TOMMASO VACCHIANO
Ela é virgem.
A garota tola se manteve pura, tudo por medo.
Verena tem medo e amo causar esse sentimento nela.
Ver seu olhar indefeso desperta algo em meu interior que ainda não consegui decifrar se é bom ou ruim. Na melhor das hipóteses é ruim, afinal não sou um homem bom e não sei nem o que é isso.
Sinto o ar fresco da noite bater em meu corpo.
Tiro o maço de cigarro do bolso, acendo um, olho para trás e vejo Aldo e Enrico vindo em minha direção.
— O Zornickel já dorme junto com a mulherzinha dele? — pergunto dando uma tragada.
— Se dorme, não sabemos. Oh, família para ter mulher gostosa — Enrico debocha.
— Espero que seus pensamentos estejam longe da minha mulher — digo mais possessivo do que o necessário.
— Olha ele, defendendo a esposinha. Está fazendo o que aqui? Já tirou o cabaço da loirinha?
Semicerro os olhos na direção de Enrico.
Somos como irmãos e acho que esse é o mais próximo que tenho de sentimento de família.
Foi quem esteve junto comigo nos meus piores momentos, confio nele de olhos fechados e sempre lhe dei liberdade para falar o que quiser.
— Preciso resolver isso antes. Só para avisar, prefiro que não se refira a ela desta forma, tem um nome justamente para isso.
— Okay, okay, Vacchiano. Tenho medo do que essa menina pode fazer com meu amigo. Se preferir podemos dividi-la, assim não correrá o risco de nutrir algum sentimento por ela.
— Controle a porra do seu pau e se mantenha longe da Verena. A mulher vai ser como uma santa aqui dentro, não quero ninguém dando trela para ela — digo em bom som para todos ouvirem.
Posso ser acostumado a dividir mulheres com Enrico, mas Verena está longe de todos esses limites.
Ela é minha, única e exclusivamente minha.
Feita somente para me dar prazer.
— Okay, chefe, não está mais aqui quem falou. Fique com sua ninfetinha.
Enrico não tem medo do perigo.
Aldo faz um gesto de não com a cabeça enquanto acende seu cigarro.
— Vamos, Don, nossa vítima está presa na pedra.
Dando o assunto por encerrado sigo pelo pátio, ouvindo os passos dos dois homens atrás de mim.
Desço uma pequena ladeira e paro sobre o que chamamos de esconderijo. Um lugar feito em pedras, apenas para acabar com a vida dos nossos inimigos.
Digito a senha na porta, liberando nossa passagem. A porta se move para o lado e entro no lugar escuro. Há apenas uma luz azul que ilumina o corpo do nosso suspeito.
O homem está cabisbaixo, preso a uma pedra central e seu corpo está todo ensanguentado.
— Dizem que na vida tem louco para tudo — digo alto atraindo a atenção do bosta que ergue sua cabeça na minha direção.
— Bem que ela me disse que você é esperto. — Sua voz é quase como um sussurro inaudível.
— Ela quem? — pergunto.
Tiro a tipoia, odeio andar com essa merda. Meu ferimento é no ombro e não no braço, embora esteja sentindo mais dor no braço em repouso.
Porém, a dor é para os fracos e não vai ser um ferimento de nada que me fará parar.
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VERENA - VENDIDA AO CHEFE (DEGUSTAÇÃO)
RomanceARQUIVO COMPLETO NA AMAZON VERENA - VENDIDA AO CHEFE MÁFIA IN ERGÄNZUNG: LIVRO QUATRO Verena Zornickel foi treinada para servir a um único homem, seu futuro marido. Aos treze anos descobre que foi prometida ao Don da Cosa Nostra. Tommaso Vacchiano...