Eu sou um líder

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Era uma decisão histórica para os Estados Unidos, pela primeira vez um presidente americano branco e conservador era a favor do casamento homoafetivo, dando direitos para tanto os casais do mesmo sexo quando também a estrangeiros. Fitzgerald Grant III está desafiando o parlamento americano e fazendo a vontade do seu povo.

Líder do mundo livre, agora, é lembrado como filho de Fitzgerald Grant II ex governador da Califórnia. Fitz III foi um homem que ninguém poderia reclamar, um bom filho, um bom cidadão americano, um bom marido e um bom pai. E tudo desmoronou quando em seu processo para ser presidente o fez conhecer a linda e advogada Olívia Pope. A culpa não foi de Olívia, Fitz se afeiçoou a ela e tiveram um caso em um passado distante e hoje, ela se casou um ex colega dele e que foi seu chefe de gabinete, Jacob Ballard.

Olívia sabia domar Fitz III, a única a controlar um coração teimoso. A única que o fez quebrar o sim de matrimônio. E ainda talvez ele a ame muito depois de anos do romance que ficou escondido.

Atualmente, Fitzgerald está sentado em sua poltrona de couro no salão oval lendo documentos nas altas horas da noite. A casa branca não dorme enquanto o presidente não deita e isso significa que uma parcela dos funcionários estão ao dispor dele.

— Fitz... — Disse a chefe de gabinete, Laura Gilbert. Os olhos azuis perfeitos e os cabelos ruivos que lhe dão um ar de mandona é terrivelmente elegante, para na porta do salão oval encarado o chefe.

— Não irei dormir! — Firme, Fitz se mantém na leitura impaciente.

— Os funcionários necessitam de descanso. Essa semana está se encerrando na madrugada. — reclamou. — Eu quero ter um vida. Se você não tem, não obrigue lhe acompanhar.

— Eu tenho uma vida Laura. E para você sou senhor presidente. — Ele deu uma pausa enquanto falava e encarou sua chefe de gabinete. Ela tinha um aparência cansada e ele suspirou. — Já pode ir. Chefe de gabinete é feito para organizar minha vida política nesse prédio. Já passou da hora. Vá beber. Se divirta. — Tentou expulsar-la.

Laura escorou no quadro da porta e o fitou.

— Fitz... somos amigos também... fomos colegas de faculdade e eu não vou deixar meu amigo se afundar no trabalho. — Argumenta e revela saindo da porta e indo até ele. — Se não fosse o presidente, eu lhe chamaria para beber. Mas teríamos que rever a segurança e isso requer muito estudo por parte do serviço secreto.

— Gilbert estou bem. Apenas quero terminar essa análise antes de ter a visita do primeiro ministro do Reino Unido. — Grant respira fundo ao sentir as mãos da amiga nós ombros.

— Eu quero seu bem e o bem do meu país, mas fica difícil se um dia o presidente infartar. — Recoloca a ideia sobre ele ter uma sobrecarga de trabalho. — Deixe de ser americano por uma semana e desencana. Trabalho demais também mata! Pena que Kennedy e Lincoln não puderam dizer o mesmo.

Esse comentário mórbido fez o presidente ri e receber um beijo na bochecha, assim ficando a sós consigo mesmo, decide dar uma pausa do salão oval e caminhar pela propriedade mais vigiada da América.

Caminhando pelo prédio, o corredor todo escuro, uma sala com a porta meia aberta e luz ligada, chama a atenção dele.

— Alguém aí? — Perguntou sorrateiro e após caminhar de forma elegante, avista um jovem de joelhos no chão organizando as canetas espalhadas pelo chão. O senso crítico dele subiu e desceu em uma velocidade incrível. Como ela, aquela pessoa, poderia está trabalhando na casa branca. Altamente desastrada.

— Ah meu Deus! — Disse a jovem em sua língua nativa. — Digo... Oh My god. — reformulou ao ver o presidente plantado na porta na sala dos estagiários. — Senhor presidente. — levantou ficando de pé e um pouco descabelada. Era o tipo de pessoa que faria Fitz correr pela falta de elegância e pudor.

— Tudo bem. — Disse olhando para trás. — Não deveria está aqui. Estagiários não são permitidos nesse horário. Priorizo os estudos dos mais jovens!  — Ele colocou a mão na cintura e estudou a forma corporal que a estagiária reagiu a frase dita a pouco. Uma feição de brincadeira com a jovialidade.

— Senhor presidente, me desculpe, mas eu sou a única, claro... depois da chefe de gabinete, que cuida de sua agenda. — Se explicou.

— Eu nunca te vi. — retrucou. — Mas isso não importa. Arrume a bagunça e vá para casa. — Deu as costas e parou, virou-se na direção dela e a encarou, — Passe no setor dos transportes. Deixarei uma autorização para levá-la em casa.

— Senhor não é...

— Primeiro, para você eu sou o senhor presidente e segundo... — Fitz avalia a postura da garota — você é mulher, não é seguro nesse horário.

Foi a única frase que pudera sair da boca dele antes que ele sumisse pelo corredor e ficasse esgotado pela conversa.

A jovem garota e estagiária estava em choque, após 2 meses estagiando na casa branca, o presidente teve uma conversa e a tratou de modo... frio demais?

— O que ele tem de elegante ele tem de chato! — Comenta enquanto arrumava as canetas caídas ao chão.

Continua...

Fitzgerald Grant - Senhor presidenteOnde histórias criam vida. Descubra agora