O Herdeiro De Plutão

A morte anda a cavalo

[1163 Palavras]

Draco leva uma pancada na cabeça antes de terminar sua frase.

— Tenha modos, Draco — Queixou-se o Rei Thyron — Sua mãe merece respeito.

— Meu pai, diga-me, como posso simplesmente ficar calmo quando vejo aquele pedaço de estrume saltitante sair voando e utilizando o poder de sua espada!? — Perguntou Draco extremamente confuso, andando de um lado ao outro gesticulando bruscamente.

— Meu Rei — Disse Rexalfos aproximando-se de Thyron – acho que o senhor deve algumas explicações para seu filho.

Rei Thyron olha para ambos, move sua cabeça de um lado ao outro procurando por algo. Ele caminha até a escadaria que leva aos tronos.

— Tem algo escondido na escadaria!? – perguntou-lhe Draco empolgado seguindo seu pai.

O Rei, por sua vez olhou para seu filho e sentou-se na escadaria.

— Ufa! Eu já não me aguentava em pé. — Disse o Rei escondendo sua boca com a mão em uma tentativa falha de segurar sua risada enquanto olha para o menino, que estava com uma expressão estampada de frustração.

— Você achou mesmo que iria ter uma passagem secreta aqui? — Zombou Rexalfos cruzando seus braços na barriga enquanto gargalha sem pausa.

Enquanto Draco baixa sua cabeça, um tom de vermelho puro toma conta de suas bochechas. O capitão da um tapa nas costas de Draco e segue rindo para sentar ao lado do Rei.

Quando as risadas do capitão Rexalfos lararam de ecoar pelo salão. Um absoluto silêncio toma conta do recinto.

O rei Thyron, inclinando seu corpo um pouco à frente, apoia seus cotovelos em ambas as coxas, junta suas mãos cruzando seus dedos. Levanta seu rosto em direção ao seu filho, olhando-o diretamente em seus olhos.

— Filho, você sabe o que é o Fed? E o motivo de vocês poderem usá-lo? — Perguntou Rei Thyron com a voz seria, encarando com profundidade os olhos de Draco.

— Fed é a energia que existe no mundo que sai dos seres vivos e dá terra. — Respondeu-lhe Draco.

— Sim, está correto. — concordou o Rei — contudo, há informações sobre o Fed que poucas pessoas sabem. A verdade é que essa energia não nos pertence, vocês utilizam essa magia por um motivo simples, Ficarem vivos. Essa energia deve-se estar em constante movimento pelo universo, para evitar uma futura tragédia.

— Como assim!? O que o senhor quer dizer com isso? — perguntou Draco que a cada segundo ficava franzindo às sobrancelhas em dúvida constante.

A conversa é interrompida quando uma ventania forte toma conta do salão real. Um tornado vai se formando em frente ao Rei, que observa a base do tornado à “Storm” que deveria estar com Zack, começa à materializar-se.

— Não! Ele não é o herdeiro! — Disse uma voz grossa e antiga que gritava vindo da espada.

Saindo de uma nuvem de poeira que o tornado levantou, surge Marte.

— Você deveria saber, Thyron. Um Black Eyes raramente herda os poderes de um Myztayks  — Disse Marte.

— Como assim!? — Gritou o Rei Thyron  desesperado. Ele levanta-se, agarra à bainha da espada ergue-a enquanto olha para a lâmina, questionou em alto tom — Por que você voltou!? Meu filho! Meu filho!

O rei agarra à bainha de sua espada cada vez mais forte, ventanias cortantes rodeiam seu corpo. Sua face está tomada pela raiva.

— Chega! Eu mesmo vou resolver isso! — disse o Rei levantando a espada.

— Sentimos muito Thyron! — Disseram várias vozes em volta do rei junto à Marte — Você não vai sair dessa sala. Não podemos arriscar.

Draco e o capitão Rexalfos trocam olhares. O jovem está claramente assustado. A plena calma já não habitava mais o rosto do capitão Rexalfos.

— Rexalfos! – Gritou o Rei no centro de várias sombras que estavam rodeando-o rapidamente — Salve-o!

O capitão Rexalfos salta do local que estava sentado, corre em direção ao Draco, apanhando o menino com um braço e colocando-o no seu ombro direito enquanto corre.

— CAPITÃO!? — Gritou Draco assustado vendo seu pai sendo deixado para trás — O MEU PAI!

— Não temos tempo! Droga! Eu não deveria tê-lo deixado ir só! — Gritou Rexalfos arrependido correndo desesperado para o portão do castelo.

Passou rapidamente pelos corredores do castelo, desceu as escadas da entrada e correu em direção ao portão que levará para a escadaria imensa da cidade baixa. Antes que ele utiliza-se o Fed para saltar algo chama-o.

— Rex! — Gritou uma voz à direita — Aqui! Venha pegar isso, vai ajudar.

O capitão viu uma espécie de cavalo de aço que possuía uma confortável sela acolchoada.

— Que tipo de criatura é essa? — Disse o Capitão Rexalfos em extrema dúvida.

— Confie em mim, meu querido — Respondeu-lhe um voz.

— Você... Certo! — Respondeu Rexalfos montando.

Draco olha com incerteza para o capitão, virando sua cabeça de um lado ao outro o garoto fica sem saber o que fazer.

— Draco, seu pai ficará bem. Precisamos fazer o que nós foi ordenado.

Draco olha para Rexalfos, respira fundo, afirma com à cabeça enquanto permaneceram em silêncio. Erguendo sua mão em direção do Rexalfos, que já está montado no cavalo. Olhares repletoa de confiança se cruzam. Rexalfos agarrou a mão do menino em pura determinação, com um simples e confiante impulso, o menino sobe na sela, atrás do Capitão.

— Usem o Fed! — Disse mais uma vez a voz desconhecida. — A Kazumi alimenta-se de Fed, ela iria levá-los em alta velocidade! Vão!

— Certo!! — Bradou Rexalfos — Obrigado, “M”.

— Capitão, tem alguma espécie de bolsa ao lado da se... — Antes de terminar o que tinha para dizer, Draco foi interrompido.

Um círculo incontrolável de Fed vai rodeando Kazumi. Erguendo suas patas dianteiras seus olhos e boca que expelem chamas enquanto a cor metálica de seu corpo ganha uma mistura de vermelho com amarelo, o cavalo começa a cavalgar é a cada vez que suas patas vinham ao solo, um buraco era formado. Kazumi sai galopante em alta velocidade saltando pelo portão do castelo, a escadaria imensa dos muros do Castela até a cidade baixa foram como dois degraus enquanto eles desciam, quando deram-se por si, já estavam ao lado dos escombros do teatro.

O capitão parou Kazumi dizendo – Pode ser rápido como for, mas eu não enxergo nada nessa velocidade.

Logo atrás várias pessoas estavam xingando o capitão pois várias barracas foram derrubadas pela sua falta de visão. Enquanto umas pessoas reclamavam com o capitão, outras observaram a Kazumi, impressionados.
Draco olha em uma bolsa ao lado da sela pega dois óculos que tinham elásticos para ficarem presos em suas nucas.

— Capitão, tome! assim a rajada de vento em nossos rostos não irão nos prejudicar — Disse Draco entregando-o

— Draco, por enquanto você terá que ficar em dúvida, mas responderei todas suas perguntas. — Disse o capitão Rexalfos sabendo dos pensamentos do príncipe.

— Pessoal! Saí dá frente! Esse cara é maluco! — Gritou Draco tentando avisar os comerciantes.

— Que indelicadeza! — disse Rexalfos inchando suas bochechas musculosas.

Os guardas do muro da cidade baixa apenas escutaram o som de algo galopando levantada uma nuvem de poeira e cortando o ar enquanto passa por eles.