Pov. Gabriel
Cansado.
Esta é a palavra que me define depois de correr incontáveis vezes ao redor do campo.
Estaciono o meu carro em frente a minha casa, pois tem um carro atrapalhando a minha entrada para a garagem.
Entro em casa ouvindo o som bem alto tocando uma música que identifico pela voz ser do Filipe Ret. Logo estranho pois a minha irmã não gosta muito desse estilo de música, mas logo avisto uma pessoa que tenho certeza que não é a Dhiovana. Primeiro que ela tem cabelos longos e castanhos, é alta, tem coxas grossas e uma bunda espetacular.
"Ver os meus manos prosperando, de fato, nego
É minha forma de estourar champagne, Yeah, YeahRet calmo como uma bomba
Por cima ela sempre me arranha
Diaba, danada, demônia
Fudendo, fumando maconha"Admiro ela fazer a coreografia da música que toca numa caixinha JBL no canto da sala. Saio do transe quando ela vira e grita como se tivesse visto uma assombração, sinto-me um pouco ofendido por ela ter se assustado, pois eu sou lindo para caralho.
- Que susto, garoto. Quem é você? - Ela pergunta pausando a música e colocando a mão na cintura, igual uma xícara.
- Eu é quem pergunto, quem é você? - Coloco a minha melhor cara de deboche para ela que devolve com a mesma cara.
-Não interessa, eu vou chamar a Dhiovana. -Ela vira as costas e faz menção em sair da sala, mas logo para quando a minha irmã aparece com um copo de água.
- Oi, Bi. - me cumprimenta. - Nem ouvi você chegar.
- Também com esse som nas maiores alturas. - olho pelo canto do olho para a menina que eu não sei o nome e depois volto o olhar para Dhiovana.
- Que garoto abusado. - A outra murmura, mas eu escuto e não fico calado.
- Eu estou na minha casa, e quem é você mesmo?
- Ela é a Luiza, lembra? - Minha irmã se intromete na mini discussão e apresenta a garota, que por acaso eu não faço a menor ideia de quem seja. - A minha amiga que vivia lá em casa nas férias, que você vivia implicando e tals.
Só depois que ela fala isso que eu lembro da menina que usava aparelho dental e óculos que eu amava zoar quando ela ia passar férias em Santos e vivia lá em casa.
- Ah então é você... - Ela também parece lembrar quem sou eu.
- Eu mesmo, solzinho - A chamo com o apelido que ouvi a mãe dela chamando quando ela era menor, e eu sei que ela odeia. Ela revira os olhos e vira de costas para mim indo em direção ao sofá
-
, eu já vou indo. Foi muito bom te ver, até logo. - Ela abraça minha irmã, coloca a bolsa que pegou no sofá, no ombro, vira a cabeça para mim e da um sorriso mais falso que nota de 3 reais, e vai embora.Eu dou de ombros e subo as escadas com a mochila nos ombros deixando Dhiovana para trás.
Pov. Luiza
Ela é a Luiza, lembra? - Dhiovana se intromete na mini discussão e nos apresenta - A minha amiga que vivia lá em casa nas férias, que você vivia implicando e tals.
E finalmente a minha ficha caiu. Mds, era o Gabriel.
Gabriel Barbosa.
O primeiro menino por quem eu fiquei confusa, eu não sabia se o odiava ou se gostava muito. Ele não era o mais bonito na infância, mas eu também não tinha nada de linda. E por incrível que parece eu era apaixonada por esse garoto, mas todo o encanto ia embora quando ele fazia bullying comigo, é daí que vem o ódio.
Como eu disse, eu não era linda na infância. Eu usei aparelho por muito tempo e também usava um óculos ridículo, por isso eu era o alvo de brincadeiras idiotas vindas do Gabriel.
Do "amor" e do ódio, hoje em dia só vive o ódio, eu tenho rancor dele até hoje. Por muito tempo eu me odiei, apenas pela minha aparência. Mas eu dei a volta por cima e hoje eu considero-me uma gata do caralho.
- Aah então é você... - Tento parecer indiferente.
- Eu mesmo, solzinho - INFERNO, ele lembra do apelido que a minha mãe me chamava antigamente, na época eu amava quando ele me chamava assim, mas fingia que não.
- Dhio, eu já vou indo. Foi muito bom te ver, até logo. - Tento sair daqui o mais rápido possível.
Entro no meu carro que eu deixei em frente da casa dos Barbosas e parti em direção ao meu apartamento, que por acaso está uma bagunça, porque ainda não tive coragem de desarrumar as malas. Sim, depois de um mês e ainda tem mala para desarrumar.
Chegando em casa eu fui direto para o banho, onde eu não parava de pensar no cara que acabou com a minha autoestima na infância, hoje em dia ele era um homem e tenho que admitir que muito lindo. Óbvio que eu nunca vou admitir isso em voz alta e muito menos na frente dele, mas ele tava muito gostoso.
Depois do banho, pedi um lanche e peguei o meu computador para continuar na procura por um emprego que seja na minha área. Eu sou fisioterapeuta a poucos anos, mas considero-me muito boa no que eu faço. Eu me especializei em fisioterapia esportiva trabalhei num hospital renomado de Nova York.
Estava passando pelo Instagram quando a minha amiga me manda uma mensagem, era um print de um site do Flamengo, onde dizia que estavam em busca de um fisioterapeuta.
Agradeci a ela e entrei no site para ver o que era necessário para a entrevista, separei todos os documentos e depois fui me arrumar para dormir.
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Predestinados - Gabigol
Fanfictionpre·des·ti·na·do 1. Que se predestinou. 2. Que ou quem foi destinado por Deus para a glória eterna ou para a realização de grandes coisas. O amor dos dois estava predestinado, mas será se vão passar por todos os obstáculos sem desistir?