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Win ergue o olhar para o atendente, que lhe solta um sorriso de canto.
Ele pega o bilhete e se levanta, deixando alguns baths - que seriam mais que o suficiente - em cima da mesa.
Win se retira do café, o casaco longo se mexia de uma forma magnífica com o vento, ele caminha em direção ao carro. Mesmo não percebendo, Bright não tirou os olhos dele nem por um segundo.
As ruas ainda estavam movimentadas, assim que chegou em casa, Win retira o casaco colocando-o no cabide. A chave é atirada de forma desajeitada e ligeira sobre o móvel perto da porta.
O bilhete estava em suas mãos, e diferentemente da chave, foi colocado suavemente sobre a mesa de jantar, enquanto o detetive enchia um copo de whisky para si. Win se senta na cadeira, passando as mãos pelos cabelos, estava nervoso, mesmo não sabendo direito o motivo de se sentir assim.
Seria coincidência ou destino? Não lembrava-se de mencionar nenhum estabelecimento na ficha de Bright. Isso mesmo, ele investigou o cara.
Beber um cappuccino e whisky, definitivamente não foi sua melhor ideia, uma leve dor de cabeça começava a lhe incomodar. Resolveu se banhar, talvez o deixasse relaxado. Após pegar uma toalha limpa, se encaminhou para o banheiro, a toalha foi pendurada no gancho, pro lado de fora do box de vidro escuro, o som do chuveiro sendo ligado enquanto as gotas de água morna escorriam por seu corpo foi ouvido, como um pequeno eco pelo apartamento.
Quando o som da água corrente cessou, Win amarrou a toalha na cintura, se direcionou à pia de mármore branco, algumas gotas ainda escorriam de seus cabelos úmidos, ele pega sua escova de dentes, ao mesmo tempo que desembaça o vidro com a mão. Depois de escovar seus dentes e colocar um pijama confortável - que consistia em uma regata branca e uma samba canção cinza -, Win começa a fazer alguns relatórios para seus superiores.
Passavam das duas horas da manhã quando sentiu seus olhos já pesados não aguentarem mais, então, sem muita escolha, desligou o aparelho, fazendo com que a única luz que lhe permitisse enxergar algo no quarto, fosse a do abajur. O investigador teria de acordar as cinco horas, tendo menos de três delas para dormir. Mas não que o policial tenha tido êxito nisso. Algo lhe tirava o sono, para ser sincero, alguém.
Antes mesmo de o despertador barulhento tocar, Win já estava de pé, sabia que não conseguiria dormir, então resolveu adiantar alguns de seus trabalhos, o certo alguém tinha tirado todo seu cansaço, as pálpebras não se fechavam mais involuntariamente. Isto o causaria problemas, e Win sabia. Trabalhar sem uma boa noite de sono, ou pelo menos algumas horas para sustentar bem a mente não era algo fácil, e quando seu trabalho era um dos mais difíceis da área, tudo se complicava, gerando uma enorme bola de neve.
Cafeína, muita cafeína, era tudo o que precisava para se manter acordado. Win já estava devidamente arrumado para trabalhar, o som da cafeteira apitando, sinalizando que sua dose da "felicidade" já estava pronta. Mais um dia ensolarado por toda Bangkok, tendo apenas uma leve brisa matinal balançando as folhas das poucas árvores presentes no local.
Assim que chegou a frente de seu departamento, foi parado por um policial, que lhe entregou alguns papeis organizados em uma pilha pequena, dizendo-o que eram importantes para o caso do filho do Sr. Tatakorn. O caso não havia sido resolvido e claro que a morte do filho de uma pessoa deveras importante merecia uma atenção à mais. Além disso, por mais que já existissem suspeitos, o caso era mais complicado do que aparentava.
Win começa a folhear a papelada de arquivos, com algumas pesquisas aqui e ali, ele descobre que o aclamado e imaculado filho do Sr. Tatakorn não era a pessoa que todos pensavam ser. Duen estava envolvido com caras da pesada, venda de drogas, e outas coisas, um tremendo charlatão. Duen era visto como um exemplo na sociedade tailandesa, um membro da alta classe que fazia o bem, ajudava as pessoas, mas não passava de uma fralde. O que não deixava Win chocado, com a grana que o pai tinha, não seria um problema esconder isso.
Fazer ligação desse caso a gangues de rua ou até a máfia tailandesa era a coisa mais lógica a se fazer. Ainda mais com os suspeitos assassinos que se encaixavam nesse padrão, o caso provavelmente seria encerrado como um homicídio doloso, seria classificado como dolo direto e Duen ainda sairia como uma vítima, pois seu pai faria de tudo para esconder quem o filho realmente era e os fatos, inventando alguma desculpa esfarrapada em que a imprensa cairia facilmente.
[...]
Win chega em casa depois de um longo dia, a casa estava vazia - como sempre - e isso fazia com que se sentisse solitário, por mais que gostasse do ambiente e de ficar sozinho, o apartamento totalmente silencioso remexia seu estômago.
Ele vai até os armários da cozinha, abrindo uma das portas e pegando alguns ingredientes que precisava, mas parando assim que os coloca na bancada. Depois de pensar um pouco ele toma uma decisão, iria convidar Bright para um jantar.
Win pega o papel em que havia um número de telefone gravado, olhando atentamente ele digita o número, assim que a chamada é atendida a voz de Bright faz com que Win trave.
- Alô? - Bright repete, finalmente Win sai de seu transe.
- An.. você é o Bright, certo? - ele pergunta, meio receoso.
- Ah! Win, não é? - o homem do outro lado responde com outra pergunta - Achei que não fosse me ligar - ele continua soltando uma risada curta no final da frase.
- Então... você quer jantar comigo? - Win perguntou nervoso, com medo que a outra parte recusasse, já que haviam vários motivos para isso.
- Eu adoraria! - Bright responde animado, afinal, estava esperando pelo telefonema de Win.
- Ótimo! Que tal final de semana?
- Seria perfeito, a cafeteira fecha mais cedo no sábado e eu não trabalho no domingo.
Após alguns instantes de conversa, Win desliga a ligação, podendo finalmente dar atenção aos legumes.
Enquanto a sopa fervia, Win se perguntava de fez a coisa certa, afinal, eram praticamente estranhos, não? Ou então, estava cedo demais?. Win chacoalha a cabeça de uma lado para o outro, um movimento sutil, como se quisesse dissipar aqueles pensamentos.
Win olha para a panela no fogo, pensando que havia feito uma quantia exagerada de comida para uma pessoa, consequentemente, convidou Khaotung para se juntar a ele no jantar.
Alguns minutos depois, uma batida na porta é ouvida, mas antes mesmo que o proprietário lhe convidasse para entrar, a figura pouco mais baixa já estava no meio do apartamento.
- Então você finalmente chamou ele para um encontro? - O amigo o olha com um fio de esperança.
Encontro..? Quem disse que Win havia convidado Bright para um encontro?
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Dance with me? - Brightwin
FanfictionWin Metawin, um investigador criminal de policia de 24 anos que é fissurado em trabalho resolve sair com os amigos para uma festa. Onde acaba encontrando Bright Vachirawit um jovem de 28 anos, depois de algumas bebidas algo acontece entre os dois. M...