7/Parte 2: O novo mundo de Tsuki

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Para evitar enganos e complicações, os acontecimentos abaixo são narrados por Tsuki, e escritos em seu diário.

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-Ela vai ficar bem, não se preocupe tanto!

Ouvi uma voz feminina que falava com uma doçura quase angelical, sentia um cheiro um tanto estranho e novo para mim, quando abri os olhos pude ver luzes brancas meio borradas e uma mulher saindo pela porta do que parecia ser um pequeno quarto.
Eu via tudo embaçado, minha cabeça estava doendo muito, não sabia onde estava e não lembrava muito bem o que aconteceu antes.

Olhei em volta, do meu lado havia uma poltrona branca, e nela Kanashi estava sentado, era visível em seu rosto abatido, a tristeza e a preocupação.

-Onde eu estou? Perguntei assustada.

-Tsuki?

Ele me olhou, sua expressão facial mudou completamente, a tristeza deu lugar a um sorriso de alívio e felicidade. Mas eu estava assustada, eu não conhecia Kanashi direito, e estava em lugar que eu não reconhecia.

-O que você fez comigo? Onde estou? Eu perguntei frenética.

-Tsuki, calma! Ele falou suavemente para me tranquilizar, mas não funcionou direito.

-O que você fez comigo??? _Eu disse olhando algumas mangueirinhas ligadas a agulhas que estavam presas ao meu braço por umas ataduras, que agora eu sei que se chamam "esparadrapo", Nunca vi um nome tão estranho.

-Calma Tsuki, eu não fiz nada! Ele se aproximou de mim.

-Fica longe de mim! Isso é veneno? Você me envenenou??? Eu sabia que não podia confiar em você!!!

Ele se aproximou e bateu com o dedo em minha testa, bem aonde estava machucado, DE PROPÓSITO!

-Ai, ai...ai.

-Isso se chama hospital, _ ele disse me olhando sereno _ é onde cuidam dos doentes e feridos... você estava ferida, eu te trouxe aqui.

Aquele olhar e tom de voz me tranquilizou, e a tristeza e sinceridade na última frase, me fizeram lembrar do que havia acontecido.

-Ah...obrigada...

Ele ficou visivelmente chateado com o "Não devia confiar em você"

-Não tem problema. Ele se esforçou pra sorrir.

Eu não sabia como reagir.

-Então...o que aconteceu? Perguntei tentando mudar de assunto.

-Bom, você foi atingida pela arma do Guardião e apagou.

Eu fiquei calada esperando o fim da narrativa, mas ele não continuou.

-E aí? Perguntei impaciente.

-Ah, e aí eu cuidei dele, não se preocupa, não foi nada demais. Ele respondeu com um sorriso.

Eu me contentei com o que ele disse, e tentei me ajeitar da melhor forma naquela cama desconfortável.

-Quem era aquela mulher? Perguntei lembrando da voz doce que ouvi.

-Ah, era a enfermeira, uma das mulheres encarregadas de cuidar das pessoas. Ele respondeu voltando para a poltrona.

-Entendi, e você, não está machucado?

Ele olhou para o telhado inclinando a cabeça para trás.

A Guerra Das 7 Sombras Onde histórias criam vida. Descubra agora