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Ooie Hackers, computem o votinho... .

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"Rodada um: Dama de copas. Façam suas apostas!"

Meu corpo está em colapso. A cada tentativa de puxar lufadas de ar para dentro dos pulmões, sou surpreendido por novas pontadas embaixo das costelas. Estou, definitivamente, no limite e logo vou desabar, visto que minhas panturrilhas contraem-se de maneira dolorosa à medida que aumento as passadas para fugir de Jungkook.

  Com um movimento rápido de cabeça, checo se ainda estou sendo perseguido por aquele mamute e, felizmente, pareço ter o despistado no momento em que virei na segunda avenida, pois mesmo espiando novamente, não o encontro por perto.

Por mais que esteja próximo de casa e deseje muito manter o ritmo frenético até ela, as pernas trêmulas imploram por um descanso, portanto, desabo desajeitado no primeiro banco de madeira que encontro.

  É fato que amo a adrenalina e as sensações que me traz, contudo, ela é realmente péssima quando está fugindo de alguém. Estou esbaforido, com o coração tão acelerado que acredito seriamente poder sofrer um infarto a qualquer momento. Zonzo, fecho os olhos por impulso, tentando controlar o mal-estar, erguendo a mão lentamente para secar as gotas geladas de suor em minhas têmporas. Mesmo acostumado a praticar exercícios físicos, me encontro aos frangalhos, grunhindo de dor, a cada tentativa de alongar as pernas.

Talvez seja reflexo da manhã odiosa que estou tendo; até o parque, geralmente calmo, parece caótico e turbulento. As buzinas e gritos eufóricos, do grupo de crianças que brincam um pouco mais à frente silenciam totalmente o sereno som do farfalhar das árvores e canto dos pássaros. Na realidade, tudo parece ter saído do eixo, exatamente como minha vida. 

No entanto, não é como se me importasse, visto que a minha concentração está totalmente voltada para a cãibra dolorosa na perna que parece rasgar a pele.

— Jimin — a voz rouca, no pé do meu ouvido, faz todos os pelos se arrepiarem e, consequentemente, eu grito.

Fodeu!

  Sou pego tão de surpresa que, ainda mancando, levanto em um sobressalto, tentando voltar a correr. Porém, a touca do moletom é agarrada e retorno violentamente para o banco. Ele é rápido, e embora esteja atento a seus movimentos, os reflexos estão letárgicos devido ao cansaço. Então, não consigo desviar do golpe que vem em direção a minha cabeça.

Inacreditável.

Meus olhos intercalam entre Jungkook — que está parado como uma porta em frente a minha canela, os farelos em meu colo — e o pão em sua mão.

   Filho da puta! Que baguete seca do inferno.

— Isso, é pelo meu nariz, e isso... — levanta o braço, mas dessa vez o seguro — É melhor me soltar — ameaça.

Projeto Kalac • JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora