CAPÍTULO TRÊS

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TOMMASO VACCHIANO

Fecho meus olhos, a raiva que sinto me deixa maluco.

Inferno!

Como isso foi acontecer?

Estou sem entender o que aconteceu e isso me deixa ainda mais furioso.

Bem no dia do maldito casamento, justo hoje!

Os Zornickels devem estar pensando que não sei comandar a Cosa Nostra.

— Tommy. — Abro meus olhos observando meu subchefe. — Seus cunhados estão aqui com Aldo.

— Deixe-os entrarem. — Minha voz falha.

A essa altura meus homens já devem ter pegado quem planejou o ataque.

Uma coisa é nítida, quem fez isso sabia de todos os meus passos e onde estava sentado no carro para acertar o tiro em cheio em meu ombro.

Avisto meus dois cunhados passarem pela porta.

— Heinz, Klaus, que surpresa agradável — digo em italiano, com preguiça de falar o idioma deles.

— Pensei que tinha melhor controle sobre seu clã — Heinz diz impaciente.

— E eu pensei que isso não fosse da sua conta — respondo sem paciência.

Quem ele pensa que é para ditar algo no meu clã?

— Atentado? — Klaus muda de assunto parando ao meu lado.

Enrico se afasta atendendo seu celular.

Meu subchefe ergue sua sobrancelha, seus olhos estão fixos nos meus, falando em um sussurro em seu celular.

— Ainda não sabemos o que aconteceu — digo sem desviar os olhos do meu subchefe.

Enquanto ele fala ao telefone, vou fazendo a leitura labial.

Encontraram o homem e está no nosso pátio.

— Amarrem-no na pedra — digo para Enrico.

Ele assente.

Quero esse maldito amarrado no nosso matadouro.

Olho para meus dois cunhados e faço uma careta ao sentir a queimação em meu ombro.

— Espero profundamente que sua irmãzinha não tenha nada a ver com isso — digo sem paciência.

— E por que Verena teria algo a ver com isso? — Heinz coloca a mão em seu bolso, me olhando interrogativo.

— Muito estranho, bem no dia do nosso casamento esse atentado acontecer.

Ambos ficam em silêncio e se entreolham.

— Minha irmã nunca faria algo assim — Klaus entra em defesa da irmã.

Bufo.

Lógico que seria, meu sexto sentido diz que ela pode ter algo a ver com isso, e se acaso se concretizar minha desconfiança, será o fim dela.

— E quanto ao casamento? — Heinz muda de assunto.

— Quando melhorar faremos a união enquanto isso ela ficará na minha casa.

— Precisa melhorar para fazer o casamento? — o Don da In Ergänzung diz impaciente.

— Que diferença isso faz? — questiono observando Aldo parar ao meu lado.

— A diferença é que não terá ninguém da nossa família perto dela. Prefiro que a união seja feita o quanto antes, não quero você usando-a e depois descartando-a sem ao menos firmar o casamento.

VERENA - VENDIDA AO CHEFE (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora