupa-se contigo, mas sente-se sozinho." Dylan explica-me. "Vai ter com ele, vai a casa dele e diz o que sentes."

»«

Pensei e pensei, repensei muitas vezes se o deveria fazer e, a verdade, é que o que Dylan me disse ficou na cabeça a fazer eco. Respiro fundo e bato à porta do apartamento de Zayn, Andrea abre a porta e sorri ao me ver.