♪ ・i'm yours ━ 0:15

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Nishimura Riki

Coreia do Sul, BUSAN.
28 de agosto de 2020.

Kim Sunoo deveria ter algum feitiço nele para fazer com que eu o amasse tanto e fosse tão grudado.

As aulas tinham voltado e, eu não conseguia parar de pensar no final dela. Não porque eu odiava história, mas sim porque eu iria encontrar meu namorado.

Não sei qual tamanho de sua ousadia pra me pegar e me encantar de todas as maneiras possíveis, mas eu podia jurar que vi Sunoo em um dos caras históricos das imagens de meu livro.

Fui atacado por uma bolinha de papel.

"Qual a resposta do número três?"

Pela caligrafia infantil, era Jungwon.

Eu não sabia que o professor tinha passado atividade em aula. Pra mim, ele só tinha mandado lermos o texto chato.

"Tem atividade?" - escrevi, jogando-o de volta.

Olhei para trás, disfarçadamente e pude ver o garoto bufar ao ler. Ele fez um sinal com as mãos, indicando para eu pegar o celular e assim fiz.

jar jar binks <3
09:03
vai valer como nota substitutiva
sua cabeça tava aonde, jabba?

niki
09:03
no sunoo
merda, e agora?
falta 15 minutos pra aula dele acabar

jar jar binks <3
09:04
na verdade, 11 minutos
te mando a respostas, só deixa eu conseguir essa que falta
NÃO COPIA!!! MUDA AS PALAVRAS!!!

Minhas habilidades de mexer no celular em sala de aula escondido eram tão boas quanto as minhas de ser hétero dentro de casa. Ontem mesmo, meu irmão estava vendo um filme norte-americano na sala, e eu fiz questão de falar que a atriz era muito bonita. E realmente era.

Recebi as respostas pelo celular uns cinco minutos depois e fiz questão de escrever o mais rápido possível para que desse tempo.

O sinal tocou e eu ainda estava na penúltima.

Olhei rapidamente para cima, vendo meus colegas de classe entregando a folha para o professor que caminhava pela sala, e meu modo letra de médico foi ativado.

Não podia ficar depois da hora. Não podia ficar sem ver Sunoo.

Pude sentir o professor se aproximar da minha carteira, me deixando apreensivo. Eu não estava entendendo nada do que eu estava escrevendo mas estava rezando para que ele entendesse.

Acabei.

— Sr. Nishimura? - ele olhava através dos óculos — Sua avaliação?

— Aqui - entreguei rapidamente, guardando o resto de minhas coisas. — Desculpa minha caligrafia professor, - fiz uma reverência assim que levantei — Passei as férias com meu pai no Japão, estou um pouco confuso com o Hangul - menti.
Vi meu pai duas vezes e foi na Coréia.

Ele afirmou, e me dispensou, não dando a mínima para a caligrafia do trabalho.

Olhei o relógio, e Sunoo sairia da aula de matemática daqui a oito minutos. Sai correndo para o terceiro andar.

Bluebird | SUNKIOnde histórias criam vida. Descubra agora