Bright Vachirawit

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Depois da conversa com o Sr. Tatakorn, Win foi liberado, o seu turno havia acabado, mas ele continuava matutando sobre o caso. Matar o filho de um diplomata é algo que requer um plano para escapar da justiça, e esse era o problema que importunava Metawin a cada passo dado.

Já no apartamento barulhento no centro de Bangkok, ele atira a bolsa no sofá, o aparelho móvel é tirado do bolso e conectado a tomada, assim que liga se depara com uma mensagem no correio de voz, o número era desconhecido mas mesmo assim ele ouviu.

"- Oi, aqui é o Bright da noite passada, você estava bem bêbado, então talvez não se lembre, mas enfim esse é o meu número se quiser sair de novo! -"

Win piscou algumas vezes, confuso com a situação. Ele lembrava vagamente da entrada do banheiro da boate, foi ali que tudo aconteceu, o resto da noite era como um borrão.

"Droga!" ele pensa, e se tivesse transado com um desconhecido? Sim, um praticamente estranho, não se confia muito em Khao para círculos sociais. Mas pensando bem, ele não sentia nenhuma dor e Khao não seria tão tosco ao ponto de deixar Win completamente sozinho com um estranho em seu apartamento. Ele não correria o risco de enfrentar a fúria do investigador Metawin.

- Alô? - Uma voz sonolenta fala do outro lado da linha.

- Estava dormindo? Seu preguiçoso! - Win repreende. 

- Quem me trouxe pra casa ontem? - Sim, ele ligou para Khao...

- Relaxa cara, o Bright te deixou em casa - A pessoa cuja resposta obteve não hesitou em despejar uma tonelada de xingamentos contra o telefone.

- Seu desgraçado, como deixou que ele me deixasse em casa, huh? Khao você vai estar morto antes de ter a chance de perder a virgindade! E se ele me matasse, o que faria? - Além desses, muitos outros foram despejados em cima da pobre alma.

- Caramba Win! Cala a boca, eu estou brincando - Os pobres ouvidos já não aguentavam tantos xingamentos - Aish! Pra que todo esse nervosismo? Está com dor na bunda, huh? Eu não deixaria ele sozinho com você no seu apartamento. Você vive dizendo que isso é perigoso.

Bip... Win havia desligado o telefone "- Sério? -" é o que Khao diz antes de cair no sono novamente.

Win se sentiu aliviado por não ter dormido com um estranho, ele mal se lembrava do rosto de Bright. Win pega o celular senta-se no sofá, ele fica alguns segundos observando a tela enfraquecer lentamente, será que deveria ligar? Seria muito "desesperado" se ligasse?

Ele queria ligar, mas isso iria contra tudo que tinha dito a Khao, e Metawin não desistia de sua palavra tão fácil. Mesmo assim os dedos formigavam para digitar o número.

Win então pega o telefone, as chaves do carro e um casaco, o clima em Bangkok estava esfriando. Ele dirige sem rumo por um tempo até encontrar um pequeno café em uma rua pouco movimentada. Lugares calmos sempre lhe chamaram atenção, talvez um instinto policial ou algo mais pessoal. O lugar é adentrado por uma cabeça morena, ele ajeita os óculos tortos. O atendente lhe parecia familiar.

É CLARO! Bright, o homem da noite passada, mas algo estava... diferente? Ele parecia um menino doce e consideravelmente frágil, mesmo com todos os músculos bem definidos, ele tinha um sorriso encantador, totalmente diferente do pub.

Ele caminha até uma mesa no centro do café, uma mesa num canto seria melhor, mas estavam todas ocupadas.

Depois de algum tempo olhando para o lado de fora, sente uma presença ao seu lado na mesa.

- O que o senhor gostaria? - Uma voz rouca mas gentil lhe pergunta.

Win se vira para o atendente:

- Um cappuccino, por favor.

Ao reconhecer a pessoa da noite passada Bright sorri.

- Claro, um segundo.

Win volta a olhar pela janela, estava meio perdido. O caso não parecia fazer sentido, as pistas não levavam a lugar algum.

- Aqui senhor - Bright coloca o cappuccino sobre a mesa, preso ao pires , havia um bilhete.

"Poderia fazer a gentileza de me ligar algum dia desses?

Bright Vachirawit"


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Dance with me? - BrightwinOnde histórias criam vida. Descubra agora