Adrien

Verdade

Todas as minhas palavras ditas naquele momento continham a mais pura verdade

- Você gosta dela

- Quê? Não, nada a ver

- Você apoia ela Adrien, ela quis participar da corrida e você ajudou mesmo sabendo que era proibido

- Não era exatamente proibido, apenas nenhuma mulher tinha montado antes. Qual a dificuldade de entender isso?

- Dá na mesma. Você gosta do jeito diferente dela de ser mas aposto que não esperava acabar gostando dela

- Eu não estou apaixonado por ela - me sento na cama

- O que você mais gosta nela?

- Onde você quer chegar com isso?

- Só responde

- *suspiro* Os olhos talvez, aqueles olhos que parecem duas safiras que me hipnotizam toda vez que vejo

- Tá vendo? - diz com um sorriso vitorioso no rosto

- Ah Nino me deixa e vai pro seu quarto tá, ou melhor, vai atrás da Alya

- Você sabe que eu estou certo meu caro amigo - sai do quarto

- Essa garota ainda vai me matar qualquer dia - se deita na cama

- Essa garota ainda vai me matar qualquer dia - se deita na cama

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Mas na minha mente as palavras do Nino corriam soltas. Ultimamente aconteceram coisa... inesperadas. Inesperadas no nível durmir e acordar pensando nela. Será que ele está certo? Bem, pelo visto hoje não vai ser uma noite diferente. Não tenho nada a perder (a não ser a sanidade).

#Mari on#

Meio da madrugada e me bateu uma vontade de comer alguma coisa. Se possível algum doce. Me pergunto se meu estômago está tentando me pregar uma peça porque não é possível vir querer me acordar no meio da madrugada.

Então eu desço até a cozinha em busca do meu tão desejado. Estou prestes a pegar na geladeira quando ouço um barulho.

Parece paços se aproximando.
Pego o que tem mais perto do meu alcance, adivinha o que...  uma frigideira

Me escondo perto da entrada da cozinha e quando a pessoa passa, fecho os olhos e bato nao que acredito ser a cabeça da pessoa

- Aí, mas que merd.. - liga a luz

- Adrien?

- Marinette? Posso saber o que está fazendo aqui na cozinha a essa hora, ainda mais no escuro - diz massageando a cabeça

- Tenho o mesmo a te perguntar - cruzo meus braços

- Agora uma pergunta mais sutil... por que diabos você bateu uma frigideira na minha cabeça? - sim, eu posso sentir daqui a vontade dele de gritar, mas ele não vai arriscar que os guardas ouçam

- Eu achava que era alguém, e de fato foi alguém.

- E em que universo você achou que alguém entraria aqui com tantos guardas de vigia?!

- Ah me dixa Adrien, são 4 da manhã- pego alguma coisa na geladeira e começa a sair da cozinha

- Exato, são quatro da manhã e eu acabei de levar um frigideirada na cabeça

- Desculpa tá - dou meia volta e sigo até a geladeira para pegar uma bolça de gelo - foi por impulso

- Tá, tudo bem - pega a bolça e se senta na mesa - mas você tem que aprender a controlar esse impulso

Fico olhando ele por um tempo. Parecia bem, e consciente. Logo, eu não teria que ficar ali com ele e esse meu coração acelerado.

- Bom, eu... vou voltar para o meu quarto

Me viro e começo a sair novamente da cozinha. Adrien não diz nada então sigo caminho.

Adrien on

- Que cara é essa? - Nino pergunta assim que entra na sala

- Fui presenteado essa madrugada com uma frigideirada na cabeça

- Mas o que..

- Nem pergunte

- Marinette?

- Quem mais seria?

- Me pergunto porque ela tem uma frigideira no quarto - ele olha para cima com a expressão pensativa

- Oq.. não envadi o quarto dela.

- Então o que fez ela te dar uma frigideirada

- Foi na cozinha, de acordo com ela foram instintos de defesa

Ele cai na risada e eu ignoro totalmente voltando a prestar atenção nos papéis a minha frente sentindo minha cabeça começar a latejar

Mari on

Me arrependo do que aconteceu na madrugada? Não, nem um pouco.
A muitos anos eu queria bater no Adrien com alguma coisa, ver se ele parava, mas nunca tive a oportunidade. Enfim o dia chega para cada um né?! Mas não pude evitar ficar com um sentimento de culpa e preocupação.

Mas honestamente, hoje não é o meu dia

Estou na biblioteca fazendo, ou melhor, tentando fazer uma atividade de matemática já segurando a cabeça que parece latejar. Estava a meia hora tentando responder essa questão, era a única que faltava para mim, é quando de repente alguém puxa meu caderno

- Tá chorando porquê princesa?

Me pergunto se ele me chama assim por respeito ou se é apenas para provocação. É claro que posso descartar a probabilidade de um respeito por título.

- Devolve meu caderno Adrien, quero terminar logo isso

- O que custa pedir ajuda às vezes? - Ele pergunta Ainda olhando para o caderno- seu orgulho é tão grande que te impede de fazer isso? - se senta na cadeira ao meu lado colocando o caderno na mesa

- E você iria me ajudar por acaso?

- Para sua sorte, eu já fiz a minha e eu sou bom nessa matéria - falando isso ele começa a rabiscar algumas coisas do meu caderno e quando termina joga a caneta na mesa - da próxima vez pode me pedir ajuda - se vira para mim e logo depois levanta

- E sua cabeça? - pergunto antes que ele passe pela porta

- Não se preocupe, estou bem

Ele me olha de solaio e dá um leve sorriso antes de sair da sala, e então me pego encarando a porta.

Será que...

Isso seria possível?

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