tierra de amor y venganza | nu couples

40 | Você é incrível...

SINA RUÍZ HIDALGO

Monterrey, México.

  NOAH HAVIA FICADO COMPLETAMENTE MALUCO. Que ideia foi essa de cantarmos em um karaokê? O mesmo está super animado com a ideia. Eu? Nunca tive tanta vontade de fugir na minha vida.

  As pessoas que cantavam ali tem talento. E a garota que não para de olhar para Noah sequer para beber seja lá o que tem em seu copo, irá ficar sem o talento dela - por mais que não tenha ouvido a mesma cantar.

— Por que ela olha tanto para você? — Questionei Noah que estava distraíndo assistindo as apresentações. Fiz um sinal com a cabeça para a mesa onde a garota estava. Assim que ele a olhou, ela desviou o olhar — Você a conhece de algum lugar? — Encarei o garoto.

— Não. Nunca a vi. — Ele respondeu dando de ombros.

— Então, está na hora de dizer a ela que o palco é para outro lado. — Expressei e vi um sorriso surgir em seus lábios.

— Você está com ciúmes? — Noah questionou olhando-me.

— Não. — Contestei rapidamente — Incomoda-me o fato de ela achar que você é uma televisão, já que ela não para de olhar na sua direção.

— Isso no meu mundo chama-se ciúmes. — Falou. Sei que o mesmo espera que eu admita que é isso mesmo que eu estou sentindo.

— Se ter vontade de arrancar os olhos dela fora é ciúmes, então sim, estou com ciúmes. — Respondi — Satisfeito?

— Não há porque ter ciúmes. — Noah colocou o braço na volta de minha cintura — Se aguentei seus insultos, senhorita Sina, é porque quero estar com você. Somente com você e com ninguém mais.

— Descobri que você tinha este lado fofo quando Heyoon contou-me que você já foi apaixonado por alguém. — Falei e levei minha mão até sua nuca, brincando com alguns fios de cabelo — E que para você estar compondo músicas novamente, é porque está apaixonado outra vez.

— Talvez, eu esteja... — Ouvir aquilo fez meu coração aquecer — Ou talvez, eu esteja me apaixonado pouco a pouco... — Seu sorriso fez com que eu sorrisse também. Me aproximei, depositando um selinho em seus lábios — Foi um selinho. Não conta como beijo. — Recordou a frase que eu havia dito quando nos beijamos pela primeira vez. Revirei os olhos com um sorriso ainda maior no rosto e selei nossos lábios.

  O beijo não durou muito, já que nossos nomes foram chamados.

— Agora, é a vez de Sina e Noah. — O apresentador - que também estava de garçom - falou ao microfone com um papelzinho em mãos — Que irão apresentar uma música autoral. — Surpreendeu-se ao ler o papel.

  Pode ter certeza que eu estava mais surpresa que ele e, o nervosismo começou a crescer em meu corpo.

— Como assim iremos apresentar uma música autoral? — Olhei para o garoto ao meu lado completamente incrédula. Primeiro, ele tem a brilhante ideia de que eu cante na frente das pessoas e agora, iremos cantar algo que eu ao menos conheço — Por que não falou antes, seu atrevido descarado? — Eu estava furiosa.

— Como eu senti saudades desse apelido. — Comentou me puxando pela mão enquanto caminhávamos em direção do palco — E sei que agora você o fala com muito mais carinho do que antes.

— Eu vou matar você! — Exclamei em um tom de voz que só ele conseguisse ouvir.

— Fica tranquila. Eu tenho a letra da música. — Tirou um pedaço de papel de seu bolso e me entregou — Você vai cantar bem. Confio no seu talento e confio em você.