Mais uma confissão

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[ Jeon Jeongguk point view ]

Eu estava dentro do meu escritório no clube e fazendo alguns trabalhos, mas também estou tentando lidar com a nova confusão que surgiu de repente entre uma das meninas e um dos meus homens que acham que são os fodas da situação.
Tudo bem que isso sempre acontece, afinal, somos espíritos livres e indomáveis, mas ultimamente tudo parece piorar e ainda tem os Falcões para acabar torrando o pingo da minha paciência inexistente. Parece que tudo acontece e está vindo para me atormentar, ou para me fazer pagar pelos meus pecados em Terra, porque está foda aguentar tudo isso apenas de uma única vez.
Recentemente acabei de descobrir a gravidez de uma das meninas do clube e ela está esperando um filho de Oh Sehun.
Infelizmente as coisas estão ficando tensas nesse lugar e tudo porque o cara não quer saber de assumir as responsabilidades. Parece que novamente está tendo briga em relação a essa situação, mas eu só fiquei sabendo na semana passada e agora parece que a confusão foi fogo. Sehun deveria ter noção sobre as regras, se envolva, mas sempre use camisinhas e se aconteceu um caso de gravidez devem assumir, ponto final. São minhas regras nesse clube e na mansão, ele deveria estar pelo menos ciente quanto a isso.
Acho que as minhas regras ultimamente vem sendo quebradas de uma forma que me estressa e eu juro que não irei medir esforços para meter bala nesse povo e ajudar Jihyo com o bebê.
Na verdade, eu fui abandonado pelo meu pai e pela minha mãe quando menor, acho que em torno dos meus quatro anos, mas essa memória sempre me assombra. Eu sei como é não desejar ser assumido, até porque minha babá acabou se tornando minha mãe adotiva. Ela sim foi alguém que assumiu a responsabilidade de cuidar de mim e infelizmente foi morta na minha frente, aos meus oito anos de idade, levando vários tiros e depois facadas.
Me recordo do seu sangue escorrendo no chão da sala, suas últimas palavras dizendo que me amava e que era para eu ser feliz, pois ela estaria olhando por mim onde quer que estivesse. Foi um grande trauma para mim, pois ela sim foi a minha mãe e com tão pouco tempo foi tomada de mim pela maldade dos outros, então eu jurei vingança, hoje sou caçador de recompensas, pois aceito grana em troco de cabeças.
Soltei um suspiro cansado, me levantando e vesti a minha jaqueta do clube, andando para fora do escritório ao ouvir gritos e agitação do lado de fora, me deixando preocupado com a situação. Andei em passos rápidos para o bar do clube, vendo Sehun apontando um revólver na cara da coitada Jihyo e me fazendo sacar o meu revólver rapidamente, apontando na cara dele ao engatilhar.
— Sehun, apenas abaixe essa arma e vamos conversar civilizadamente, por favor. — pedi com o tom de voz sério e para mostrar quem é que manda mesmo.
— Essa vagabunda não vai mais arrancar um tostão meu e esse filho nojento dela não será um desgosto para a minha honra nesse local. — falou no mesmo tom que eu e apenas suspirei cansado disso.
— Largue a arma ou você vai morrer, Oh Sehun. Ela está grávida, esperando um filho seu e você ao invés de estar assumindo, fica maltratando uma vida. — falei impaciente com a situação e pelo modo que ele falou sobre ter a honra inexistente.
— Ela é apenas mais uma puta desse clube, Jeongguk. É mais uma desejando se dar bem na porra da vida e você está do lado dela cara. — reclamou, totalmente irritado e indignado com a minha opinião contrária da dele.
— Não importa a profissão dela nesse lugar e sim a vida da criança que ela está carregando em seu ventre, pois é o seu filho. — avisei, levando a arma até a cabeça dele, pois já me estressou demais nessa semana. — Você vai voltar ao seu trabalho, obedecer essa ordem e não irá nunca mais se aproximar da Jihyo. — ordenei, mas sendo rígido por ver que ele pode fazer algo com a garota ou o bebê, já que estava prestes a atirar nela. — Então vaza, Sehun! Caso contrário, irei deixar uma bala na sua testa como minha marca registrada.
Sem receber uma resposta, vi Sehun guardar a sua arma no cós e esbarrar no meu ombro de propósito, como uma forma de me desafiar. Observei ele saindo em passos duros para fora do clube, ouvindo o suspiro de alívio da Jihyo, então olhei brevemente para ela, logo desviando o olhar ao ouvir o barulho de motor de uma das motos, percebendo que o desgraçado saiu, deixando todos pasmos com a situação e uma Jihyo abalada para trás.
Olhei para a garota que estava trêmula, bebendo um copo d'água e que me olhava com os olhos banhados em lágrimas. Me aproximei calmamente, tocando nos ombros dela e sorrindo mínimo pelo modo assustado que ela se encontra nesse momento.
— Sehun não irá fazer nada com o bebê e nem com você. Eu irei manter a minha palavra, então por favor não chegue mais perto desse homem, Jihyo. — falei compreensivo e mantendo a minha firmeza.
— Obrigada Jeon. Obrigada mesmo por me ajudar. Eu realmente não merecia essa proteção por ser realmente uma prostituta, mas agradeço de coração. — falou, fazendo uma breve reverência.
— Irei proteger o seu filho e o manter a salvo dentro desse clube, ok? — afirmei, me afastando brevemente e andando para fora daqui.
Segui em direção a minha casa, encarando o caminho não tão distante e refletindo sobre a questão de ter uma prostituta grávida dentro de um clube, principalmente pelo fato de estar rodeada com um bando de motoqueiros e outros homens que são assassinos de aluguel.
Neguei com a cabeça quanto a este pensamento, adentrando a minha residência e fechando a porta, andando em direção a cozinha calmamente. Cheguei no cômodo em total silêncio, me encostando no batente da porta ao ver que Taehyung estava cozinhando algo e pelo cheiro me fez sentir a necessidade de comer alguma coisa, já que não tomei café da manhã hoje.
Analisei atentamente a roupa do mais novo, mordendo o lábio inferior por ver o shorts curto da cor branca e uma camiseta da mesma cor amarrada até uma parte acima da cintura e deixando a barriga amostra. Sem me conter, andei até ele, chegando por trás e deixando um beijo no pescoço de pele alva.
— O cheiro está ótimo, baby. — sussurrei no ouvido dele e observando a sua pele se arrepiar.
— Gguk! Que susto você me deu agora. — disse, sorrindo abertamente e aliviando os músculos tensos. — Poxa, eu estou tão distraído aqui preparando o almoço e adiantando as coisas para poder te ajudar. Menos um afazer na sua lista por hoje. — deu de ombros, enquanto mexia a carne na panela. — Pense que é algo a menos para te estressar.
— Está caprichando mesmo? Eu irei avaliar na hora e será igual você faz comigo, ok?  —falei, acariciando a cintura de pele amostra dele e sorrindo de canto.
— Sem toques, por favor. Vamos se conter enquanto estou na cozinha, Jeon. — pediu, se afastando um pouco e voltando a mexer nas carnes na panela.
— Tudo bem. Eu não irei ultrapassar a linha de limite que foi colocada entre nós depois de tudo o que fizemos, porque o senhor Kim Taehyung está cheio dos não me toque ultimamente. Eu já entendi. — comentei, revirando os olhos e me afastando completamente dele.
Eu percebi que mais vale me afastar do que fazer ele ficar chateado com algo que eu disser ou fazer. Tudo o que eu não quero é vê-lo chorar por mim e pelas minhas atitudes impulsivas, por isso aprendi a me afastar.
Taehyung me dá um certo autocontrole sem nem mesmo fazer muito e mesmo que seja bom às vezes nem sempre é o suficiente, porque isso muitas das vezes me assusta muito. Às vezes me deixa preocupado ao ponto de desejar se afastar, mas ainda assim estaria o machucando e então prefiro evitar discussões piores.
— Jeongguk, por favor. Só… não faz assim comigo de tentar me enviar. — choramingou manhoso, não deixando de soar pidão do jeitinho dele.. — Você sabe muito bem o porquê disso e sabe ainda mais que os meninos podem aparecer a qualquer momento.
— Eu já entendi Taehyung, não preciso ficar ouvindo as suas desculpas e faz o favor de não ficar se explicando demais, porque isso cansa. — mandei, andando para fora da cozinha.
Hoje realmente não é o meu dia e muito menos é algo que eu possa suportar, já que parece que uma avalanche de problemas decidiu surgir de repente.
— Gguk, não fica assim. — ouvi a voz do Kim cansada, junto dos seus passos vindo até mim no sofá, se sentando no meu colo e abraçando o meu pescoço.
— Não, Tae. Está tudo bem. — tentei soar firme em minhas palavras, evitando encará-lo.
— Não está não. Para de querer mentir para mim, pois eu sei quando algo está errado e você só fica dessa forma quando algo muito sério está acontecendo. — mandou em um tom sério, se ajeitando no meu colo e me avaliando atentamente. — O que está acontecendo para você ficar tão irritado dessa forma? — perguntou, acariciando o meu cabelo lentamente. — Está acontecendo algo que eu não saiba e por isso você está agindo bravo assim?
Juro que eu não sei dizer se eu que sou fraco aos encantos desse garoto, ou se ele que tem um posse enorme sobre mim, sobre minhas ações e os meus próximos passos. Mas de uma coisa eu tenho certeza absoluta, pois eu adoro quando ele fica dessa forma comigo.
— São apenas alguns problemas do clube, bebê. Mas que anda ultimamente testando a minha paciência e me faz se estressar facilmente pelo que andou acontecendo, nada do qual você precise se preocupar. — disse simplista, não desejando entrar em detalhes explícitos, pois Taehyung não faz parte disso para saber.
— Você sabe que pode confiar em mim para contar o que andou te deixando assim, não é mesmo? — comentou, olhando nos meus olhos e suspirando daquele jeito cansado dele. — Seja o que for, eu estou aqui para te ouvir e ajudar, mesmo que eu não seja tão útil.
— Tae, não fale assim, ok? Você sabe que é útil na minha vida sim! — exclamei, suspirando também e tocando o rosto dele, acariciando lentamente a bochecha e sentindo sua pele sob meus dedos. — Você me ajuda bastante e ainda me ajudou esses dias com os meus pesadelos, eles estavam me atormentando. — falei tranquilo e suave, vendo ele falar dele mesmo em um modo de se ofender e como se fosse um nada. — Mas é tudo muito complicado e você iria se assustar se eu te contasse exatamente tudo o que acontece nessa situação.
— Ou talvez eu só vá opinar e aconselhar de um modo mais prático, já que o senhor Jeon Jeongguk não costuma receber lições de moral de um adolescente mega chato como eu sou ultimamente. — brincou, cutucando as minhas bochechas com os dedos indicadores e rindo baixinho.
— Tudo bem! Você venceu dessa vez, Tae. — disse, rindo nasalado da situação e vendo o sorriso lindo dele. — Eu estou com dois problemas sérios e não tenho para quem recorrer no momento, já que os meninos estão trabalhando.
— Pode falar. Ou você quer subir para o quarto para ficarmos a sós? — sugeriu, me fazendo negar com a cabeça ao ver o sorrisinho dele.
— Nem vem. Hoje não tem leite para você. Mamou faz apenas três dias e já quer de novo? — provoquei, soltando um riso fraco ao vê-lo corar.
— JEONGGUK, SEU… — gritou, tampando o rosto com as mãos, rindo totalmente envergonhado.
— Calma, amor. Eu só estou brincando com você e a sua carinha foi a melhor do dia, então já me recompensou de todo estresse essa reação. — comentei, abraçando a cintura delineada dele novamente e suspirando pesadamente.
— Hm, babaca. — xingou-me, batendo no meu peitoral e se mostrando emburradinho. — Então o que está te deixando revoltado e até mesmo muito explosivo ultimamente, Jeon Jeongguk? — perguntou, deitando a cabeça no meu ombro direito e bufando alto. — Seu idiota.
— Primeiramente, vem um caso do qual ferrou todos nós da última vez e que foi há uma semana atrás, quando havíamos chegado em casa e o Hoseok havia dito que deu problema com uma das negociações e isso gerou uma baita confusão dentro do clube. Aquela da qual você ficou sabendo e eu pedi desculpas por ter te acordado naquela noite durante a madrugada. — falei, vendo Taehyung assentir com a cabeça, enquanto me analisava atentamente e formava um bico nos lábios. — E o segundo é sobre uma das garotas do clube estar grávida. Sehun… ele é um dos meus homens que engravidou Jihyo, ela é a dançarina do clube para agradar os outros, mas o clima está tendo, porque Sehun quase meteu um tiro nela hoje.
— Sobre o primeiro assunto, eu devo aconselhar que investigue, você mesmo disse que chamaram a polícia da última vez no aeroporto, então recomendo que tome cuidado a partir de sempre. Sabemos que é alguém que está tentando te derrubar, então todo cuidado se torna pouco, por isso peço para que fique atento em tudo, qualquer mudança também. — falou, encarando um ponto aleatório da sala de estar e suspirando cansado, pois ele odeia esses riscos. — Até porque sabemos o que isso pode gerar caso você for preso e em como irá sofrer lá dentro, isso é tudo que eu não quero. Mesmo que a sua profissão seja arriscada, desejo sempre poder ver a porta sendo aberta e você chegando em casa depois de mais um serviço feito, porque eu não suportaria viver em mundo onde você não estará presente para fazer parte da minha vida, fazer parte da minha história também, então por favor.
Sorriu, olhando para mim e depois desviando o olhar envergonhado, principalmente porque está confessando algo assim, entendo a timidez dele.
— Então isso quer dizer que você se preocupa mesmo comigo e a minha segurança? —perguntei, vendo que ele assentiu, enquanto eu deixava um beijo sobre esse bico adorável. — E não deseja me ver morrer, ou se machucar no trabalho? — tornei a perguntar, vendo as mesmas ações feitas antes e ouvindo um curto suspiro escapando dos lábios dele. — Você é tão meigo! Como é que pode não ser inocente, Taehyung?
— Exatamente isso! — exclamou, voltando a sua atenção para mim e rindo baixinho.
— Gostei de saber disso. — sussurrei, admirando-o sendo tão lindo, na verdade, ele nem precisa de muito, porque já nasceu lindo.
— Agora sobre a garota que está grávida, fale para ela vir ficar comigo se desejar, até porque deve ser difícil criar, ou gerar um bebê no ambiente em que ela vive. E fale também que eu estarei aqui para dar o devido apoio, ninguém merece passar por situações assim sozinha. — disse, sorrindo com ternura e juro que pude ver um brilho no olhar dele, somente por contar que Jihyo está grávida e isso me faz ver que talvez ele deseja uma família, ou pensa nessa hipótese. — E fale também que eu irei ajudá-la no que for preciso, porque eu sei que não vai ser fácil. Principalmente porque o pai rejeitou a criança, então quero ter certeza de que vai ficar tudo bem com ela e o bebê, pois penso na segurança dos dois dentro daquele lugar.
— Você realmente existe Taehyung?
— É claro que eu existo, Jeongguk. Você enlouqueceu de vez, foi? — comentou, fazendo uma careta e franzindo as sobrancelhas.
— Tae, você ouviu o que está me pedindo para fazer? — perguntei, vendo a carinha confusa dele. — Você acabou de dizer que irá ajudar a Jihyo com a criança e deseja dar o seu apoio para ela.
— E daí, Jeongguk? Eu sou assim sempre, ok? Minha natureza não me permite dar as costas quando as pessoas mais precisam e mesmo que eu seja taxado como um grande trouxa, pelo menos a minha parte estarei fazendo em ajudá-la. — avisou, se ajeitando sobre o meu colo e formando um bico nos lábios.
— Eu já disse o quanto tenho orgulho de você, baby? Ou como você é a pessoa mais pura e bondosa que eu já conheci nesse planeta? — questionei, levando meus lábios para o pescoço de pele bronzeada do mais novo e deixando breves selares.
— Você me fala isso todos os dias ao acordar e diz antes de ir dormir, até quando chego da faculdade animado você diz também, às vezes até deixar escapar sem querer, mas está sempre dizendo. — respondeu, enumerando as coisas que acabou de falar nos seus dedos e soltei um riso baixo, concordando com um aceno de cabeça, pois ele está certo.
— Então saiba que jamais irei deixar de te lembrar, amor. Nem mesmo por um segundo se me permitir. — sussurrei, meus lábios contra a pele quentinha do mais novo e dando um leve chupão. — Estarei sempre aqui para poder falar e ser sincero, pois você é uma alma muito bondosa e não merece apenas um lugar no céu, mas o céu inteiro mesmo.
— Gguk, por favor. — choramingou, tombando o pescoço para o lado e me dando mais acesso.
— Deixa eu fazer apenas uma marquinha? Posso fazer uma marquinha bem pequena, amor? — pedi, encarando-o e com um bico nos lábios, fazendo a minha melhor cara de cachorro que caiu da mudança, ou foi abandonado.
— Aigoo! Chatice, faz logo e depois some daqui o mais rápido possível, por favor. — resmungou, me fazendo sorrir de canto pelo jeito fofo que Taehyung fica ao estar bravo.
Me aproximei do pescoço dele novamente, depositando alguns beijos molhados no local e vendo a pele se arrepiar. Exatamente assim que eu gosto de ver e que também está entregue, pois eu sei que Taehyung deseja muitas coisas ao meu lado.
Ousei a passar a ponta da minha língua, sentindo os dedos do Kim apertando meus ombros e assim marquei a pele dele não somente com um chupão, mas encerrei com uma mordida no final, ouvindo o arfar surpreso que ele soltou dentre os lábios.
— Agora eu posso voltar ao trabalho e me resolver na vida novamente. — comentei, satisfeito por ver a marca roxa e mediana na pele bronzeada do mais novo, principalmente por estar bem amostra do jeito que eu desejava.
— Seu abusado! Eu falei que podia me marcar e não que era para morder desse jeito. — protestou, me dando um leve tapa no braço.
— Agora já foi, birrento. Mas eu preciso ir e mais tarde estou de volta para ler a história que eu havia prometido para você, então me espere. — falei, dando um tapa na coxa direita de Taehyung e deixando a marca vermelha da minha palma em sua pele, alisando o local e ousando a subir a mão até a bunda dele. — Se os meninos chegar e você estiver com essa roupa eu vou ficar muito puto da vida, porque eles ficam tudo te encarando. — avisei, bufando alto por conta disso e vôlei a encará-lo. — É melhor trocar essa roupa, coloque uma calça, porque não estou com vontade de sair no soco com ninguém por sua causa. Só não fique assim na frente deles.
— E quem disse que eu estou vestido assim para chamar a atenção de alguém? Saiba que eu estou em casa e que irei ficar à vontade sim. — retrucou, se levantando do meu colo, empinando a bunda e andando de um jeito provocante.
— Bom saber seu danado! — exclamei, me levantando em um pulo do sofá, andando até o Kim e dando um tapa firme nessa bunda empinada. — Da próxima vez eu arranco a sua roupa e você desfila nu para mim.
— Nem nos seus sonhos eu deixaria você fazer algo desse tipo, meu amor. — falou, me fazendo sorrir pelo jeito debochado que me chamou.
— Mas não terá nem uma exclusiva? Ou quem sabe você empinar essa bunda no meu pau? — perguntei curioso com a situação, observando-o se debruçar no balcão e apenas me aproximei por trás de seu corpo.
— Esqueça disso, Jeon. Apenas vá trabalhar e pare de me atiçar sabendo que não irá até o fim. — praguejou, mexendo o quadril em direção à minha pélvis e sorrindo daquele jeito sapeca dele.
Mordi o lábio inferior pelo modo em que estamos, sentindo a bunda dele próxima do meu membro semi ereto e me fazendo ficar tentado com essa mania que Taehyung adquiriu para me provocar.
— Já foi Jeongguk? — debochou, empinando mais um pouco a sua bunda e se encostando no meu pau de um modo sensual, me fazendo engolir a seco. — Você se anima tão fácil quando se trata de mim, Gguk. Fica tão entregue.
— É porque você não tem noção do quanto eu quero te foder neste exato momento. — respondi com o meu tom de voz firme, agarrando a cintura dele e prensando minha ereção na bunda alheia.
— Eu tenho sim. Não faz porque não quer. — praguejou, dando de ombros ao retrucar e com isso puxei o quadril dele de encontro ao meu com força, fazendo ele gemer com a minha pegada.
— Então por que você não me alivia? Vem mamar de novo, ou quem sabe sentar com força? — provoquei próximo do ouvido dele e vendo a sua pele se arrepiar.
— O que eu ganho por fazer isso, Jeon? Absolutamente nada que eu sei, então tchau querido. — resmungou, me fazendo rir nasalado. — Do que você está rindo?
— Você quer me tocar não é mesmo? Quer testar a minha paciência e ver tudo o que é capaz de fazer comigo. — falei de um modo firme, abrindo as pernas torneadas dele e o fazendo se debruçar no balcão.
— Mas eu não estou fazendo nada. Não quero te testar, eu quero você mesmo e desejo por mais. — confessou com a voz manhosa. — Estou cansado de meros estímulos, eu queimo por você, mas você sempre me afasta na melhor parte.
— Porra Taehyung! Você leva qualquer homem ao delírio com esse seu jeitinho inocente e voz manhosa de quando quer algo. — retruquei, virando ele de frente para mim e atacando os seus lábios,sentindo o sabor do gloss de morango.
Senti os braços dele em volta do meu pescoço, agarrando meus fios negros com os dedos nervosos e apenas tratei de atacar esses lábios tão gostosos em um beijo repleto de um desejo não confessado.
Segurei firme na cintura do Taehyung, suspendendo ele do chão e o colocando sentado no balcão. Sorri contra esses lábios macios do mais novo ao senti-lo abrir as pernas para me abrigar no meio delas e assim eu fiz, agarrando a nuca dele com firmeza e tombando a cabeça para o lado, desejando ter mais contato possível.
Ouvi o baixo resmungo que o Kim emitiu quando ousei tocar a ereção dele, sentindo seu corpo estremecer com esse contato e continuei dando leves apertos somente para ouvi-lo arfar contra minha boca em meio ao nosso ósculo sedento. Senti as pernas dele se entrelaçando no meu quadril, me puxando para mais perto e assim fiz sem findar o nosso contato.
Ter Taehyung desse jeito está se tornando um vício. Começamos com uma conversa simples, brincamos e no final terminamos ambos excitados.
Mesmo que eu tente negar, estou desejando-o mais do que imaginei a desejar alguém, mas não irei adiante com isso porque da última vez eu machuquei as pessoas que pensei existir amor e com isso acabei me afastando de todos para um relacionamento mais profundo.
Eu passei a ter mais sexo sem compromisso e mais aventuras, mesmo que eu deteste e que não me sinta satisfeito, só fiz porque uma vez chegaram a destruir os meus sentimentos e eu não quero repetir tal coisa.
A verdade é que eu não somente desejo Taehyung, como também estou tendo um tipo de sentimento por ele e isso me assusta muito. Me assusta pelo fato de que eu não sei qual será a reação dele ao me conhecer de verdade, conhecer esse meu lado quebrado, meu lado podre sobre tudo que já fiz na vida e muito menos irei arriscar para vê-lo se chatear por culpa da insegurança que as pessoas me fizeram ter em relação ao amor, por isso não passamos de beijos e estimulações orais.
Encerrei o nosso contato com uma mordida no lábio inferior do mais novo, juntando as nossas testas e tendo as nossas respirações se mesclando em meio ao nosso momento.
— Jeongguk, se eu te pedisse para continuar e ir até o fim, você o faria? Ficaria comigo mesmo? Me levaria adiante como uma vez disse que me assumiria? — perguntou curioso, formando um bico manhoso nos lábios e me beijando rapidamente.
— Sim, Tae. Eu faria tudo isso, você não tem noção do quanto eu quero. — sussurrei, beijando novamente os lábios dele e juntando as nossas testas. —  Mas por favor, dê o meu tempo, faz anos que não sinto algo tão intenso como esse sentimento que você está me proporcionando e eu preciso me habituar para não correr riscos de você se chatear comigo. — confessei, acariciando a sua cintura de pele quente com as pontas dos meus dedos. — Por favor, não desista de mim. Eu só quero ter certeza antes de mergulhar em algo profundo e desconhecido para mim.
— Eu vou te dar todo tempo do mundo, Gguk. Saiba que eu estarei aqui para você sempre e toda vez que chegar em casa, irei te receber nos braços e te acolher em meu carinho, pois é disso que você precisa. — falou, deixando um afago nas minhas madeixas negras. — Irei te fazer ter os melhores momentos, nem que para isso você precise ficar nos meus braços, eu vou fazer o possível para te deixar confortável. Posso até mesmo te colocar para dormir em meu peito, recebendo beijos e cafuné, pois você merece.
— Obrigado de verdade por entender que esse meu lado é uma parte horrível de mim, parte do meu passado e parte dos meus temerosos pesadelos. — Sussurrei, depositando mais um beijo nos lábios inchados do meu garoto, voltando a unir nossas testas com carinho. — Tudo isso sempre envolve o que aconteceu no passado, tudo que fizeram para mim e o meu coração, então vai ser um processo lento, mas vou me esforçar para você.
— Estarei aqui para te ouvir, e se te servir de consolo, eu também tenho um passado que escondo, não é porque estou sorrindo que eu estou bem. — aconselhou, deixando um beijo na minha testa e abraçando minha cabeça, acariciando meus cabelos com lentidão.  — Vamos superar juntos, lutar juntos e ficar juntos. Eu creio que somente assim iremos ter uma vida feliz e sem o passado para afligir o nosso presente.
— Você é tão único e especial na minha vida, Taehyung. Um anjo do qual eu nunca esperei que teria e agora tudo o que eu mais quero proteger. — falei, abraçando o corpo magricela dele e o tirando de cima do balcão.
— Vem almoçar comigo então. Vamos se distrair e você me conta as coisas que mais gosta na vida. — sugeriu, abrindo esse sorriso geométrico que eu tanto sou bobo.
— Pode colocar mais um prato na mesa porque eu vou ficar com você agora. — respondi, tocando o seu rosto e sorrindo também, afagando sua bochecha.
— Eu não sou o melhor exemplo na culinária, mas confesso que tentei dar o meu melhor e também porque é uma receita que eu aprendi com a minha mãe. — comentou, beijando a minha bochecha e me encarando. — Isso eu aprendi antes dela me abandonar e ir morar em outro país, sabe? Peguei o caderno de receitas dela e guardo como se fosse o meu tesouro.
— Saiba que eu amo tudo o que você faz e que irei ficar satisfeito com o rango. — disse, rindo nasalado ao vê-lo fazer uma careta e me dar um leve tapa. — E sobre a sua história, eu te entendo, pois conheço bem o abandono e não é algo fácil de lidar.
Notei a feição de Taehyung mudando, mas então observei ele dar de ombros e sorri daquele jeito fofo, como quem deseja evitar o assunto e esquecer como de costume.
— Vamos logo, Jeongguk. — chamou, negando com a cabeça e andando em direção à cozinha, mas eu apenas o segui.
Como prometido o almoço se seguiu com nós dois se conhecendo melhor e sempre buscando um meio de fazer um ao outro rir até se engasgar.
Taehyung está mais solto ultimamente, se mostra um pouco mais animado do que no primeiro dia em que chegou e por um lado isso me agrada, pois sei que eu sou o motivo de estar dando uma vida diferenciada e até mesmo mais colorida ao garoto de cabelos castanhos cumpridos e sorriso perfeito.
Poder conhecê-lo melhor é algo que me fez refletir sobre a sua vida. Taehyung não teve muitas emoções depois que a mãe o abandonou junto do pai e foi viver a própria vida como uma solteira, mas mesmo assim buscou se empenhar no que gosta e conseguiu ingressar como bolsista na universidade veterinária da cidade. Pensar nisso já me faz sentir um grande orgulho e o suficiente por ver o empenho e dedicação que ele desenvolveu com as suas vontades.
No final do almoço apenas lavamos a nossa louça, guardamos tudo no devido lugar e deixamos os outros pratos sobre a mesa para quando os meninos aparecerem em casa poderem comer também. Percebi que Taehyung iria subir e apenas o segui, vendo os passos calmos até o quarto dele e me fazendo segui-lo em silêncio total, admirando cada traço desse jovem garoto.
Encostei-me no batente da porta, vendo Taehyung me olhar com a sobrancelha arqueada e apenas soltei um riso soprado, andando até ele e abraçando a sua cintura tão cheia de curvas.
— Eu sei que estamos indo com calma e que já fizemos isso acho que umas duas vezes, mas eu ainda tenho vergonha e você sabe. — disse com as bochechas rosadas.
— Você quer a sua privacidade para poder trocar de roupa em paz? — perguntei, vendo ele abaixar a cabeça e soltando um riso fraco. — Ei Tae, não precisa ficar assim, tudo bem? Se quiser eu saio.
— Não Gguk. — negou rapidamente, segurando nos meus braços e me impedindo de sair. — Eu não fico tímido porque não desejo que me veja seminu, mas sim porque eu faço isso para alguém que eu sinto atração e mesmo assim me sinto frágil ainda em relação ao meu físico. — confessou, suspirando profundamente e afastando suas mãos de mim com calma. — Só… seja sincero.
— Apenas me escute, ok? — pedi, vendo ele assentir com um aceno de cabeça e apenas sorri. — Você é maravilhoso, seu corpo é perfeito para mim e somente para mim, meu amor. O seu sorriso é reluzente e seus olhos são cheios do brilho das estrelas, suas manias são o que te fazem único e a sua personalidade é o que te torna especial. Eu te admiro pelo que você é de verdade e não por aquilo que as pessoas falam. — confessei, olhando profundamente nos olhos lacrimejantes do mais novo. — E eu amo tudo em você, Taehyung.
— Argh… Jeongguk. — sussurrou, limpando os cantos dos olhos e com um sorriso nos lábios. — Ai meu Deus! Você está se decla-… — parou de falar, me abraçando apertado e escondendo o rosto em meu peito. — Jura juradinho?
— Se é o que você está pensando, sim. Eu acabei de me declarar e pode não ser o modo mais romântico possível, mas saiba que eu desejei ver você ouvindo essas palavras da minha boca. — falei sincero, retribuindo o abraço e apertando o corpo dele sobre o meu.
— Obrigado por tudo, Jeongguk. Obrigado de verdade pelo que vem fazendo para mim, principalmente por ser o meu precioso e primeiro amor. — disse, levantando a cabeça para me encarar nos olhos.
Ouvir Taehyung agradecer desse jeito por algo que eu desejei, mesmo que ele soubesse, fez com que o meu coração se sentisse agitado de repente e isso só se intensificou mais quando ele juntou nossos lábios em um beijo simples.
Não importa os problemas adiante e nem mesmo o que a vida nos proporciona, portanto que eu mantenha o meu amor seguro e de preferência nos meus braços.
Eu vou além, não importa o que aconteça, irei superar tudo o que me aflige e os problemas da vida serão apenas histórias de aprendizagem para o meu futuro. Será apenas mais uma confissão e mais um passo a frente para poder ter coragem de dizer tudo o que eu desejo nessa vida.
Eu acho que no final das contas, me apaixonei perdidamente por Kim Taehyung e a sua essência.



Até a próxima!
Deixem a estrelinha de apoiei, please?
Beijinhos anjinhos <3333

Love Shot [ Taekook ]Onde histórias criam vida. Descubra agora