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Despertei meia hora antes do despertador, tomei um banho para acordar o corpo, passei apenas um corretivo e um rimel no rosto pra esconder a cara de morta, vesti um macacão azul escuro e coloquei uma rasteirinha.

Agradeci mentalmente por não ter bebido o suficiente pra que eu acordasse com dor de cabeça hoje.

Fiz um ovo mexido com queijo e bacon para tomar café, escovei os dentes e aproveitei o tempo que sobrou para me organizar.

Esperei a mensagem da Clara avisando que já estava aqui na rua, passei um perfume, peguei as minhas coisas tranquei minha porta e fui chamar o elevador.

Dei bom dia para o seu Emerson e segui para a rua, entrando no carro da Clara e cumprimentando ela

- Bom dia ami, tava dormindo tão gostoso na minha caminha que eu quase chorei quando eu levantei. - falou fazendo drama enquanto dirigia .

- Bom dia Clarita, hoje eu acordei meia hora antes do despertador e você aí reclamando. - falei brincando com ela.

- E os tios amiga, como eles tão? Falaram o que dá inauguração? - perguntou curiosa.

- Eles amaram, ficaram meio pra baixo por não estarem aqui mas disseram que acompanharam tudo e que a gente arrasou. - falei lembrando das mensagens do grupo da família.

- Os meus pais só faltaram chorar pelo celular dizendo que foi maravilhoso, também disseram que vão adiar mais 2 semanas a viagem deles. - falou fazendo a curva da rua da loja.

- A meu amor, se eu tivesse na Europa até eu iria adiar a volta pra casa, juro - falei fazendo ela rir

- Não vejo a hora daqueles 2 voltarem, eles pediram para avisar que estão com saudade de você. - falou entrando na rua da loja.

- Eu também estou com saudade, quase 2 anos sem ver eles da até uma vontade de chorar. - falei tirando o cinto e saindo do carro.

Me lembrei da última vez em que vi os pais da Clara, eles haviam ido para Belo Horizonte no aniversário de casamento dos meus pais.

Ajeitamos as coisas na loja e abrimos ela, a manhã passou rapidinho, vendemos bastante peças e já aproveitei para conferir o que já havia esgotado no estoque.

Fomos almoçar em um restaurante próximo da loja, pedimos um macarrão à carbonara e um vinho para acompanhar.

- Ami o doido do Victor me mandou mensagem perguntando como você estava. - falou mostrando o celular na conversa do insta.

- Sério? Meu Deus cara ele é muito perturbado. - falei rindo e negando com a cabeça.

- Aí amiga, achei fofinho mas nada supera a reação dele quando você disse "Não, eu não quero namorar com você Victor" - falou e rimos lembrando da cena

Agora é engraçado, mas na hora que aconteceu foi tenebroso!

- Eu fiquei assustada quando ele surtou, juro real ele arregalou os olhos de um jeito que misericórdia. - falei rindo das expressões que ele fez.

- Só em Belo Horizonte mesmo em, a mais pura vergonha. - disse enquanto o garçom servia o nosso prato.

- E você e o Léo ami? Eu bem vi a troca de olhares de vocês ontem em - falei começando a comer

- Aí amiga, o Léo é um rolo sem fim, a gente fica algumas vezes mas não passa disso, as vezes eu quero alguma coisa mais séria com ele aí eu lembro que é só fogo. - falou bebendo um pouco do vinho.

- Mas ele já deu a entender que quer alguma coisa a mais contigo? - perguntei.

- Já sim ami, só faltou ele me pedir em namoro, eu que não quis fiquei com pé atrás. - falou comendo mais um pouco.

- Clara eu te conheço, você tá com o pé atrás por quê?

- Aí Giih, tô com medo de me jogar de cara e perceber que não era tudo isso que eu imaginava. - falou deixando o garfo no prato e olhando pra mim.

- Poxa amiga, se você não se entregar a isso você nunca vai saber, o segredo é não criar mil expectativas na pessoa para não se decepcionar. - falei voltando a comer.

- Bom, vamos ver oque vai acontecer, por enquanto tô deixando rolar sabe? Não quero parecer emocionada ou forçar alguma coisa. - Falou e voltou a comer.

Terminamos de comer e rachamos a conta, voltamos para a loja. O resto da tarde foi tranquilo, fechamos o caixa da loja e fomos embora.

Cheguei em casa tomei um banho e coloquei um pijama pra ficar mais confortável, arrumei as minhas coisas pois a hoje seria o primeiro dia na faculdade nova.

Aproveitei para dar umas revisadas nas matérias que eu já havia estudado nos períodos anteriores só pra não esquecer.

Coloquei uma música na televisão e fiquei estudando até me dar fome, pedi uma sobremesa que eu tinha visto a alguns dias no IFood.

Não demorou muito para meu interfone tocar, o Emerson avisou que tinha um motoboy esperando na rua me esperando.

Peguei o meu cartão, tranquei a porta e chamei o elevador, assim que a porta abriu ja me deparei com a Sara e o Pedro dentro, entrei apertando o andar do térreo.

- Boa noite gente. - desejei desbloqueando o meu celular.

- Boa noite, tá suave?- o Pedro perguntou enquanto virava para mim, concordei com a cabeça e permaneci em silêncio

- Aí amor a gente vai fazer o que hoje? - a Sara perguntou com a voz manhosa e passando os braços em volta do pescoço dele.

- Caramba Sara, desgruda de mim tá calor mano, eu vou para faculdade e você vai pra sei lá onde. - Pedro falou enquanto tirava os braços dela do pescoço dele.

Observei ela ficar sem graca, a Sara ia falar alguma coisa mas a porta do elevador abriu e eu fui a primeira a sair.

Paguei o meu pedido e voltei para o meu apartamento, estudei mais um pouco, guardei os matérias na minha bolsa.

Dei uma ajeitada na sala e caminhei para o meu quarto programando o despertador, aproveitei para colocar o celular para carregar e fui tirar um cochilo.

ENTRELAÇADOSOnde histórias criam vida. Descubra agora