CAP. ⁰¹

5.1K 386 76
                                        

"Viver não é esperar a tempestade passar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

"Viver não é esperar a tempestade passar. É aprender a dançar na chuva."

 11:00 AM SEXTA-FEIRA 

— Bom dia! Jessie. — levantei o olhar para encarar meu patrão que não está com uma fisionomia muito boa — ... Por favor, compareça à minha sala.

Concordei e devagar saio da minha mesa bem estreita que após dois anos trabalhando aqui consegui pegar o jeito de passar com minha cadeira de rodas sem machucar minhas mãos.

Assim que saí da minha zona de conforto notei que o sumiço do infeliz. Sem ter muito o que fazer com relação à sua falta de empatia, visto que estamos em total privacidade e poderia ter falado comigo aqui mesmo, porque nesse lado da cobertura só tem a sala de reuniões...

Respirei profundamente e decidi seguir logo até sua sala para saber o que esse idiota quer! Ao entrar notei sua inquietação, andava de um lado ao outro com os punhos fechados diante do corpo.

— Sim, senhor Diego, em que posso ajudar? — Usei meu tom mais passivo, mas se pudesse mandava tomar no meio da bunda velha dele.

— Acabei de ser demitido! — a informação gelou minha espinha — Venho lhe comunicar que infelizmente era o único que a mantinha aqui por conta da vaga de deficiente físico.

— ... Isso significa? — Questionei temerosa.

— Pelas regras do novo dono você será a próxima, então aconselho que limpe sua mesa e comece a se adiantar, pois, seu trabalho se encontra no fio da navalha. — Respirei fundo, contendo minha vontade de chorar.

— Obrigada por me avisar... — estava saindo de ré quando tornou a falar.

— O desgraçado olho puxado é um filho da puta, me demitiu por telefone, nem esperou para chutar minha bunda na segunda com os demais. — bradou me assustando — Jessie esse chinês pé no saco se acha o dono do universo fez questão dele mesmo ligar para me desligar das minhas funções... ACREDITA NISSO! — Gritou socando a mesa.

Seu jeito explosivo estava realmente me assustando, a fim de sair daqui tornei a girar as rodas da minha cadeira de modo a chorar em paz na minha mesa minúscula já que só tenho meu namorado que mora com o pai, deixando muito claro que se não arrumar um novo emprego rápido terei que voltar para minha cidade.

— Mesmo sendo cadeirante tenho que confessar, é uma excelente funcionária e farei uma carta de recomendação para tentar lhe ajudar, embora... creio ser difícil para você arrumar outro emprego.

— Obrigada, senhor, algo mais? — negou com a cabeça, e saí dali o mais rápido que consegui — Que droga! O que farei agora?

Decidida a não trabalhar mais, comecei limpando minha mesa e guardei os meus pertences para que na segunda os leve para casa, visto que não tenho muita coisa. Ao finalizar peguei meu celular que nem ao menos terminei de pagar e mandei uma mensagem para o Den avisando do ocorrido.

LASCÍVIA - Lv 01Onde histórias criam vida. Descubra agora