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Shoto's pov.

Depois daquele dia horrível no hospital disse pro Bakugou que ficaria com ele, mas ele meio que me "expulsou" dizendo que tava tudo bem. Na verdade ele fez isso porque eu tava perguntando demais também. Com certeza ele não tava afim de falar sobre aquilo.

Então só levei ele pra casa e agora eu tava indo pra minha. Que ambiente maravilhoso era a minha casa.

Abri a porta e encontrei a minha mãe de costas. ㅡMamãe?ㅡ Perguntei confuso enquanto entrava na casa.

Ela se virou e sorriu. ㅡEndeavor..você voltou!ㅡ

Pera, o que?

ㅡMãe, sou eu, o Shoto.ㅡ Vi ela se aproximar e fechar a cara quando eu disse aquilo. Será que ela tava bem?

ㅡAh, Shoto! Me desculpa. Vai dormir, logo o seu pai volta.ㅡ Ela disse sorrindo.

Meu pai volta? O que tava acontecendo?

ㅡEle vai voltar? ㅡ Perguntei querendo que aquilo fosse mentira. Não era possível.

ㅡShoto!ㅡ Natsuo apareceu correndo, segurando a mamãe. ㅡMãe, vamos pro quarto.ㅡ

Ela assentiu e Natsuo levou ela pro quarto. O que tava acontecendo? Procurei pela Fuyumi na casa, mas não encontrei ela. O único jeito era esperar Natsuo voltar mesmo.

Fiquei minutos longos esperando lá, quando o Natsuo apareceu. ㅡColoquei ela pra dormir.ㅡ

ㅡO que aconteceu? É verdade que o Endeavor vai voltar?ㅡ Perguntei vendo Natsuo coçar a nuca.

ㅡShoto...sobre isso. A mamãe andou dizendo coisas estranhas desde quando o Endeavor foi embora. Ela confunde eu e a Fuyumi com ele, sempre diz que ele vai voltar, mas isso não acontece...acho que ela não tá bem.ㅡ

Minha mãe tava louca?

ㅡTá..a gente leva ela no médico amanhã?ㅡ

ㅡIsso.ㅡ

Natsuo concordou e então fui pro meu quarto. Não acredito que isso tava acontecendo. O que mais podia piorar?

Tirei o celular do bolso e vi um monte de ligações do Bakugou. Impaciente.

Liguei pra ele de volta, queria desabafar. Ou então, sei lá, eu nem sabia o que ia fazer agora.

Shoto?

ㅡOi Bakugou. Tá melhor?ㅡ Perguntei enquanto apagava as luzes do quarto e ia me deitar na cama.

Sim, que voz é essa?

ㅡEu tô bem.ㅡ Sorri um pouco me esticando na cama e fechando os olhos. ㅡTava pensando...queria madrugar de novo.ㅡ

E você tá bem mesmo?ㅡ Ouvi Bakugou rir do outro lado da linha, o que me fez rir também.

ㅡSim.ㅡ Um silêncio tomou conta, até eu resolver falar de novo. ㅡVou levar minha mãe amanhã no médico.ㅡ

O que? Por que? O que aconteceu?

ㅡEla tá...confundindo todo mundo com o Endeavor. E tá dizendo que ele vai voltar. Acho que tudo isso abalou o psicológico dela.ㅡ Sem perceber, já estava chorando.

Shoto....

ㅡDesculpa!ㅡ Limpei minhas lágrimas rapidamente. ㅡPosso..posso te ver?ㅡ

Sim, vem.

Não demorei muito pra me levantar da cama e sair de casa. Eu sabia que sair não resolveria as coisas, mas passar o tempo com o Bakugou me faria me sentir melhor.

[...]

Dei leves batidas na porta do Bakugou escutando ele gritar um "já tô indo". Olhei no relógio e daria 23hrs da noite. Suspirei e voltei a olhar pra porta, vendo Bakugou abrir.

ㅡOi!ㅡ Ele sorriu puxando minha mão pra que eu entrasse. Tão lindo.

Assim que entrei ele fechou a porta e se aproximou das minhas costas abraçando o meu pescoço. ㅡOi.ㅡ

ㅡVamos, vou te ajudar com todos os teus problemas.ㅡ Ele disse enquanto me empurrava para a sala.

ㅡVamos falar disso depois? Prefiro ver um filme antes.ㅡ Disse enquanto me sentava no sofá.

Bakugou não demorou pra concordar e em um piscar de olhos já tava tudo apagado e ele do meu lado com o controle nas mãos.

ㅡVocê quem manda.ㅡ Ele abraçou o meu braço e deitou a cabeça no meu ombro, se encolhendo. ㅡTá caladinho..ㅡ

Suspirei e olhei pra TV. ㅡEu tô bem.ㅡ

ㅡShoto.ㅡ Ele virou meu rosto pra olhar ele. Que droga, ele não ia desistir. ㅡPor favor, pode com certeza falar tudo comigo. Eu sou seu amigo.ㅡ Bakugou fez um carinho na minha nuca o que me fez arrepiar.

ㅡTá..eu..eu não tô bem.ㅡ Me virei de frente pra ele e abaixei a cabeça, não queria encher ele com os meus problemas como sempre fiz. ㅡMas..ㅡ

ㅡFala.ㅡ Bakugou insistiu.

ㅡA minha mãe..acho que ela vai precisar de um psicólogo. Ou..até mesmo um psiquiatra..mas eu não sei o que fazer...eu tô perdido. E se a gente não tiver condições suficiente pra ajudar ela?ㅡ Levantei o rosto, olhando Bakugou que me encarava. Não conseguia mais segurar as lágrimas, elas desciam sem minha permissão. ㅡBakugou, eu tô com medo..ㅡ

Bakugou pegou a minha mão que tava tremendo assim como todo o meu corpo. ㅡVocê vai sair dessa Shoto. Você e tua família, eu tenho certeza. Vamos dá um jeito, a gente junta dinheiro, ou alguma coisa. Mas não vamos deixar sua mãe sofrendo.ㅡ

Olhei pro Bakugou, suas palavras fizeram meu coração bater forte. Sentia que ainda tinha esperanças, claro que não iria querer o Bakugou me ajudando com a parte financeira, mas com certeza eu daria um jeito. Nada tava perdido ainda.

Voltei a chorar dessa vez mais forte, queria tanto que minha família ficasse bem. Todos eles. Mas parecia que isso não nos alcançava nunca.

Bakugou se inclinou, me assustando. Ele juntou nossos lábios.

Não sabia o que fazer, senti meu corpo aquecer com o toque dos seus lábios nos meus e com a carícia que ele fazia em minha nuca.

Bakugou soltou um suspiro pesado contra os meus lábios se separando pra me olhar.

ㅡVocê tá melhor?ㅡ Ele perguntou, me deixando surpreso.

Então...ele só me beijou pra eu melhorar?

ㅡAcho...que...sim.ㅡ

ㅡNão tem certeza?ㅡ Ele voltou a se aproximar e juntou nossos lábios de novo, dessa vez movendo eles com mais precisão, mordendo o meu lábio inferior. Ele se afastou e me encarou. ㅡE agora?ㅡ

O Bakugou...beijava tão bem. Era tão delicado, nem combinava com ele, mas era incrível. Antes que eu pudesse responder ele me interrompeu.

ㅡAinda tá pensando? Então não tem certeza ainda.ㅡ Ele voltou a se aproximar, dessa vez com as duas mãos na minha nuca, acariciando meu cabelo. Eu não sabia o que fazer ainda, a única opção era retribuir e deixar rolar.

Ele me deitou no sofá, subindo em cima de mim e segurei sua cintura, Bakugou parecia confortável me beijando, o que era bom. Abri os lábios e ele fez o mesmo, fazendo nossas línguas se encontrarem. Bakugou começou uma guerra de línguas, deixando o beijo mais gostoso e molhado, ele suspirava muito, intensificando cada vez mais o beijo, parecia que queria aquilo a muito tempo.

Apertei a cintura dele com força, suspirando pesado quando ele chupou minha língua. Ficamos saboreando a língua um do outro por um tempo antes que o ar acabasse. Assim que nos separamos, encarei ele sentindo minhas bochechas queimarem.

ㅡE...e agora?ㅡ Ele perguntou com um sorriso no rosto.

ㅡTô ótimo.ㅡ Sorri.

𝗪𝗔𝗧𝗖𝗛 𝗠𝗘Onde histórias criam vida. Descubra agora