Predestinados - Gabigol

23

No mesmo dia, mais tarde...

Finalizo minha maquiagem passando um gloss nos lábios e me levanto da penteadeira para olhar meu reflexo no espelho maior ao meu lado.

Checo o horário em meu telefone e vejo uma mensagem do Gabriel avisando que está saindo de casa, passo meus cremes e perfume e pego minha bolsa deixando o quarto em seguida.

Como sua casa não fica longe da minha, suponho que não irá demorar. Sendo assim, tranco tudo e vou em direção ao elevador e desço para a portaria.

Dito e feito, assim que sai do prédio o Gabriel encostou na calçada. Ele nem precisa fazer grandes coisas para eu nota-lo. 

Entro no banco da frente e não tenho muito tempo de digerir muita coisa, sou pega de surpresa pelos seus lábios colocados nos meus.

Quando saio do transe, coloco minha mão em sua nuca passando as unhas grandes ali, sentindo seus pelos ficarem rijos. Logo separamos nossas bocas, mas continuamos com as testas coladas recuperando o fôlego.

— Você tá' linda. — Afirma se afastando de mim, analisando-me

— Obrigada, você está lindo também. — Sorrio tímida sendo meu pescoço esquentar pelos seus olhos em mim — Que horas são? 

— Estamos um pouco atrasados, mas eles já estão acostumados com minha demora, relaxa. — Da de ombros ligando o carro, saindo em seguida

Fomos o caminho todo conversando e não demoramos muito, pois os condomínios de luxo são todos perto um do outro.

Ao estacionar na frente de uma mansão linda, eu desci e fiquei lhe esperando estacionar o carro atrás dos outros ali presentes. 

Logo ele veio para meu lado e passar a mão pelas minhas costas me guiando até a porta da casa. Tocamos a campainha e logo a figura da Marília nos atendeu.

— Finalmente vocês chegaram, pensei que nem vinham mais. — Ela sorriu me cumprimentando

— É que ela demora muito para se arrumar, sabe como é, né? — Gabriel respondeu com uma cara de cínico

— Deixa de ser mentiroso, Gabriel. Eu que fiquei te esperando. — Bato leve em seu ombro enquanto escuto Marília ri

— Vamos entrando, estão todos na área externa.

Adentro na casa e sou guiada pela dona para a área externa onde encontro todo o time e suas companheiras lá. Saio cumprimentando todos e por fim me sentei, com o Gabriel ao meu lado me enchendo o saco como sempre.

— Foi mal a demora galera, sabe como é sair com essas donzelas, né? — Continuou tirando uma com a minha cara

— Aí Gabriel, me poupe. — Revirei os olhos e ouvi a risadas dos outros presentes no recinto

— Vocês vieram juntos? — Reinier começa o interrogatório de todo santo dia

— Não, achei ela jogada na rua e trouxe junto. — eu ri e bati em seu braço ao mesmo tempo

— ha ha ha, muito engraçado você, Gabriel. Não posso nem mais acompanhar meu casal em paz que só levo patada. — Rei cruzou os braços no peito e emburrou a cara

— Oh meu deus, criança, não tem casal nenhum. Vamos mudar de assunto? — Cortei logo e entramos em vários assuntos aleatórios ao longo da noite

Jantamos e depois voltamos para fora e ficamos ali batendo papo até tarde. Hoje não tinha bebidas alcoólicas já que amanhã tinha treino logo cedo.

Estava conversando com a Thayane - Esposa do Rodrigo Caio - e quando ela se levantou para pegar água senti uma pessoa arrodeando os braços na minha cintura por trás

— Vamo' embora? — Gabriel Sussurra em meu ouvido e beija a área embaixo da minha orelha

Olho a hora e vejo que já está na hora mesmo, então viro para ele que continua com os braços ao meu redor 

— Vamo, tenho que trabalhar amanhã. Você me deixa em casa? — me viro para pegar minha bolsa e saio de seus braços

— Dorme lá em casa hoje. — sugeriu

— Não sei, Gabi. Amanhã vai ficar ruim para ir para casa antes de ir para o ninho. — Dei essa desculpa, mas, na verdade, eu queria ir e estava com medo de criar mais intimidade com ele

— Que nada, Luh. A gente já fez isso e é de boa te deixar em casa antes de ir pro treino, você entra mais tarde que eu, lembra? 

Estou quase cedendo

Ele se aproxima de novo e beija meu pescoço

— Vamo, linda. A gente pode fazer o que você quiser, assistir filme — um beijo na bochecha — dormir agarradinho — um beijo na outra bochecha — um amorzinho — um selinho.

Só se vive uma vez

— Tá bom, Gabriel, vamos lá. — me dou por vencida

Ele sorri e estende a mão para eu pegar, eu faço e sou levada para onde pessoal está para se despedir

Após demorar um pouco por conta da zoeira dos meninos, vamos em direção ao carro e logo em seguida para a casa do Gabriel.

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