Eslovenia Marques, 20 anos, tem um sonho impossível e ninguém que acredite nela.
Decidida a ser uma atriz de sucesso, ela arrisca tudo saindo do Brasil indo cursar Cinema em Los Angeles. É um país diferente, um sonho arriscado e ela está sozinha. O...
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O dia amanheceu lindo.
Não somente porque eu estava muito feliz pela noite passada, mas também pelo clima. Los Angeles estava ensolarada e tinha o céu mais azul que eu já havia visto na vida. Tomei um banho rápido e vesti um vestido soltinho, certa que seria um dia de muito calor, calcei um vans e enquanto preparava a minha mochila para o trabalho e as deliciosas horas extracurriculares, meu celular notificou uma mensagem.
Caminhei até o balcão da pequena cozinha e desbloqueei o celular com pressa quando vi o nome do Rodrigo na tela.
"Bom dia, Eslove! Mal posso esperar para te ver hoje!"
Eu sorri e bati o celular no queixo, engolindo um pouco do suco que estava no copo e comendo uma torrada. Eu havia acordado cedo, apesar de não ter dormido cedo e me sentia totalmente entusiasmada e cheia de energia.
"Bom dia, sr.Mussi! A ansiedade tá igual desse outro lado da tela"
Bloqueei o meu celular novamente e coloquei dentro da mochila. Prendendo o meu cabelo em um rabo de cavalo e saindo do apê, descendo de elevador até a recepção e caminhando até a estação do metrô. Meu celular vibrava dentro da bolsa e eu sorria imaginando que era o Rodrigo e seus flertes.
O metrô não demorou a chegar e em poucos minutos eu já estava na faculdade assistindo a aula de Cenário no primeiro tempo e mais cinco aulas após essa. Eu tentava me concentrar em todos os pontos e gravava a aula para revisar a noite, era o meu sonho e eu estava dando o meu máximo.
– Hey, caloura –uma moça baixa e vestida como uma modelo se aproximou de mim enquanto eu organizava a minha mochila para ir embora– Tudo bem?
– Oi, tudo bem! –falei, encarando o grupo de top modelo que cercava ela.
– Escuta, vou fazer uma festa de início de semestre na minha casa amanhã– ela me deu um papel de caderno com um endereço e número de telefone e seu nome, Lais– Cola lá! Vai ser demais!
– Ah, claro! –assenti e sorri.
Ela acenou para mim e mandou um beijo pro ar antes de se afastar com o seu grupinho. Eu arqueei a sobrancelha e peguei o meu celular para questionar se a Barbara iria para a festa, eu precisava de alguém que não parecesse um ícone da moda para me acompanhar na festa.
A Barbara me mandou algumas mensagens falando sobre a ausência na faculdade e o não comparecimento na festa por conta de uma questão de saúde de um parente. Eu desejei forças e ela me mandou dez áudios me desejando uma boa festa e falando que a Laís era uma pessoa de caráter questionável, eu sorria escutando os áudios da loira mais amável que eu conhecia e quando cheguei no estacionamento tive a surpresa de ver o carro do Rodrigo, que baixou o vidro lentamente quando me avistou.
Eu parei de caminhar por um segundo e voltei a caminhar lentamente vendo a figura linda de camisa social e óculos escuros sorri lindamente para mim. Ok, ele havia vindo me buscar na faculdade, ele não sabia o que seria ir devagar e o "não temos nada" e certamente muitas pessoas observavam aquela cena.
