🐺02 - Agir por impulso, trouxe consequências.

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  O jovem alfa ficou com os dentes cravados no pescoço de um Kim Taehyung quase inconsciente, até que sentiu que havia lhe injetado o veneno suficiente  para marcá-lo bem.

  Foi quase incontrolável não sucumbir ao desejo interno gritante dentro de si, que implorava para que ele desse ao ômega, a saciedade sexual que tanto necessitava, entretanto, jamais ficaria com alguém que não era dono de suas ações, para ele, tomar Kim Taehyung á força, era mais herdiondo do que assassinar alguém a sangue frio. Uma grande mediocridade, se levarmos em consideração, o fato de que acabara de condenar o ômega a um longo período de sofrimento, sem que o mesmo, ao menos tivesse a chance para defender-se.

  Afastou -se abruptamente.

  Seu cheiro era forte demais para conseguisse domar o desejo de fazê-lo seu. Mas ele não podia. Ele nunca o faria.

  -Sabe o quão arriscado pode ser a partir de agora, senhor? - Bora, uma enfermeira beta, de confiança, já idosa, de longos cabelos grisalhos, alertou seu líder, enquanto terminava de medir a pressão arterial de Taehyung.

  - Valerá o risco. - Hoseok realmente acreditava em suas palavras, velando em silêncio o sono do acastanhado encolhido. - Cuide bem dele, por favor. - Jung ordenou, saindo do cômodo limpando os lábios com a língua.

  Não queria ter gostado de estar tão próximo ao filho de um homem odioso, mas ele gostou. Acreditava piamente estar sendo vítima da própria maldade.

  Com a mente exaurida, foi para o quarto, baseando-se em uma banheira cheia de espuma e como o sono não vinha, mas em seu lugar, uma crescente angústia e dor. Tolo. Estava se sentindo tolo aquela altura. Na hora da euforia, nem percebeu quee marcar Kim Taehyung doente, também acabaria lhe afetando fisicamente.

  Com o velho jeans rasgado preto se uma blusa surrada branca, se apressou em contactar Kim Seokjin, seu contador pessoal, além de primo e o único a quem se atreveria a usar a palavra amigo, dentre todos que o rodeavam, ordenando que o encontra-se em seu escritório. Como todos moravam na mansão, bastou subir um andar e os dois já estavam dividindo o espaço naquela saleta pitoresca, entretanto, Bora também estava ali.

  "Taehyung", esse foi seu primeiro pensamento.

  " Será que ele piorou?", então veio o segundo pensamento, fazendo suas entranhas se contraírem em reclamação.

  - Senhor, ele precisa ser saciado, ou vai acabar morrendo - Bora o alertou sobre o estado do ômega.

  - Ninguém toca nele. - Continuou firme em sua decisão. - Kim Taehyung está inconsciente e com meu veneno agindo em seu corpo nesse momento. - Algo de que, bem lá no fundo, ele não se orgulhava tanto como fazia parecer. - Dê algo para aliviar a dor, mais em hipótese alguma, deixe que algum toque nele, isso é uma ordem, noona. - Seu tom severo, foi o bastante para a beta desistir de qualquer argumento que tinha em mente, então ela não demorou a deixa-lós sozinhos no escritório.

  - Como foi no Porto? - O alfa indagou, sinalizando para que o hyung se sentasse em sua frente, fazendo outra pergunta - Teve algum problema com a carga dessa vez?

  - Serviço limpo, Hoseok, já pode conferir o dinheiro em sua conta. - informou-lhe. - Posso fazer uma pergunta? - Seu primo assentiu com a cabeça - O que fez com o filho do Chin Hwa?

  - Ele está sob os meus cuidados, não é algo que deva se preocupar. - A rapidez em sua voz era tanta, que assustando o beta, mais um pouco já estaria beijando o chão.

  - É certo que aquele homem vai querer o filho de volta. - E Hoseok estava ciente disso. - Kim Taehyung parece o gatilho perfeito para uma nova guerra entre gangues. - Deixou o pensamento angustiante lhe escapar por entre os dentes.

  - Não tenho medo. - Rugiu raivoso. - Ele atira, eu atiro. - Já repetiu a frase tantas vezes, que mais parecia um bordão. - Ele mata, eu mato. - Fez bang bang com os lábios, firmando o olhar em seu primo. - Não se preocupe, Seokjin, sei o que estou fazendo. - Nunca dava um passo em falso, sempre tinha uma carta na manga, independente da situação, não era à toa que mesmo tão jovem havia conseguido a liderança de uma gangue tão temida.

  Tratou outros assuntos com Seokjin e quando encerrou a conversa, se encaminhou para o quarto onde Taehyung estava.

  Não era preocupação, só queria se certificar se seu trunfo ainda estava vivo.

  - Como ele está? - Encarou Bora ao falar.

  - Reagiu bem à medicação, mas não é bom para sua saúde debilitada. - Mesmo relutante, concordou com a enfermeira. - Deveria permitir que um dos nossos, o satisfaça. - Sugeriu esperançosa.

  - Se chamar a esse extremo, não se preocupe, eu mesmo vou satisfazê-lo, mas por enquanto, ninguém toca nele. - Continuou firme em sua decisão.

  - Os espasmos foram controlados, mas tudo indica que eles voltem a qualquer momento. - Ainda assim, Hoseok prefiria contar com a sorte. - Também acredito que o veneno da mordida já se espalhou pelo corpo todo. - No meio de tantas notícias ruins, uma para salvar seu dia.

  - Sim, posso sentir. - Seu corpo todo estava  diferente, como se estivesse se adaptando a algo indesejado. - É um incômodo necessário. - Acreditava piamente nisso.

  - Uma ligação eterna, senhor. - Por mais tarde que fosse, Bora ressaltou.

  - Kim Taehyung não é meu imprinting. - Inconscientemente, rosnou para a beta, que se encolheu toda no canto do quarto.

  - Não é cem por cento certo que a força de um imprinting, seja capaz de quebrar a ligação da marca. - Sua voz saiu num pequeno fio de coragem.

  - Não sejamos pessimistas e na pior das hipóteses, eu mesmo me encarrego de arrancar meu pescoço - Seu humor ácido, fez a mais velha rir de nervoso.

  - Sente dor? - Quis saber.

  - Nada insuportável. - Disfarçou para que ela não descobrisse que estava arrependido de sua imprudência. - Nos deixe sozinhos, por favor, noona.

  - Se Kim piorar e precisar de mim, basta chamar, Jung. - Falava, à medida que saia do quarto.

  - Tão lindo. - Doeu admitir aquilo. - Com esse rostinho bonito você já deve ter conquistado muita coisa, pequeno ômega. - Não o admirava, só conseguia sentir raiva e um desejo incontrolável de tocá-lo, então não demorou para que seus dedos estivesse passeando por sua face. - Sua pele é macia e maldição, que cheiro é esse? Seu cheiro é doce, mas intenso como um veneno de cobra, maldito. - Rosnou baixinho, parando o indicador em cima da marca que suas presas haviam feito no pescoço do ômega. - Sou um cara de sorte, Kim Taehyung? Ou você será mais um a poder com a minha vida?

                          💙💫💙

   Espero que vocês tenham gostado, podem ter um leve ódio do Hoseok vocês ainda vão passar muita raiva com ele. Não esqueçam da ⭐ bjss.

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