49 | Namora comigo?

588 76 28
                                    

NARRADORA

Monterrey, México.

  DE VOLTA NA FAZENDA HIDALGO, Sina não parava de falar o quão incrível foi a sensação de ela conseguir cantar sem errar a letra ou o tom da música.

— E isso só aconteceu graças a você. — A loira falou para o garoto ao seu lado.

— Graças a mim? — Ela assentiu — Ok, foi graças a mim, sim. — Brincou convencido e levou um tapa no braço logo em seguida, vendo Sina revirar os olhos — Já falei para você revirar os olhos, somente por puro e espôntaneo prazer, princesinha.

— Mas falando sério, muito obrigada por acompanhar-me. — Ela agradeceu — Se você não estivesse lá, eu não teria me saído tão bem. — Os dois não demonstravam muito afetado um pelo outro, por medo de alguém os visse.

— Sempre que precisar. — Seu comentário arrancou um sorriso da loira.

— Mudando o assunto, você veio o caminho inteiro falando sobre uma surpresa. — Sina começou — O que é? — Perguntou curiosa.

— Bom, tenho algo para você. — O garoto colocou a mão no bolso da calça, tirando dali um colar.

  Para Noah, o plano de vingança já não era mais válido. Ele havia feito a única coisa que não poderia fazer: apaixonar-se por uma das Hidalgo.

  Os olhos de Sina brilharam ao ver o acessório.

— Uma coroa. — Murmurou ao ver o pingente e deu um sorriso.

— Uma princesinha precisa de uma coroa. — Noah completou e sorriu também — É algo para dar-lhe sorte com o resultado da sua audição para o comercial. Mas você só ganhará o colar, se responder uma pergunta.

— Qual pergunta? — Ela indagou.

Namora comigo? — Ele questionou fazendo com que Sina ficasse completamente estática.

  A loira tentava assimilar o que havia acabado de ouvir. Noah havia pedido a mesma em namoro e não era nenhuma brincadeira.

— Se eu falar que não, ganharei o colar igual? — As palavras saíram, por fim, da boca de Sina.

— De maneira alguma. — Noah respondeu e negou, balançando a cabeça.

— Então, o que me resta é dizer que sim. — Contestou de volta, sorrindo logo em seguida.

  Sem importar-se se alguém os veria, Noah aproximou-se selando seus lábios nos da loira. Sina colocou seus braços na volta do pescoço do mesmo, retribuindo o beijo.

  Uma pouco mais longe dali, Any caminhava em direção dos estábulos para ver como tudo estava indo com os cavalos. Já fazia alguns dias que a mesma não saía de casa. Tudo para não encontrar com Josh.

Está me evitando, senhorita Any? — A voz do loiro assustou a cacheada. Assim que a viu caminhando por ali, percebeu que seria a oportunidade perfeita para que colocassem as cartas sobre a mesa de uma vez.

— Quer me matar do coração, senhor Rey? — Perguntou levando a mão ao peito.

— Claro que não. — Ele respondeu — Quero apenas entendê-la.

— Não sei ao que se refere. — Ela fez-se de desentendida e voltou a caminhar novamente.

— É sério que irá seguir com esse joguinho? — O loiro puxou levemente o braço de Any.

— O que você quer ouvir, Josh? — Perguntou encarando-o — Que eu lembro de tudo o que falei na noite da festa de Joalin? Sim, lembro-me de cada palavra que falei.

tierra de amor y venganza | nu couplesOnde histórias criam vida. Descubra agora