capítulo - 6

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Esse cap tá grandinho porque achei necessário, e eu gosto de capítulos grandes, acho que vou começar a fazer maiores a partir de agora

Espero que gostem

Boa leitura 🌗
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Meus olhos se fechavam e abriam devagar. Eles pareciam pesar toneladas. O sono não me permitia acordar definitivamente, e até pendi um pouco para os lados quando me levantei de minha cama quentinha. Esfregava meus olhos tentando espantar o sono enquanto ia rumo ao banheiro do quarto

Senti um arrepio quando a água gelada do chuveiro entrou em contato com minhas costas, confesso que me encolhi em primeiro momento. Trilhava minha mão que continha o sabonete por todo o meu corpo, e esfregava bem para fazer espuma. Não sabia qual era de fato o seu cheiro, mas era um aroma gostoso. Em seguida pegava um shampoo e passava por meus cabelos curtos

Fiz todas as higienes necessárias no banheiro e fui a minha mochila escolher minhas roupas, elas foram simples, do jeito que gosto

Antes de sair peguei uma câmera que deixei na cômoda noite passada, a analisava com cuidado. Apesar dos anos ela continua em bom estado

Foi para a janela abrindo-a e indo para a sacada. com a máquina em mãos uma foto da paisagem foi tirada, logo ele a observou. Em todas as suas viagens ele fazia a mesma coisa, não era por a paisagem ser bonita. As vezes em seu cartão de memória poderia ser encontrada a foto de uma lata de lixo em um beco qualquer. Não havia bem um motivo em específico, talvez ele só gostasse de levar consigo um pedaço de cada lugar que ele passou ou um lugar que lhe marcou por algum motivo

A lata de lixo por exemplo, foi quando passeava pelas ruas desertas do México, acabou parando de repente em frente a um beco sujo, para qualquer outra pessoa poderia ser só mais um, mas algo lhe chamava a atenção nele, por isso puxou sua câmera e fotografou. Antes de dar um passo para ir embora um barulho lhe chamou a atenção, percebeu que foi essa mesma lata da fotografia. Quando se aproximou e a abriu, de dentro saiu um fraco miado, um pequeno gatinho estava la, em um estado deplorável, como não se perdoaria por deixar o pobre bichano para trás acabou o levando

Nostálgico foi até as fotos da câmera, achando lá a tal foto da lata de lixo que era consumida aos poucos pela oxidação. Agora estava saudoso em lembrar do pequeno gatinho que um dia cuidará, ele era tão pequeno, fofo e inocente. Até hoje não acreditava que havia alguém tão maldoso ao ponto de abandonar aquela preciosidade assim, mas logo se lembrou que a humanidade é podre, e que existem seres que fariam isso e muito mais

A foto seguinte era de uma família de dois integrantes, o pai e um pequeno menino de sobrancelhas grossas e cabelo de tigela, o pequeno era a cópia fiel de seu pai, estes que seguravam muito felizes o pequeno gatinho. Desde que colocou os olhos neles soube que eram pessoas de bom coração, e que dariam tudo de melhor para o bichano

Depois de cuidá-lo por alguns dias resolveu que o melhor seria encontrar uma família que poderia cuidar dele melhor que si, o pequeno ser peludo não viveria feliz se vivesse consigo, a vida que leva com certeza não o agradaria

Deixou-os para trás, com uma vazia promessa que iria algum dia voltar para visitá-los. No fim era sempre assim, ele nunca voltava

Com isso acabou lembrando que por cada lugar que passava e por cada pessoa que conhecia, elas diziam algo sobre si. De repente lembrou-se de gaara, um marroquino de cabelos vermelhos que conheceu em um passeio de camelo no deserto, ele lhe disse que era como a miragem de um oásis; passageira

Shisui conheceu tantas pessoas que era difícil contar nos dedos, era impossível lembrar de todas as histórias que viveu com cada um deles, mas conseguia se lembrar perfeitamente da hora da partida. Um dia ouviu de alguém que se o destino quisesse, seus caminhos se cruzariam de novo, mas isso nunca aconteceu. Como deveria agir se ele acabasse encontrando uma dessas pessoas? com certeza não saberia reagir, por isso das suas constantes palavras vazias de reencontro, não que não gostasse dessas pessoas, só era difícil explicar

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