Motivos para Continuar

49 7 4
                                    

<< POV GG >>

Acordei chocha, gemi com a dor que senti na minha perna quando fui me mexer para me levantar, e ri de canto quando me lembrei o motivo, falando nisso, abri meus olhos e ele estava deitado meu lado, dormindo ainda, me levantei um pouco para vê-lo dormir.
— Que coisa fofa.
Ele parecia ter babado um pouco. peguei a fronha do meu travesseiro e limpei sua barba e sua boca. Ele despertou um pouco e virou o rosto pro outro lado, era uma tentação ficar agarradinho com ele de novo, mas assumi que ele estava cansado e só me levantei devagar para não acorda-lo. Vi nossas roupas jogadas por todos os lugares do quarto, veio pensamentos da noite passada, olhei pra ele de reflexo. Eu amo tanto... Organizei nossas roupas e entrei no banheiro para tomar um banho e me limpar da sujeira que me restava, pensando bem acho que eu devia ter tomado ontem. Ouvi uns barulhos no quarto um tempo depois de entrar no banheiro, parecia que ele tinha acordado, demorou pouco tempo que eu percebi isso pra ele abrir a porta.
— Bom dia.
Ele falou entrando com uma voz rouca de sono.
— Bom dia, meu bem.
— Eu tô apertado, se você não se incomoda...
Ele falou se sentado no vaso e soltando um pum, que não resistimos e começamos a rir horrores.
Depois que tomamos banho, pedimos o serviço de quarto da manhã para trazer comida e não precisarmos nos expor tanto, eu tinha medo de alguém nos ver, e como eu não sei disfarçar nada com o Lucas melhor prevenir do que remediar.
O café da manhã foi pão torrado com um café para acordar, coloquei tudo na mesa do quarto após o serviço do hotel bater na porta e fui em direção a cama que Lucas tentava cochilar, me aproximei e deitei de barriga nas costas dele, que estava de bruços pra cama.
— Bom dia de novo, Dani.
Ele falou gemendo de dor com o meu peso.
— O café da manhã tá pronto. Eles já trouxeram.
Me deitei do seu lado.
— Daqui a pouco eu como, pode começar.
— Faz 5 meses que eu como sozinha Lucas, não acho justo você aqui não querer comer comigo.
Falei numa voz manhosa para fazê-lo se derreter por mim. Ele revirou os olhos impaciente, porém na brincadeira e se sentou na cama olhando o relógio do celular. Me aproximei do mesmo e beijei seu pescoço.
— Eu te amo.
— Foda se?
Dei um tapa em suas costas.
— Vai se foder, viado.
— Prefiro você fazendo isso comigo.
Nós entreolhamos e rimos.
— Ai como você é safado.
Me levantei da cama e fiquei na frente dele, enquanto ele estava sentado de olhos fechados virados pra mim.
— Você tá com sono mesmo?
Passei a mão no cabelo dele.
— Eu acho que nem acordei ainda.
Ele depositou a cabeça na minha barriga e me abraçou.
— Vamos, vem comer.
Puxei o braço dele e com muita manha ele se levantou da cama e sentamos nos banquinhos para começar a comer.
— Posso pelo menos escovar os dentes?
Ele falou olhando eu preparar os pratos, o encarei e vi que ele tinha o rosto inchado de sono.
— Você tá péssimo, aproveita e lava o rosto.
Ele beijou minha bochecha e se levantou para fazer as higienes da manhã. O café da manhã era varias bolachas, pão assado em grelha com queijo e mortadela, tinha um café e um biscoito de chocolate, separei toda comida numa quantidade parecida no meu prato e no prato do Lucas, mas eu sabia que ele não ia comer o pão com queijo inteiro por causa da lacto intolerância, não sabia se ele havia trago o remédio dele. No mesmo minuto senti ele cheirar minha nuca me arrepiando por inteiro.
— Aiii para..
Falei rindo junto com ele que se sentou em seguida.
— Tem o que pra comer?
Ele falou olhando o prato.
— Cuidado com o pão, é com queijo.
— Eu acho que trouxe minha Lactase.
Ele pegou a bolsa que estava no chão ao lado da mesa e abriu os bolsos para procurar o remédio enquanto eu já me deliciava com a comida.
— É, isso tá muito bom.
— Me "ixxxperaaa".
Ele falou manhoso.
— Tá, eu espero.
Ele tirou os comprimidos do bolso da mochila e colocou inteiro na boca e bebeu o café para ajudar a engolir. Começamos a comer, estava uma delícia.
— Eu ainda tô surpreso que você veio, como você conseguiu esconder isso de mim, eu sabia quais eram as atrações surpresas, seu nome não tava lá.
Ele riu, colocando a mão na boca para não cuspir a comida.
— Eu pedi pra não contarem pra você.
Ele me encarou segurando o riso.
— Você subornou a produção...
Falei chocado.
— Talvez...
Ri e continuei a comer.
— E no mesmo dia você falou que eu não conseguiria te deixar romantizado.
Ele fez cosquinhas na minha cintura.
— Desse jeito não vale, né
— Que mentira, não tem escrito isso em lugar nenhum.

Depois de comermos, Luba me convidou para ficar a tarde na casa do Cellbit. Era mais próximo do que minha casa, então seria bom se passássemos um tempo junto. Ajeitamos nossa mala e fomos para recepção do hotel para entregar a chave do quarto. A recepcionista foi super gente boa e até tirou uma foto comigo, o Luba que tirou. Fomos andando até o estacionamento e ele tirou a chave do carro e ligou o alarme para localizarmos ele. Fomos andando até o carro.
— Quer colocar as coisas na mala do carro?
— Pode ser.
Disse segurando a minha mala de rodinha com as roupas da Gloria, uma mochila com minhas coisas e outra bolsa com mais coisas minhas.

<<POV LUBA>>

Abri a mala do carro e esperei Daniel colocar tudo dentro. Olhei em volta no estacionamento comumente vazio. Tinhas alguns carros parado em ninguém, mas um me chamou atenção a alguns metros de nós, era um corsa preto, ele tinha os vidros fumê muito forte, e eu podia jurar ter visto um reflexo brilhando dentro do carro, como a lente de uma câmera tivesse refletido a luz do sol bem no meu olho. Fiquei mais um tempo olhando para dentro do carro em busca de algo.
— Terminei amor--
Daniel parou na minha frente, me entregando a chave.
— Aconteceu algo?
Ele olhou na mesma direção que eu olhara.
— Entra logo no carro que eu explico.
Disse a ele abrindo a porta de trás. Ele não questionou e apenas entrou quieto. Fechei a porta com cuidado e me virei para entrar no carro.
Quando eu entrei, Daniel se aproximou de mim.
— O que aconteceu?
— Tinha alguém tirando foto da gente naquele carro preto. Vamos embora, lá pra frente você vem aqui do meu lado.
— Tá.
Ele falou observando o carro.
— Se encosta ai.
Ele o fez.

Saímos do estacionamento e eu diminui a velocidade para Daniel se sentar no banco da frente, ele se sentou e colocou o cinto, me deu uma vontade de beija-lo e eu simplesmente virei seu rosto para o meu e o beijei com vontade, ele se assustou de começo mas logo retribuiu. Ele apertou minha coxa. Falei no meio do beijo:
— Não faz isso...
Ele sorriu e colocou a mão no meu pescoço. Me afastei do beijo devagar para não perder  o sabor dele.
— Vamo fazer isso depois.
Acelerei o carro, nos tirando do acostamento. Daniel ligou o Spotify no aleatório e ficamos escutando música.
— Quem você acha que tava tirando foto nossa?
— Não sei, mas tenho minhas sugestões...
— Léo Dias?
— Talvez...
Daniel suspirou fundo.
— Que inferno.
— Agora a gente tem que ficar de olho onde ele vai soltar essa bomba.
Olhei pra ele de canto de olho, pude ver ele arranhar um pouco os braços com as unhas pela ansiedade.
— Estamos junto nessa, Dani.
Ele sorriu.
— Te amo.

====================================

Votem ★

Como eu já expliquei nas "conversas" do Wattpad, esta meio difícil eu manter a rotina e a frequência nas fanfics, por conta de bloqueio criativo e escola. Espero que entendam... Não se esqueçam da mim.

Tua Voz, Meu VícioOnde histórias criam vida. Descubra agora