Adrien

   Implicar, brincar, provocar, chamem do que quiser mas eu amo fazer isso com a Marinette, sempre é uma reação diferente. Diferente e interessante, principalmente quando foge do padrão.

   Quando ela se distância e vejo a outra garota se aproximando me encosto na grade e espero. É mil vezes melhor terminar com isso agora do que depois.

   Foi a mesma coisa de sempre, acho que posso até chamar isso de ritual. A menina vem na maior quietude, puxa um assunto nada a ver e do nada se declara, claro que dentro dos padrões, oque só torna a coisa ainda mais entediante. Após a declaração, eu rejeito como sempre.

   Marinette diz que eu rejeito as meninas com muita frieza, eu discordo.

   Depois da minha resposta, sigo para a sala com as mãos no bolso da calça e cabeça bem erguida.
   Quando entro vejo Marinette e os seus amigos mais próximos, Alya e Nathaniel. Sinceramente, as vozes cogito a ideia do Nathaniel gostar dela, sempre andando com os braços no ombro dela por exemplo, não que isso me incomode, afinal a vida é totalmente dela e não devemos satisfação um ao outro sobre oque fazemos ou deixamos de fazer.

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  – Vamos logo filho.

  – Vocês são apressados né?! - digo descendo as escadas

  – Seu pai já está impaciente.

  – Mãe, não é como se ele em algum momento tivesse paciência.

   Ela apenas fecha os olhos e a vejo dar um soriso fraco.

  – Vamos logo Adrien.

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   Estamos sentados a mesa, meus pais conversando com Tom e Sabine ( nem vem que enquanto eu tiver narrando não vou chamar eles de "vossas majestade reais"). Como sempre a mesma coisa, eles conversando e eu e a Marinette com a mão apoiando a cabeça e mexendo na ervilha do prato.

  – (Em quem momento isso vai acabar?) - questiono no pensamento

  – Eu acho ótimo, oque nos diz Marinette - questiona Sabine, e os outros três também se viram na nossa direção

  – Hum..  - ela obviamente não faz ideia do que eles estão falando, igual a mim - tá, é, pode ser.

  – Maravilha - comemora Sabine batendo palmas leves e eles voltam a conversar

   Sério? Eles não perceberam que ela não sabia sobre oque estava sendo proposto?

   Se fosse algum ato de... sei lá.. executar alguém?!

   Ela teria concordado com isso.

  – Sabe do que eles estavam falando pelo menos princesa?

  – Claro que sei.

  – Então por favor, explique-me.

  – Eu... se não prestou atenção o problema é seu.

  – Sabia, você concordou sem nem saber oque era - digo com um sorriso de canto

  – Cala a boca que é melhor.

  – E se eu me recusar?

  – Eu mesma calo!

  – Adoraria saber como.

  – Será que uma paulada na cabeça resolve? - ela coloca o dedo no queixo com fisionomia pensativa

  – Agressiva você não?!

  – Só veio perceber isso agora?

   Eu dou uma risada e logo somos chamados pelos nossos pais para nos retirarmos dali

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