Capítulo 52 - O gato que fugiu (2)

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Os olhos de Lila se arregalaram. Isso foi muito repentino. "Eu... eu não sei como convocar um anel," ela disse nervosamente.

"Anel é algo que você convoca por conta própria", explicou ele, "Tente uma vez, talvez ele chegue até você."

Lila estava ansiosa. Hir levara oito anos inteiros para convocar três anéis no romance original, e isso também com enorme ajuda de Hizette, Roxana e Lugar. Não havia nenhuma maneira que ela pudesse convocá-lo aqui instantaneamente. Lila tentou colocar um pouco de força e concentrar sua concentração em seu aperto. Nada aconteceu.

"Tente direcionar sua aura para a ponta da arma," ele instruiu.

"Au... aura?" gaguejou Lila. Suas explicações foram inúteis. Não fazia sentido para ela.

"Que tal fotografar como da última vez?" ele perguntou, sentindo a dificuldade dela.

"Não vai funcionar," ela disse desanimada.

"Está tudo bem", ele assegurou a ela, "Só tente uma vez, ok?"

Lila assentiu e apontou a pistola. Ela preparou sua postura e tomou uma posição. Sua postura era perfeita apesar da limitação de sua visão na escuridão. "Então, eu apenas atiro?" perguntou Lila. Ela se preparou e mirou em uma árvore distante. Não havia balas dentro da pistola, então ela não hesitou em puxar o gatilho. Ao puxá-lo, ela sentiu algo quente fervilhando de seu pulso, seus nervos estavam à flor da pele. Com um estrondo alto, uma luz dourada saiu da boca do barril.

"Brilhante!" exclamou Lacias. "Verdadeiramente notável!"

Lila olhou para o anel de ouro, atordoada. Ele saiu do cano da arma, cortou a árvore e voltou para ela. Lila baixou os olhos para as palmas das mãos, incapaz de articular o espanto que sentia.

*

Lila andava ansiosamente de um lado para o outro em seu quarto. Ela teve um mau pressentimento. Ela se sentou em sua mesa para escrever e endereçar os cartões. Ela tinha muitas perguntas, mas uma a mantinha acordada à noite. Ela se perguntou como as coisas estavam indo tão bem quando ela interferiu no trabalho original. Ela até havia convocado um anel quando apenas uma centena de pessoas conseguia realizar tal façanha em todo o império. Ela sentiu que isso era apenas um silêncio momentâneo antes de uma tempestade furiosa.

As preocupações de Lila foram interrompidas quando a porta de seu quarto se abriu. Jane entrou apressadamente, o rosto corado. "Qual é o problema, Jane?" perguntou Lila, abaixando a pena.

"Madame, o imperador está aqui," disse Jane nervosamente.

"O que?!" exclamou Lila. Ela se levantou de sua mesa, empurrou Jane para fora do caminho e correu pelo corredor. Ela podia ouvir um homem chamando seu nome. Quando ela chegou à sala, ela encontrou Enrique, o Imperador do Império Ahibalt.

Lila baixou a cabeça. "Saúdo o sol do império", disse ela, respeitosamente.

"Suas saudações me aborrecem", disse ele, olhando ao redor da sala, "vim para acompanhá-lo."

"Se você tivesse enviado um mensageiro, eu teria visitado o palácio, majestade", disse Lila, "poupando você do trabalho de viajar até aqui." Lila hesitou por um momento. "Me acompanhe para onde exatamente?" ela perguntou.

Lila falou com indiferença, mas manteve a etiqueta apropriada para se dirigir a ele como o Imperador. Enrique bagunçou seu cabelo dourado, sorriu e caminhou em direção a ela. Ele a encarou atentamente. "Diga miau," ele comandou em uma voz boba.

Lila endureceu. Ela o olhou friamente. Nem mesmo o imperador tinha o direito de humilhar uma mulher que se tornaria duquesa. No entanto, Enrique era a escória mais vil do império. Ele aparecia ocasionalmente para incomodar Lacias e Hir. Ele também era uma sombra que usava anéis contaminados. Ele era o vilão mais desagradável que já existiu.

"Você me lembra do meu gato que fugiu há alguns anos", ele riu, "Nós podemos finalmente resolver esse problema agora."

Lila estava vasculhando suas memórias ao ler sobre esse vilão. Ela se perguntou se ele e Madame Marshmell se conheciam. Nunca foi mencionado no trabalho original.

"Você está ainda mais bonita do que da última vez que a vi", disse ele.

"Eu não..." ela começou, mas foi interrompida quando ele a agarrou e a jogou sobre seus ombros. "Ei, deixe-me ir", ela gritou, "eu posso andar sozinha."

"Não, gatinha," ele disse zombeteiramente. Lila se contorceu para se soltar, mas Enrique a segurou com força. Ele caminhou pelo corredor com ela em seu ombro. Jane cobriu a boca em um silêncio atordoado enquanto ele passava. Ele não parecia se importar com isso.

"Eu vim aqui hoje para sequestrar você", disse ele com desdém, franzindo os lábios. Ele estreitou os olhos e riu como um maníaco.

Vivendo como a madrasta do vilão (01)Onde histórias criam vida. Descubra agora