Ando devagar, passos silenciosos a fim de não acordar meus pais, quase que por instinto vou direto pegar o dinheiro que deixaram para mim, era bastante dinheiro, dava tranquilamente para viajar com Hanna e nos manter por uns 4 dias, mas não era nem metade do que meu pai devia para o Bob. Pego a minha chave reserva e abro a porta delicadamente até que escuto passos, era minha mãe.
- Eu sei, sei o que queres, meu amor. Diz ela com uma voz doce e fraca de cansaço depois de aturar meu pai por um dia inteiro.
- Mãe, me desculpa.
- Vá, mas saiba que eu sempre escutei seu choro, em todas as madrugadas.
Com meus olhos cheios de lágrimas, logo a abraço.
- Ocorreu algo?. Diz A liz baixinho chegando mais perto e preocupada do motivo por eu estar demorando já que a porta aparentava já aberta.
- Venha aqui, sempre amei você e sua avó. Diz mamãe com um sorriso no rosto.
Hana se aproxima confusa, sem saber o que estava acontecendo. Então minha mãe solta um leve suspiro, e diz:
- Fiz um lanche para as duas, no fundo eu sabia, tome e vá antes que seu pai dê falta de mim na cama e acorde.
- Obrigada, mamãe.
- Sabe, eu dormi demais e tomei muitos remédios, não vi e não sei de nada. Diz ela com uma lágrima e um sorriso no rosto.
Saio rápido junto a Hanna, vejo que ela realmente conseguiu um carro e acho bastante curioso.
- Antes que pergunte, eu sei dirigir... Eu acho. Diz Hanna
- VOCÊ ACHA ?.
- Olha, usa o cinto, ok?.
- Ok... Ok...
- Ah.. e o carro? Sou muito grata, mas onde conseguiu?
- Meu tio deixou por aí, antes de ir, caso precise, e agora eu preciso, e muito. Diz ela rindo mas também nervosa.
- Certo. Digo um pouco aliviada, não queria ser perseguida por um assassinato e um roubo de carro.
- Liz, para onde vamos exatamente?.
- O mais longe daqui possível.
Hanna começa a dirigir, suas mãos passam pelo volante de uma maneira delicada, eu fico em silêncio observando.
- Me conta mais sobre o que aconteceu? Diz Hanna quebrando o silêncio.
- Ah... Sim.
Em 5 horas de viagem, conto a Hana tudo, e quando digo tudo é exatamente tudo, meus medos, meus sentimentos, meu crime, meu ódio, minha dor, o que aconteceu no jantar com o pilantra e tudo que achava necessário. Senti medo a todo momento, ela me olhava levemente e escutava tudo sem fazer uma pergunta, sem falar uma palavra e apenas quando acabei de contar minha vida que mais se parecia uma peça de teatro do Maquiavel, uma lágrima cai, e então uma palavra escuto saindo dos lábios doces de Hanna.
- Chegamos.
- Vamos ficar aqui?.
- Um dia apenas, talvez dois, só para descansarmos e ter em mente o que fazer.
Aliás, eu te amo e eu amei conhecer a Sra. Demônia.
Dou um sorriso singelo, acompanhado de um sentimento de aceitação.
O local era um hotel, não era os melhores mas era bom, pegamos um quarto e quando entramos tinha apenas uma cama, Hanna olha para mim da um sorriso de canto.
Estávamos cansadas, então apenas dormimos.
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Sra. Demônia
General FictionBela dama, doce, com olhos de anjo, voz de algodão e uma imensa escuridão devastadora em seu interior. Desejo, mentira, ganância , amor, ódio, solidão, pensamentos, pensamentos, pensamentos e pensamentos que fizeram da bela dama uma serial kill...