거짓말

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Meus pais têm agido estranho e isso está atrapalhando as investigações

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Meus pais têm agido estranho e isso está atrapalhando as investigações.

Estranho eu chamar de investigações, como se fosse algo extremamente sério e não apenas um bando de adolescentes curiosos procurando por coisas que não deviam.

Coisas essas que certamente estavam dando resultados porque cada um de nós podia sentir em nosso próprio tempo que algo estava fora do lugar dentro da gente.

E diferente do que eu achava, eu não fui a primeira a manifestar essas mudanças repentinas. Rosé foi, e eu acho que isso ficou muito claro para todo mundo. Todo mundo menos eu, aliás.

Era até que divertido vê-la completamente alheia aos cultos de domingo, porque parecia que a verdade tinha caído em seu mundo como aquele que era descrito como a estrela da manhã, sendo lançado para fora do paraíso.

Rosé sabia a verdade sobre muitas coisas e continuar alienada à sua favorita instituição religiosa não era mais uma opção.

Principalmente em relação à Jennie, ela tinha mudado.

Porque antes Rosé era uma liderada empenhada, que seguia seus líderes e estava presente em todas as programações da Catedral. Mas depois de nossas experiências coletivas e individuais, Rosé evitava estar no mesmo ambiente que Jennie sem uma explicação plausível.

Eu não a julgo, porque não sei exatamente o que ela sente sobre Jennie, e não sei das experiências que teve.

O que eu sinto é diferente. Para mim, Jennie é como um abismo inexplorado. Ninguém teve coragem de adentra-lo e contemplar seu interior, portanto existem inúmeras respostas ali dentro.

Manter-se longe equivale a não ter respostas, e eu passei muito tempo com medo do que eu descobriria, mas percebi que não faz sentido fugir das respostas que eu mesma procurei.

Sobre mim e sobre tudo ao meu redor.

Quando conversei com Tzuyu sobre os momentos com nossa professora de biologia — omitindo toda a tensão sexual palpável ao nosso redor —, ela me contou sobre suas próprias experiências.

Tzuyu andava tendo lapsos de memória de alguém que não era ela. Talvez por causa dos artigos que tinha lido sobre os desaparecimentos de dez anos, ou porque tinha virado noites lendo relatórios de pacientes do hospício.

A questão é que ela aparentemente estava tendo acessos a esse conteúdo, e sendo a pessoa completamente cética que ela era, não acreditava que tudo aquilo poderia ser, e era, espiritual.

Mas eu não seria a pessoa a colocar isso na cabeça dela.

Inclusive, ela queria ir ao hospício mais uma vez, porque aparentemente não tinha conseguido todos os relatórios que procurava.

Faltava os relatórios de Elizabeth Manson e Ruby Jane.

Naquele ponto, eu não a impediria de fazer mais nada.

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