Capítulo 4

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James acordou com um barulho.

Imediatamente se levantou e pegou sua espada. Seus olhos varriam por toda extremidade da floresta, tentando encontrar de onde vinha aquele barulho. Lentamente, seus passos percorriam o local do acampamento que montou.

Tudo estava em ordem, sua comida ainda estava lá. Seus mantimentos ainda permaneciam perto da árvore e seu cavalo ainda estava lá. Suspirou aliviado quando viu que Maximus estava bem. Mas ainda sim queria encontrar a origem daquele barulho. Era um barulho das folhas, como quando você pisa em alguma folha seca fazendo um som alto. Mas tudo estava em silêncio, como se, o que quer que tinha feito aquele barulho, o estava olhando.

E ele se sentia observado. James odiava se sentir observado.

Sua mão ainda estava segurando a espada, que permanecia presa em sua cintura, mas a qualquer momento, poderia tirá-la e usar sua lâmina. Sua outra mão estava segurando uma pequena faca que guardava no bolso, que raramente usava, mas estava lá por precaução.

Tudo estava em silêncio. Até que ouviu novamente.

O barulho das folhas. Folhas sendo pisadas. Um som constante. A pessoa estava vindo em sua direção, mais precisamente em direção as suas costas. Imediatamente, retirou sua espada e empunhou para trás, ficando de frente para a criatura.

— Você se assusta muito fácil.

A princesa estava encostada na árvore com a lâmina quase perfurando sua garganta. Ela abaixou sua cabeça e viu a espada, revirou os olhos e a bateu com sua mão, forçando James a largá-la.

— Esse é o seu jeito de me agradecer pelo café da manhã?

James franziu o cenho, perdido.

— Que café da manhã? O que você tá fazendo? Que horas você acordou?

E então olhou para a mão da princesa, que segurava uma maçã.

— Acordei já faz umas horas — ela deu de ombros — Mas não quis te acordar, aí eu fiquei com fome e fui atrás de comida.

Ela retirou mais uma maçã de sua bolsa e entregou para Maximus, que começou a comer em sua mão. Enquanto ele comia, Lily dava risada.

— Você gostou, é? — disse para o cavalo, com uma voz de bebê.

Maximus comeu toda a maçã na mão de Lily, e ela imediatamente começou a dar outra. James cruzou os braços enquanto via aquela cena.

— O que foi? — ela perguntou, e ele ergueu as sobrancelhas — Toma — e depois, pegou mais uma maçã de sua bolsa (quantas ela tinha pego?) e jogou em sua direção — Não se preocupe, eu as lavei.

Até porque era exatamente isso que ele estava querendo saber, pensou ironicamente.

— Por que você não me acordou? — Potter disse estressado — A gente já podia estar a quilômetros de distância!

Ela revirou os olhos.

— Relaxa, Potter. A gente precisava descansar!

— A gente descansava enquanto andava no Maximus! — retrucou.

Ela cruzou os braços.

— E o Maximus? Quando ele vai descansar? Sinceramente, Potter, você é o pior dono de animal que existe.

James bufou.

Não tinha tempo para aquela discussão besta.

— Vamos — ele falou, enquanto andava até seu cavalo e o arrumava para a viagem — Vai pegando tudo que é seu — disse para a princesa, que o olhava emburrada.

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