Não aceitar

152 11 3
                                    

— Está de brincadeira. Poderia trazer qualquer outro estagiário? — Fitz diz sendo indelicado.

— Fitzgerald! — Laura o repreende. — Desculpa Flávia, o senhor presidente é muito arrogante às vezes. — Enfatizando o descontentamento, Laura bufa e lança um olhar desgostoso. Nunca viu um presidente ser tão filho da puta como ele.

— O presidente da França já está no corredor. — Disse Harry em seu perfeito terno causando um efeito colateral em Flávia. O sorriso em seu rosto se acendeu deixando todos ali, exceto Harry perceber.

Fitz fica sem jeito. Ela não precisava ouvir aquilo dele.

— Sabes bem francês? — Grant pergunta a Flávia.

— Sim senhor. — Disse consentindo e evitando olhar para ele. Flávia estava envergonhada.

— Harry distraia o francês. Laura... — Faz menção de arranjar uma roupa mais adequada a Flávia.

Flávia fora arrastada para uma porta diferente e Laura lhe deu um vestido preto. Assim como o de Tiffany.

— Sua roupa está ótima. Mas os franceses são... mais...

— Ariscos com a moda. Eu entendi. Isso é para causar uma boa impressão e não achar que fui achada em qualquer lugar. — Mostrando o ponto de vista, Flávia causou uma boa impressão para Laura. Não eram todos que faziam isso, nem mesmo o presidente.

Elas sorriram uma para outra e não demorou muito. Contudo, Flávia fez uns ajustes em seu visual.

— O francês vai ficar encantado. — Laura ri com aquilo.

— Eu nunca o vi pessoalmente. Já vi em revistas.

— Fique tranquila. Emmanuel é muito educado e não um desdenhoso como o nosso presidente. É apenas traduzir. Caso ele solte uma... palavra em francês.

— Achei que o presidente soubesse francês.

— Sabe. Mas é arrogante demais para querer ceder. — Laura dar um relógio de pulso para Flávia e a mesma a encara sem entender. — é seu.

— Eu não posso aceitar... ele...

— É um pedido de desculpas do presidente. — Mentiu Laura.

Como se não bastasse quebrar um relógio caro agora seria este

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Como se não bastasse quebrar um relógio caro agora seria este. Flavia entrou novamente no salão oval vendo o corpo não muito alto do presidente francês. Ele estava de costas cumprimentando Fitz e parecia muito cortês.

Ele se virou e escutando a voz doce de Flávia, soltou a mão de Grant e lhe tocou a mão. Até a beijou causando espanto. O toque gentil de Emmanuel era sagaz, Fitz sentiu um incômodo e preferiu olhar para Laura.

— Prazer, Emmanuel. — Sorrindo e se apresentando, causando boa impressão, ele encantou todos na sala.

— Ravi de vous rencontrer, Flavia. (Prazer, Flávia).

Emmanuel surpreso, parecia mais se interessar por Flávia do que o presidente dos Estados Unidos.

— Bom... vamos tratar dos assuntos que temos pautados? — Grant se intromete entre eles e lança um olhar para Flávia. — Senhor Macron, vamos conversar. Por favor, sente-se. — estendeu a mão indicando o sofá.

(...)

Durante a conversa entre os presidentes, Flávia estava presente observando como a diplomacia era tão linda. Pessoas tão... parecidas ali, exceto pela nacionalidade. Tirando o fato de Grant ser muito idiota, mas ela entendia, ele não chegou ali sendo bonzinho demais. Ser ganancioso, babaca, charmoso e bom de lábia é uma característica de um presidente americano.

Emmanuel sempre a olhava e causava incômodo em Fitz. Quando ele não já aguentou, levantou pedindo licença para pegar uns papéis em sua mesa para mostrar a Emmanuel e poder desviar o olhar dele para com ela.

Emmanuel pede licença também para se servir de chá e Flávia o ajuda. Grant entrou em desespero. Sabia bem o desastre que Flávia era, mas pelo contrário, ela se saiu muito bem. Aquilo o incomodou. Emmanuel cortejando uma funcionária da casa branca.

— Querida. — Fitz se pôs perto de Flávia, — poderia... — segurou na cintura dela fazendo Emmanuel franzir o cenho sem entender. — Busque sumo para nós. Está um pouco quente aqui. — Sorriu mostrando os dentes e bem próximo da estagiária causando um arrepio.

— S-sim... senhor. — Flávia balbuciou as palavras em inglês e saiu a procura de suco. Mal trancando a porta, Fitz encara Emmanuel.

— Não sabia que estava com ela. — Presumiu Macron. Nem negando ou afirmando, Grant sorriu preferindo ao silêncio.

— A senhorita Castelo Branco é uma boa funcionária. É apenas isso que eu posso dizer. E sim, por parte és minha. A casa branca és minha. Tudo aqui.

— Não estou a falar disso Grant. Eu vi em toda a reunião. Não será o primeiro presidente a dormir com uma funcionária. — Revelou fazendo ambos se olharem e rirem.

Continua...

Continua

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Fitzgerald Grant - Senhor presidenteOnde histórias criam vida. Descubra agora