Two

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Hey manas e manos.

Desculpem a demora em postar, mas aqui está o segundo capítulo.

Vai ser uma fic pequena, terá no máximo 10 capítulos.

E obrigada a quem comentou  *-*

Até as notas finais.

xx

Nova Orleans é a cidade mais famosa da Luisiana, conhecida por ser a cidade mais assombrada dos EUA.

Fundada por imigrantes franceses, com grande influência das culturas negra e caribenha, teve como resultado uma cidade com habitantes cheios de cultura e superstição. Seus mitos são banhados em sangue, magia e relatos de um passado que habita a ficção e a história, sem nunca revelar sua verdadeira face.

Também foi cenário de um grande desastre natural, a passagem do Furação Katrina, que deixou 80% da cidade debaixo d'agua.

Mas é uma bela cidade, não se pode negar.

Cativante, marcante, sedutora e misteriosa.

Liam está sentado numa das mesas de um charmoso café, no bairro de French Quarter.

O café em sua xícara esfriou faz algum tempo.

Café para Liam não é importante no momento.

Ele está fascinado pela lojinha de produtos esotéricos do outro lado da rua. Através da vitrine ele pode observar os movimentos daquela criatura magnífica a seus olhos castanhos e infernais.

Sua criatura.

Seu humano.

Sim, Liam tinha um sentimento de posse afetando seus pensamentos e ações.

Ele o estava seguindo desde que sentiu sua presença, desde aquela noite.

Ele cheirava bem. Muito bem.

Mantinha toda sua atenção focada em cada movimento daquele jovem. Em como era ágil na organização dos produtos nas prateleiras, em retirar a poeira de algumas estatuetas com o espanador, e adorável quando a poeira irritava seu nariz, o fazendo espirrar e coçar o nariz freneticamente. Gravou detalhes de como ele sorria cordial para os turistas e os aspirantes a ocultistas que nem sabiam fazer uma evocação simples e aqueles que acreditam nas cartas de tarot, bolas de cristal e todos os tipos de ritos de adivinhação e sortilégios.

Era um sorriso cordial, mas não era um sorriso verdadeiro.

Estava apenas sendo educado, pois precisava de seu emprego.

O sorriso se apagava em minutos, e logo voltava para aquela expressão enigmática. Olhos vazios, lábios comprimidos e suspiros tediosos. Parecia que a vida era um fardo muito pesado em seus ombros, um castigo, um infortúnio.

Olhando para ele, Liam se lembrava do Mito de Atlas. Atlas foi punido por Zeus e teve que sustentar o céu nos ombros. Aquela criatura sustentava a vida nos ombros.

Um Atlas Contemporâneo.

Liam o acompanhou pela manhã até aquele local. Já são quase 03 horas da tarde e ele ainda não saiu de lá. Ele aproveitou para se instalar num hotel naquela região e sondar sobre aquela lojinha e seus proprietários.

A garota loira, peituda e safada, que trabalhava na portaria do hotel em que se hospedou, disse que aquela lojinha é bem conhecida pelos turistas que frequentam a cidade, e que a proprietária da lojinha se chama Koenma, uma senhora de uns 70 anos de idade, e uma médium muito conhecida na região. Era viúva e tem apenas um funcionário na loja, que é o menino estranho que só anda de preto e que não fala com ninguém e que ninguém sabe o nome, e nem de onde veio. Disse ainda que ele sempre é visto no Lafayette Cemitery, desenhando os mausoléus e túmulos aos finais de tarde.

A loira passou todas as informações que sabia daquela loja. Horário de funcionamento, dias e horários das consultas com a médium entre outras coisas. Agora ela espera que Liam a leve para a cama.

Coitada.

Pelo menos ele conseguiu boas informações.

Liam continua sentado na mesinha do café charmoso do outro lado da rua, quando viu a velhinha saindo da loja, carregando uma pequena bolsa. Ele deixou algumas notas encima da mesa e quando percebeu, já estava entrando dentro da loja.

Agiu por impulso.

Que bonito Liam.

Ele adentrou a loja e começou a olhar os livros, as estatuetas e diversos produtos esotéricos. Olhou atentamente para uma prateleira com velas de todas as cores, formatos e aromas.

Liam gostava muito de velas.

Tinha uma certa fixação por elas.

Ele se distraiu olhando para as velas, até que ouviu uma tímida voz o chamando:

-Senhor? Precisa de ajuda?

-Ah, me desculpe, eu simplesmente adoro velas. Não consigo escolher qual cor devo levar... alguma sugestão? - perguntou Liam com um sorriso no rosto.

-Err... escolha a que tem sua cor preferida... - respondeu Zayn, um tanto inseguro.

-Eu adoro roxo.... - disse Liam olhando para algumas velas na prateleira - Mas qual é a sua cor preferida, lindo? - perguntou em seguida

A criatura não esperava por aquela pergunta e por aquele elogio, causando um leve rubor tomou conta de seu rosto.

-E-e-eu gosto de preto... - respondeu baixinho e abaixou o rosto.

Liam sorriu e achou aquilo adorável.

Então ele pegou 02 velas aromáticas redondas, na cor preta:

-Vou levar a preta, em sua homenagem. Você tem bom gosto, preto é uma ótima cor. Preto é a junção de todas as cores, com ausência da luz, mas ainda assim, uma bela cor. Uma cor poderosa. - Liam disse sorridente, entregando as velas nas mãos da criatura adorável.

O leve roçar dos dedos da criatura na pele de Liam causou uma explosão de sensações em Liam. Eram dedos longos, delicados e frios. Dedos frios roçaram na pele quente de Liam, que se arrepiou da cabeça aos pés. Liam imaginou aqueles dedos longos e frios arranhando suas costas...

Quando o jovem lhe devolveu as velas já embaladas, Liam tirou uma nota de 50 dólares e a colocou nas mãos dele, aproveitando para tocar levemente sua pele com seus dedos.

A pele dele era fria e macia, e Liam queria mordê-la até ficar roxa.

-Não precisa devolver o troco. Obrigado pelo atendimento... pode me dizer seu nome? - perguntou Liam da forma mais elegante e sedutora possível

-Err... meu nome é Zayn... - respondeu e abaixando a cabeça.

Seu nome era Zayn.

Liam vai escrever Zayn em todos os lugares que ele puder escrever.

-Que belo nome, combina com você... Me chamo Liam, é um prazer conhecê-lo.

-Obrigado senhor Liam. - Zayn agradeceu educadamente, com um sutil sorriso nos lábios.

-Para você é somente Liam, e espero te ver em breve...Zayn - falou e saiu da loja, deixando um Zayn confuso e com um ligeiro sorriso em seu rosto.

As 05 horas da tarde, Zayn começou a fechar a loja.

Dez minutos depois, ele trancava a porta de entrada e começou caminhar apressadamente, carregando sua mochila e alguns livros nas mãos.

Liam se preparava para segui-lo quando sentiu algo segurando seu braço.

Ele se virou para ver que teve a ousadia de tocá-lo e teve uma surpresa ao ouvir sua voz autoritária.

-Não ponha suas patas infernais encima do meu menino!!!

"Velha filha da puta" - pensou Liam

E então? Me digam o que acharam, adoro ler os comentários de vocês.

Qualquer dúvida podem me perguntar aqui mesmo nos comentários ou no twitter :)

Beijos e até o próximo capítulo xx


Carnival (AU! Ziam Mayne) HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora