-O que você disse??? Desgraçado!-Repete se for homem!
-Me faça repetir gordão!
Os guardas gritavam no local de descanso enquanto bebiam agitados, o barulho de suas vozes exaltadas, das mãos e pés batendo ao redor e da música que tocavam ecoava pela terra de seu duque, ao sul do reino de Cherryton.
-Quando eu voltar você vai retirar o que disse!
O sujeito irritado bate a porta com força e se distancia para mijar enquanto seus companheiros continuavam brigando.
-Esses idiotas...
Fala para si abaixando um pouco as calças e suspirando, até que escuta um barulho mato a dentro e fica alerta, galhos quebrando. Com isso, depois de findar, o homem foca no meio das árvores escuras e percebe um par de olhos brilhantes, tão brilhantes quanto as de um felino.
-Porra!
Cai no chão apavorado, era um monstro do outro reino e, antes que conseguisse correr, o ser que todos os humanos temiam pula em sua direção com velocidade e morde sua garganta com força, arrancando sua traquéia e a quebrando entre seus dentes afiados cheios de sangue. O bicho de olhos felinos e pelagem totalmente preta lambe os beiços ao olhar para o estabelecimento extremamente barulhento, infelizmente encontrando outro humano na qual a tinha avistado atacando um deles.
-Merda.
A mulher bestial xinga se levantando devagar e fitando o sujeito de longe, o homem recua dois passos e a pantera avança de quatro semelhante a um gato grande e sangrento, sem dar tempo a presa de tocar a maçaneta e escapar.
-Humanos desgraçados...
A predadora diz limpando a boca com as costas da mão e olhando a porta a frente.
-Esperaremos eles saírem um por um ou atacaremos tudo de uma vez?
Outro monstro aparece do seu lado, fazendo a pergunta que todos os outros companheiros atrás queriam realizar antes de atacar, seguiriam sua líder.
-Tudo de uma vez.
A pantera dá a ordem vendo os demais cercarem o estabelecimento e alguns ficarem perto dela. Os humanos de Cherryton pediram por aquilo ao desmatarem a floresta e expulsarem a caça, o cheiro excessivo de queima, de resíduos tóxicos e de lixo também o pertubaram assim como o alto barulho desnecessário, eles tiveram escolha mas não mudaram, então cabiam a eles sofrerem.
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O vento estava fraco mas ainda se fazia presente naquele grande jardim, o jardim real que apenas os humanos de sangue nobre e de alto escalão podiam contemplar.
Louis observava o céu azul acima, as poucas nuvens que o pintavam e os raios solares que insistiam em iluminar a terra. As flores, as folhas e a grama mexiam de acordo com o vento, como uma orquestra seguindo o ritmo de seu maestro, até os fios de seu cabelo ruivo o seguiam, porém o que tinha de tão surpreendente nisto? Os humanos também faziam parte da natureza.
"A natureza pinta para nós, dia após dia, quadros de infinita beleza se tivermos olhos para ver..."
Seu pai disse quando o levou pra outra parte do reino aos oito anos, para resolver problemas com os proprietários de terra. Seu rei não era sentimental, não era de apreciar as belezas da vida e nem era de se desprezar, todavia Oguma prezava a filosofia e teve razão quando dissera tal frase. Seu filho tinha olhos para ver e era aquilo que analisava sentado em baixo de uma grande árvore, aproveitando um de seus únicos momentos de descanso entre tantos afazeres de seu reino, ainda era príncipe mas já exigiam comportamentos e feitos de um nobre rei.
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Fruitful Alliance
FantasyHaviam dois reinos distintos que por séculos guerreavam por suas grandes diferenças, um de humanos e um de seres metade animais. Contudo, no meio de tanta desavença, surge uma oportunidade única, uma aliança na qual a única exigência do rei Lobo Cin...