🐺23 - "Eu sou idiota por te esperar";

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Só vim aqui para agradecer os 9k, muito obrigada mesmo amores.

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Boa leitura 📖💜

҉⃟⸽⃟

Kim Taehyung estava completamente desnorteado quando saiu do hospital.

Dobrou o exame de sangue que confirmava sua gravidez e o enterrou dentro do bolso da calça. Não queria ir para casa ou pra qualquer outro lugar onde ele estivesse rodeado de pessoas que iriam julgá-lo por ter se envolvido com alguém que deveria odiar, como se não fosse o suficiente, ainda estava grávido, grávido aos dezesse.

Parado em frente a um parque de diversões, Taehyung baixou a cabeça e encarou a barriga, sem conseguir tocá-la. Se aproximou um pouco mais do portão principal do parque de diversão, se assustando quando uma bola parou em sua frente. Agachou-se e pegou a bola, olhando ao redor para descobrir quem era o dono do brinquedo, entretanto, não viu ninguém, estava ali sozinho consigo mesmo. Jogando a cabeça negativamente, Taehyung começou a se afastar do parque, parando de caminhar somente quando sentiu uma mão pequena puxando sua camisa para baixo. Era um garotinho loiro, de no máximo três aninhos e com um sorriso iluminado para ele.

— É sua? — Taehyung perguntou, se agachando na frente do pequeno.

— Sim. — Sorriu mediano, segurando a bola que Taehyung oferecia de bom grado. — Obrigada, tio. — Todo feliz, o garotinho se esticou para alcançar o rosto de Taehyung e beijou sua bochecha, correndo todo saltitante em direção a sua mãe, que à uma pequena distância, acenou para Taehyung, se curvando em agradecimento.

Taehyung encarou a situação como um castigo divino por ele estar pensando em se livrar do próprio filhote.

Com os olhos ardendo, Taehyung fez uma busca rápido no celular e encontrou um motel, não muito distante de onde ele estava. Acenou para um táxi que passava no momento e pescou o celular no bolso, ligando para a única pessoa com quem queria falar no momento: o pai do seu filho.

— Eu preciso te ver. — Taehyung falou, ao ver que a chamada havia sido completada.

— Já conversamos, Taehyung, eu não quero mais nada com você e precisa aceitar isso. — Disse ríspido, o outro conseguia sentir sua frieza mesmo à uma longa distância.

— Se você não me encontrar em uma hora no endereço que vou te mandar por mensagem, eu juro que você nunca mais vai me ver na sua vida. — Murmurou, tirando o exame do bolso outra vez, mirando o resultado.

— Taehyung... — Hoseok iniciou.

— Está avisado. — Taehyung sentenciou, encerrando a chamada, logo depois.

Como era menor de idade, Taehyung precisou subornar a recepcionista, usando todo seu dom de persuasão, só então conseguiu a chave de um dos quartos, onde ficou esperando Hoseok, indeciso acerca do que fazer adiante. Uma parte do ômega pedia que ele guardasse a descoberta para si, enquanto a outra aliada ao seu lobo, exigiam que ele fosse sincero e contasse a Hoseok sobre sua paternidade.

Exaurido mentalmente, Taehyung ficou deitado em posição fetal na cama, só se levantando no momento em que Hoseok entrou no quarto e bastou vê-lo para que o coração de Taehyung começasse a acelerar. O ômega se sentia mais calmo apenas com a presença do alfa. Jung Hoseok tinha o poder de deixá-lo mais calmo e com esperança de que aquela situação se resolveria.

— Um motel? Sério, Taehyung? — Ele parecia estar irritado, enquanto o outro ficava mais nervoso, conforme a aproximação do outro. — Por que está chorando? — Hoseok se aproximou do ômega, se assustando quando ao invés de iniciar uma discussão, ele simplesmente lhe abraçou com força. — Indagou, retribuindo o abraço, contra sua vontade racional. — Taehyung, o que aconteceu? — Interrogou novamente, segurando seu rosto entre as mãos para enxugar suas lágrimas com os polegares.

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