Estar nessa casa e me contentar
Em ser destruída pelas brigas diárias
Que acabam com qualquer vontade minha
De continuar vivendoComo posso ouvir de um lado
E ouvir de outro lado
Ser um pombo correio
E sentir a tensão, sem ficar malucaE aí eu me pergunto...
Porque eles não tomam a decisão de se divorciar
E acabam logo com essa falsidadePreciso estar vazia o suficiente
Para não sentir nadaSaudade de escrever
Digo de escrever bem
Escrever aquele texto que me apareceu
Depois de uma inspiração fodaAquela inspiração que me faz questionar
Até a minha forma de aproveitar a vida
Tudo agora
Tem sido tão monótonoComo disse algum poeta por aí
"Encontrei uma pedra e vi pedra mesmo"
Já nem sei a diferença do ontem, do hoje e do amanhãMe escondi de todas as maneiras possíveis
Para caber num mundo, num país, num estado e num bairro pequeno demais para mim
A sociedade precisa mudar a forma de pensarTodo mundo diz pra mim: "'Conte comigo"
Mas nem 10% aguentaria ouvir os meus pensamentos
Ou ver as minhas cicatrizes
Sejam elas emocionais ou físicas
Sinto que no final estou sozinhaVai ficar tudo bem
E as lágrimas vão parar de descer
Ao amanhecerTentei respirar novamente
Mas parecia que quanto mais eu tentava
Mais ar me faltavaComo uma fala tem o poder de me destruir desse jeito?
Como eu posso revelar minha parte mais obscura
Para alguém que não sei se vai ficar?
A incerteza me deixa com medo
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Outra Versão de Mim
Não FicçãoEste livro é sobre uma menina que desde os 10 anos de idade tem vivido uma luta constante com a Depressão