Só tinha uma semana que Sophie estava de volta, mas ela já havia se enturmado com metade da turma da escola. Minho estava completamente orgulhoso da filha e estava vivendo os melhores dias da sua vida.— Appa, quando você vai pedir o Jisung-oppa em namoro?
Minho engasgou com a água que bebia. Ok, nem ele havia parado para pensar naquilo. Eles sabiam que se gostavam, estavam apaixonados e definitivamente amavam tudo um no outro, mas não havia pensado em namoro.
— Sempre passei pano pra essa menina! — Chan se manifesta.
— Até o tio Chan concorda, appa!
Bang Chan sorriu pelo "tio" e fez um aceno positivo para o Lee, confirmando que era verdade.
— Eu... Ah, não sei porque ainda não pedi...
— Você gosta muito dele não gosta, appa? — Sophie empurra.
— Gosto.
— Então, cadê o motivo negativo pra não namorar ele? — Ela pergunta.
— Às vezes eu acho que a Sophie é mais velha que todos nós, olha o jeito que esse pimpolha fala! — Chan indaga pensativo.
— Vamo, pai! Pede hoje! Eu te ajudo se você ficar nervoso. — Sophie diz.
— É Minho, pede hoje! Ela te ajuda mais que eu. — Chan ajuda.
Minho suspira.
— Tá bom! — Se rende.
E não deu outra, de noite, Minho fez questão de preparar o prato favorito de Jisung e colocar as lindas alianças no bolso da calça. Mas estava nervoso.
— Pai, respira fundo. — Sophie dizia rindo. — É só o tio Sungie!
— Obrigada, nossa, valeu! Isso diminui meu nervosismo, filha. — Minho diz.
Chan, Changbin e Seungmin riem, se divertindo pelo nervosismo do amigo.
— Só lembrando de quando eu pedi o Seungie em namoro e depois dei crise de riso. — Chan conta como se fosse uma das melhores memórias da sua vida.
Changbin revira os olhos.
— Vocês são tão gays, ainda bem que eu sou hetero de academia. — O Seo diz, erguendo o braço para mostra os músculos avantajados. Mas assim que Chan dá um tapa em sua nuca ele solta um grito alto e escandaloso. — Ah!
— Hétero de academia, né? — Chan brinca.
— Respeita meu legado, Christopher.
Assim que a campainha toca, todos se levantam do sofá.
— Nossa deixa, Minho. Boa sorte, não morra. — Changbin diz mandando um beijinho no ar para o amigo.
Sophie deixa um beijo no rosto do pai e sai junto com os tios, que logo encontram Hyunjin e Felix na porta para o tal programa que eles fariam essa noite e levariam a filha do Lee.
Ele esperava que a filha não voltasse com os costumes malucos dos amigos...
Jisung aparece logo depois que eles entram no elevador, todo cheiroso e bonito, como sempre. Mas o coração de Minho batia mais rápido do que em qualquer dia.
— Oi... — Jisung diz, se aproximando devagar para selar os lábios de Minho.
— Você tá lindo. — Elogia.
— E você tá mais. — Devolve, sorrindo grande.
Minho puxa Jisung para dentro e juntos eles vão até a mesa já feita e muito bem enfeitada. As flores que Sophie pegou no jardim do prédio estavam em um vaso com água e decoravam a mesa.
Jisung sorriu todo bobo pela preparação especial. Ficou mais feliz qundo descobriu que o prato da noite era a sua comida preferida, macarrão a bolonhesa.
O clima estava tão bom, confortável, preenchido pela música baixinha e a risada alta dos dois. Minho tomou a coragem e deu o primeiro passo.
— Sungie, preciso te dizer uma coisa... — O Lee começa, atraindo os olhos de Jisung para os seus. — Você sabe que eu sou meio travado, então, se eu travar, espera o sistema voltar. — Fez graça, fazendo Jisung rir, então, se acalmou, porque a risada de Jisung acalmava qualquer um. — Desculpa por, no início, ter sido um babaca, é que você era muito bonito e me intimidava. Desculpa também por ter demorado tanto pra te beijar, sendo que eu fiquei durante dias me torturando e querendo um beijo seu, mas pensando que você não retribuiria. — Indaga divertido.
Jisung sabia o que estava por vir, sabia.
— Eu me apaixonei por você, todos os dias. Por muitos motivos. O jeito que você ri; o jeito que suas bochechas ficam rosadas toda vez que te elogiam; a maneira como você canta Adele como se não fosse nada; a sua bunda, caramba, Jisung, a sua bunda! — Ele conta, rindo junto com o outro que não evitou em gargalhar alto. — O seu jeitinho de escrever, suas mãos, seus lábios, o seu beijo, caramba, eu sou completamente viciado no seu beijo. Eu amo o jeito que você trata a Sophie como se ela fosse quase sua filha também... e você sabe o quanto isso é importante pra mim, alguém que me ame e tenha espaço para minha pequena Sophie.
Minho respirou fundo, deixando as palavras saírem fluídas.
— Eu amo você. E sei que não vou me arrepender de te amar por nem se quer um dia. Eu sou do B, mas por você eu viraria do S: Só Jisung. — Brinca. Jisung começa a rir em meio as pequenas lágrimas. — Eu quero ser seu, Jisung. Quero muito. Mas, e você? Você quer ser meu namorado? Fazendo uma pergunta mais objetiva: você quer namorar comigo?
Embora soubesse que era isso que estava por vir, seu coração estava disparado e louco em seu peito, batendo freneticamente.
— Eu quero! — Ele exclamou.
Minho se apressou em beijar ele, tomando os lábios que tanto amava do seu namorado – seu vizinho. Sorrindo feito bobos, eles se beijaram. Aquele ósculo significava tantas coisas, tantos sentimentos, que por enquanto, estaria guardado para sempre no:
— Eu te amo, meu vizinho!
END
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Meu Vizinho
FanficHan Jisung é um alegre veterinário, que em sua ascensão do trabalho, se vê na oportunidade de mudar de apartamento. Feliz com a ideia, Jisung procura por um apartamento mais aconchegante, onde ele e sua cadela possam se sentir confortáveis. Tinha tu...