Cap- 15

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Só avisando que esse capítulo tem Hot gay, então se você não gosta, irei colocar 🔥 isso para que você possa saber e pular 0-0

Engulo seco. Não sei muito bem como reagir nesses momentos. Eu devo me despedir? Claro né, idiota! Quem não se despede quando vai embora? Dá vontade de tacar uma pedra na própria cabeça para uma pergunta tão besta como essa.

— err.. tchau.- digo com a voz meio trêmula e tento abrir a porta, mas ela está travada. Claro,né. Porra. Só quero sair daqui logo, não sou muito bom em situações da vida. Porque fui inventar de sair para caminhar?

— ah! Desculpe.- se refere a tranca. Ele estende a mão para destrava, mas hesita. Porque? Ele não quer me prender aqui, quer?

— fiquei sabendo da briga no colégio.- ah, ótimo! Um ótimo assunto para se falar comigo, agora. Agora? Porque justo agora? Só quero chegar em minha cama e começar a maratona qualquer série, literalmente, qualquer uma.

— é pois é, uma merda, mas é a vida.- explico apressado para sai. Queria que ele me olhasse com tédio e abrisse logo a porra da porta, mas invés disso continuou com esses lindos olhos verdes me encarando profundamente, como se tentasse achar alguma resposta do porque a briga? Ou por causa de outra coisa? Para tentar me estudar talvez? Ele é piscicólogo, talvez seja isso que ele faça. Estude as pessoas.

— Stiles, quando vamos ter aquela conversa?- faço uma expressão de confusão. Mas sei muito bem do que está falando. Só que quero evitar esse assunto o máximo possível. E além disso, porque se preocupa tanto? Ele não é meu pai. Mas é seu "responsável." Pois é, mas não pedi para ele ser isso. Na verdade... ele que se ofereceu, tá legal mente?

— não precisamos ter AQUELA CONVERSA.- falo um pouco mais alto, mas não gritando também né? Eu só não entendo o porque dele querer falar disso, o pai nem é dele. É meu. Ele não deveria tentar estudar a cabeças de pessoas que não são seus pacientes.

— não podemos evitá-la para sempre, sabe disso. Uma hora ou outra eu vou explodir, porque eu não aguento a ideia de te ver, ou ver qualquer outra pessoa, sofrendo sozinho. Sendo que posso lhe ajudar.- mordo o lábio. Tem homem mais perfeito que esse? É lindo, gostoso, compreensível, se preocupa com o que você pensa. Do que mais ele precisa? Se tiver mais coisa ainda, preciso arranjar um terno, rápido.

— você pode me ajudar, mas não precisa me ajudar.- redijo sua frase. Porque sou tão duro com as pessoas? Porque faço tudo isso para não me abrir? É tão difícil assim falar com outras pessoas e mostrar todas as suas fraquezas? É, tem razão, é sim.

— mas eu quero ajudar, eu posso ajudar.- reviro os olhos.

— mas não precisa.- repito novamente.

— mesmo assim quero ajudar.- diz calmo, já estou me estressando. Para que tanta insistência?

— mas não precisa!- elevo o tom um pouco e ele lembra as sobrancelhas e sorri. Porque ele está sorrindo? Só tem gente doida nesse mundo?

— então eu falo novamente, que quero ajudar.- fala mais devagar que a primeira vez. Passo a língua por meus lábios de baixo. Qual é? Não vai parar de repetir a mesma coisa até que eu aceite? Agora sei como é ruim ficar insistindo. Nunca mais faço isso ( dedo cruzado ).

— mas não precisa!- repito mais alto ainda e o barulho ecoa pelo carro, apenas o som do ar saindo abafa o som um pouco. Aproximo-me dele pela raiva.

— vamos continuar nessa "discursão?"- faz aspas com os dedos e não para de lhe encarar. Se não posso vence-lo com as palavras, então com o olhar talvez eu tenha alguma chance. Pouca? Mas ainda existe.

Cause i'm so fuking careOnde histórias criam vida. Descubra agora