35 | Que diabos!?

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NARRADORA

Monterrey, México.

NO DIA SEGUINTE...

  JÁ ERA MANHÃ na fazenda Hidalgo e todos estavam aflitos com o sequestro de Any. Após acionarem a policia - assim que o trabalhador da fazenda comentou o que havia visto -, os mesmos analisaram as câmeras de segurança, notando que não só Any havia sido sequestrada, como Josh também.

  Mas o que os policiais não entendiam era: por que os sequestradores ainda não haviam feito contato?

  Sina estava impaciente. Por isso, a mesma levantou-se e foi em direção do delegado.

— Perdão pela pergunta, mas o senhor não irá fazer nada? Minha irmã foi sequestrada, se ainda não percebeu. — A loira chamou a atenção do policial.

— Mendez, Mendez, ela tem razão. — Dessa vez, Noah posicionou-se ao lado de Sina — O senhor irá ficar parado aqui ao lado do telefone? Não irá ligar para sua equipe para saber de noticías?

— Estou fazendo o meu trabalho. — Álvaro respondeu aos dois — Estou encarregando-me de encontrá-los.

— Vocês dois podem sentar-se novamente no sofá? — Sabina repreendeu Sina e Noah firmemente — Parecem duas crianças birrentas. — Ela chamou a atenção de todos na sala de estar — O delegado está fazendo o trabalho dele, as patrulhas estão nas ruas à procura de Any e Josh. Todos estamos preocupados com o sequestro e vocês dois, colocando pressão para que as coisas aconteçam da forma que vocês querem, não está ajudando em absolutamente nada!

  Noah apenas assentiu e voltou a sentar-se. No fundo, ele guardava certa mágoa por Álvaro. Pensava que se ele tivesse cumprido a promessa que fez ao seu pai de tomar conta dos mesmos, Linsey estaria viva.

— Irei ficar na cozinha com a Mili. — Sina anunciou e saiu, com cara emburrada.

  Não havia gostado nem um pouco do fato de ter sido repreendida na frente de todos. Mas entendia a reação de Sabina. A loira nunca conseguiu controlar suas emoções e saber que Any havia sido sequestrada, era algo que estava deixando a mesma desesperada. Por mais que as duas estivessem sempre discutindo - o que ultimamente não estava acontecendo tão seguidamente -, elas são irmãs e Sina preocupa-se com ela.

ANY GABRIELLY RUÍZ HIDALGO

— Hora de acordar! — O som próximo ao meu ouvido, assustou-me. Com a venda em meus olhos, eu sequer sei se é dia ou noite — Hoje, iremos dar um passeio. — O homem tinha animação em sua voz e isso não me agradava em absolutamente nada.

— Para onde irá levar-nos? — Questionei. O fato de não conseguir ver nada era o que me deixava ainda mais desesperada.

— Tornarei a repetir o que disse ontem: infelizmente, você não deveria estar aqui. — Ele começou — Mas eu espero que você aproveite, porque será uma experiência única. — Finalizou, mas tornou a falar — Bom, a menos que você seja sequestrada outra vez. — Deu uma risada.

— O que vocês querem? — Dessa vez, Josh perguntou.

— Surpresa! — Ele exclamou — Enfim, vamos lá.

[...]

  Após termos sido colocados dentro de um veículo, ele andou por alguns longos minutos. Quando chegamos, fomos retirados do automóvel.

  Somente notei que estávamos ao ar livre, quando minhas pernas tocaram a areia, já que me colocaram sentada no chão.

— Iremos fazer uma brincadeira. — O sequestrador que nos acordou, começou a falar — Eu irei desamarrar você, gatinha. — Senti o mesmo aproximar-se de mim e soltar minhas mãos — Mas você só poderá tirar a sua venda e soltar o seu namoradinho, depois de contar até cinquenta. — Sua respiração perto do meu pescoço causou-me arrepios pelo corpo — E é melhor fazer direitinho o que eu estou mandando, se você não quiser levar um tiro na cabeça.

  Rapidamente, assenti balançando a cabeça.

— Já mandei deixar ela em paz! — Ouvi Josh exclamar.

— E eu já não te dei um soco para você ficar na sua? — O homem enfureceu-se — Parece que um só não fez efeito. — Então, ouvi o mesmo bater no loiro.

— Para! — Pedi — Eu faço o que você mandou... — Falei.

— Boa garota. — Senti sua mão em meu rosto. Nojento! — Pode começar, gatinha. A contagem é toda sua.

  1, 2, 3, 4, 5... Comecei a contar e o medo do que aconteceria quando eu terminasse estava começando a aumentar. ...21, 22, 23, 24, 25... Isso não deveria estar acontecendo. Eu deveria estar na fazenda, cuidando dos negócios da mesma. ...41, 42, 43, 44, 45... Ouvi a porta do veículo bater e o motor ser ligado. Eles estão indo embora? ...46, 47, 48, 49, 50.

  Assim que terminei, tirei a venda dos olhos, acostumando-me com a claridade do sol forte. Olhei em volta, percebendo que apenas Josh e eu estávamos ali. Eles haviam ido embora.

  Desamarrei as mãos de Josh e levantei-me do chão.

— Filhos da mãe... — Murmurei enquanto observava nosso entorno. Aqueles babacas nos deixaram no meio da mata.

Josh retirou sua venda e levantou-se também.

Que diabos!? — Assim como eu, ele também estava confuso.

  Por que nos deixaram aqui? Por que não pediram resgate? Por que não fizeram nada conosco? Qual foi o motivo do sequestro e quem está por trás disso?

SINA RUÍZ HIDALGO

  Depois da repreensão por parte Sabina, resolvi ficar junto de Mili na cozinha. Já é a segunda vez que estou vendo a mesma fazer café e decidi ajudá-la.

— Você não precisa me ajudar, menina Sina. — Ela insistiu.

— Assim, eu ocupo minha cabeça. — Falei.

  Ajudei ela a arrumar as xícaras em cima da bandeja - que não eram poucas. A presença da policia, dos irmãos Gallardo, dos irmãos Rey, minhas irmãs, minha mãe e meu avô, não fazia parecer que uma família estava desesperada pelo sequestro de um dos membros dela, mas sim que estávamos em uma reunião de condomínio. Faltam apenas os trabalhadores da fazenda e, Feliz domingo! Estamos todos.

— Vim pegar um copo de suco. — Vi que era Noah adentrando a cozinha — Não sou muito chegado ao café. — Deu uma risada sem humor. Sei que o mesmo também está sofrendo com o sequestro do irmão.

— Você poderia ter pedido, rapaz. — Milagros falou simpática — Mas sinta-se a vontade. Irei levar os cafés até a sala. — Dito isso, a mesma deixou o local.

  Noah foi até a geladeira e pegou a jarra de suco. Aproveitei que estava perto dos armários e lhe alcancei um copo.

— Obrigado. — Ele agradeceu e colocou o líquido ali dentro, bebendo-o de uma só vez. Foi até a pia e lavou o copo, colocando-o no escorredor. Acompanhei cada movimento seu — Estou cansado de ficar sem noticías. Irei porcurá-los por conta própria. — Noah anunciou.

— O quê? — Poderia ter esperado o mesmo dizer qualquer coisa, menos isso — Você não tem sequer um norte. Como vai procurá-los?

— Não sei... — Ele respondeu e desviou o olhar. Seguramente para que eu não notasse as lágrimas que formavam-se em seus olhos, mas eu já havia notado... — Mas ficar aqui sem saber nada está me sufocando.

  Minha única reação foi ir até o mesmo e envolver meus braços na volta de seu pescoço, puxando-o para um abraço. O mesmo surpreendeu-se com minha ação.

— Irão encontrar Any e Josh e eles voltarão sãos e salvos para casa. — Sussurrei. Noah envolveu seus braços em minha cintura e encostou sua cabeça em meu ombro, retribuindo o abraço.

  Pela primeira vez estamos em um ambiente onde não há insultos nem provocações por ambas as partes...

HEY UNITERS!

8K AAAAAAA MUITO OBRIGADAA. VOCÊS SÃO DEMAIS❤️❤️

gente, os momentos noart tão que tão hein. não existe nenhuma dúvida que é o casal que eu mais gosto de escrever haha

(1/3)❤️

SEE YOU...

tierra de amor y venganza | nu couplesOnde histórias criam vida. Descubra agora