───── CAPÍTULO TRÊS. ✰

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CAPÍTULO TRÊS 一 Um pai como Arnaldo.



— Não estamos aceitando pacientes hoje, eu sinto… — a voz de Dante morreu na garganta ao perceber que era Joui quem estava ali. Ele fica agitado, mas continua com sua expressão calma de sempre. — Joui. Do que precisa?

— Boa tarde, Dante. Então, eu vim aqui por que eu presenciei a cena daquelas duas mulheres, sabe, as vampiras, na rua da casa do Arthur. Aí fiquei curioso... Bom, preocupado também, e quis vir aqui. — o japonês diz baixo, nervoso, e vê o loiro assentir tranquilamente. — Eu posso… Vê-las?

Dante pensa por um instante, quieto, até recuar um passo para deixar o outro entrar.

— Vou falar com meu pai. Pode esperar na sala.

Ao contrário dos Jouki, que têm uma casa bonita pela amizade duradoura com os Cohen, os Fritz têm uma bela casa graças aos esforços de Arnaldo, que fez de tudo e mais um pouco pelos dois filhos. Eles moram um pouco afastados da cidade, menos de dez minutos de caminhada, e tem um clima muito agradável.

A casa é grande e espaçosa, bem decorada e com móveis tão confortáveis que muitos matariam para ter. Joui afunda no sofá e solta um suspiro satisfeito. Já esteve naquela casa algumas vezes, mas sempre parecia a primeira vez.

Quando Dante desapareceu por uma porta, não demorou para Thiago aparecer. O homem de quase trinta anos, extremamente carismático e de bom coração, ficou feliz ao saber da presença do Jouki. Afinal, tem um apreço muito grande por ele, e não hesitou em treiná-lo quando pedido.

— Oi, meu querido! Tudo em cima? — pergunta alto astral, parado em pé na frente de Joui. Este assente, também sorrindo. — Pensei que a uma hora dessas você ainda estaria caçando com seu pai...?

— Consegui escapar dele hoje. — diz baixo, vendo o Fritz rir e assentir.

— Fico feliz por você, as vezes é bom você se safar dessa ideia idiota dele de caçar vampiros. Com todo respeito, claro. Mas aí, o que veio fazer aqui? Veio ver meu pai? — Thiago pergunta, cruzando os braços. Joui nega.

— É que eu… Queria ver as duas moças- vampiras que vocês pegaram.

— Se é só isso, então pode vir. Nem sei por que o Dante foi perguntar pro pai se sabe que ele não vê problema em te deixar entrar. — o mais velho diz e começa a andar. Jouki vai atrás, agora mais ansioso do que nunca. — Ah, mas só pra saber, por que ficou interessado nelas? Não vai dizer pro seu pai que eles estão aqui, ou vai?

O japonês nega no mesmo momento. — Claro que não, Thiago. Você sabe muito bem o que eu penso da ambição do meu pai…

O Fritz assente e abre uma porta. Joui percebe escadas, que provavelmente dão para um subsolo bem fundo. Thiago começa a descer e Joui fecha a porta, ainda atrás dele.

— É bom saber que você não vai virar um Fuyuki dois ponto zero… Sem ofensas, meu querido, mas seu pai é louco se pensa que vai acabar com todos os vampiros do mundo sozinho. — Thiago murmura, e diferente do normal, sua voz não carrega nenhum tipo de simpatia; está séria e até irritada.

Joui sabe que os Fritz são uma das únicas famílias que simpatizam com vampiros, simplesmente porque acreditam que eles não fazem mal algum à humanidade, desde que não mexam com eles. E o Jouki também pensa assim, e gostaria que seu pai também pensasse.

Eles descem o resto das escadas em silêncio. Há uma boa iluminação ali, graças a velas penduradas nas paredes. As escadas são de pedra e parecem bem firmes. Em poucos minutos eles chegam ao chão, em frente a um par de portas entreabertas.

Dangereux. (jo.el)Onde histórias criam vida. Descubra agora